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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Traição

 

 

 

 

 

Traição
Romasi
Rogério Martins Simões
 
Romance não escrevi!
Orgulho que não tive!
Tristeza então senti!
Meu coração já não vive!
 
1975
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
Poemas de amor e dor conteúdo da página

Rio de peixe, mar de carne

 

 

RIO DE PEIXE, MAR DE CARNE…
ROMASI
 
 
Foste ao mar
Aventureiro
Rio de peixe
 
Tragaste o duro pão
Aventureiro
Mar de carne…
 
O mar estava calmo
Aventureiro
Rio de peixe
 
Varreste a onda em vão
Aventureiro
Mar de Carne…
 
Lançaste a rede na bonança
Aventureiro
Rio de peixe
 
Foste pescado…
Aventureiro
Mar de carne…
 
Escutaste o canto da sereia
Aventureiro
Rio de peixe
 
Porque o mar estava irado
Aventureiro
Mar de carne…
 
És bravo, és herói
Aventureiro
Rio de peixe
Mar de carne.
 
Lisboa 1973

 

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Por ti amor

 

 

 

POR TI AMOR

Rogério Martins Simões

 

Sou ladrão

de coração doce

nesta ante paixão

Por ti amor

 

Ataco o ar que respiras.

Fico vermelho

quando me miras

Por ti amor

 

Mato saudades tuas

neste poema

Ando pelas ruas

por ti amor

 

Sufoco

desgostos profundos

Sou infeliz

Corro mundos

Por ti amor

 

Fico puro

nas águas turvas…

E inseguro…

Por ti amor

 

Pois sou sorte

quando estou são…

Mas seria forte

com teu amor…

 

Lisboa 01/1973

 

(publico este poema em homenagem aos meus amigos e antigos colegas da Segurança social. Logo que a saúde permita, se outro não puder, tentarei reorganizar os nossos encontros de antigos colegas de quem tanto gostei)

 

 

 

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Pés descalços

 

(Foto National Geographic Photos)



 

Pés descalços

Rogério Martins Simões

 

Eu vi crianças nuas

A rir e a brincar

Atravessando ruas

Vi os pais chorar

 

Eu vi crianças nuas

Com cus tão vermelhos

Atravessando ruas

Sem ouvirem conselhos…

 

Eu vi crianças nuas

Com sono… já se vê

Atravessando ruas

Sem saberem porquê

 

Eu vi crianças nuas

Fugindo das buzinas

Atravessando ruas

Virando as esquinas

 

Eu vi crianças nuas

Ó magra tristeza

Atravessando ruas

À espera de mesa.

 

Eu vi crianças nuas

Sonhando com fadas

Atravessando ruas

Descalças nas estradas

 

Eu vi crianças nuas

E os ricos às janelas

Atravessando ruas

Que lucro dão elas?

 

Eu vi crianças nuas

Em coro a chorar

Atravessando ruas

Sentias a cantar

 

“Aquela criança nua

Com o rostito chorão

Tinha por vontade sua

Não viver como um cão”

 

12/1973

 

“Na minha Rua

Havia crianças nuas

Olhando as outras…

Com horas

A brilharem ao sol…”

1968

Rogério Simões

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Anseio

 

 

 

ANSEIO
Romasi
 
Quisera ser poeta
Mas não de uma elite ultrapassada
Um poeta sem nome
Sem cor ou raça
Apenas um poeta
 
Gostaria de ter palavras doces
Mas só me saem palavras duras
E difíceis de roer
Queria ser livre
Para poder encontrar
O que quero ler…
Para poder estudar
O que quero aprender…
Mas não!
Só a minha cabeça se levanta
E nesta tristeza
A que chamam de nada…
Que me faz sofrer
Que me faz pensar
Resta uma certeza:
Poderei até não ser poeta
Mas continuarei a lutar…
 
Lisboa, 1973
 

 

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Lutas a carvão

 

Lutas a carvão


 

(Romasi)

Rogério Martins Simões

 

A secura da terra

Tornou os lábios

Húmidos

De ira à natureza

Porque a chuva

Ficou nas nuvens.

 

A hulha cheira mal

E o seu gás

Destrói os brônquios

O fumo é preto,

suja os macacos…

E as velhas tossem

asma dos gatos.

 

 

Um tipo mascarrado

Tinha o rosto preto…

Por isso confundiram-no

Chamaram-lhe cão.

12/12/1973

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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