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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Saber amar

 

 

 

 

 

 

SABER AMAR
Rogério Martins Simões

 

No profundo silêncio em que me deito.

Na sublime atitude como me olhas

E me deixas em paz...

Não imaginas quanto estás presente

Nos meus lúcidos pedaços de felicidade…

10/03/2005

 

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

A Inveja é a glória dos fracos...

 

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS...

 

Depois de 6 anos a partilhar convosco a minha poesia, nada lucrando, recusando ofertas para editarem um livro de poesia, vejo-me na contingência de apagar este blog.

Na verdade alguém que cobardemente de esconde tem dado cabo dos códigos deste blog, e mais grave, destruindo poemas.

A canalhice poderá prejudicar definitivamente a minha saúde mas não destruirá a minha alma, ou alterará o meu caminho.

Até agora tenho-me limitado a apagar os códigos modificados e a recolocar os certos. Porém estou a ficar cansado e, acima de tudo, vejo que a minha Parkinson se vai agravando e começam a faltar-me forças para continuar a reparar o que miseravelmente destroem.

Hoje já recoloquei duas vezes tudo. Mas já sei que está tudo novamente alterado. Basta colocar um post para o blog ficar todo desconfigurado para glória de quem faz isto.

Inveja?

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS.

 

 

 

 

 

 

Seguro da insegurança

Rogério Martins Simões

 

Torres vigiam a casa assombrada

onde perpetuam  marginais

e abstractas letras

de uma desconhecida liberdade.

 

A canalha… aproxima-se

verberando abstracções concretas.

No alto da torre seguem os carros pretos

chapeados com protecções e blindagens.

 

Blindaram os corações

para recolher os protestos.

Não! Os protestos não chegam às torres…

Aparam os ouvidos,

com guardanapos ao tiracolo,

e vestem camuflados para vigiarem o solo.

 

Para manterem a forma exercitam-se

encolhendo os ombros

e olhando de soslaio.

 

A segurança mantém asseguradas

as palavras contrárias

e perseguem quem se oponha à segurança!

Se lhes virar as costas dirão que sou poeta…

 

Dispararam às cegas

atingiram um colibri!

Do mar saltam alforrecas e camarões!

A segurança contra-ataca

com a segurança dos narcóticos

Os moribundos mascam, agora, folhas de coca

Do deserto partiram legiões imprecisas de escorpiões.

Dizem que um bando de loucos

se escondeu numa toca

 

Toca docemente um violino cego

Ouve-se uma canção de embalar:

- Que será de ti meu menino

Se o povo não se revoltar

 

Corre um vento forte.

Ouvem gritos!

Se virar as costas

dirão que não sou poeta…

 

Um abraço para ti José Baião

1/03/2007

Rogério Simões

(correspondência entre poetas)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Vestígios...

 

 

 

(Óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 

 

VESTÍGIOS…
Rogério Martins Simões
 
Por vezes faço as pazes comigo,
Sem-abrigo, viajante diurno,
Durmo ao leme, embarco e sigo,
Ponho a minha alma de turno…
 
Meus medos são cerejas fingidoras
Que se me enrolam nos dedos.
Meus dedos são janelas voadoras
Que esconjuram os medos.
 
Não quero esticar a corda…
Sigo em frente sem enredos.
Cem segredos a minha alma recorda:
Hoje sou um rio sem rochedos.
 
Cega viajo! Sem tempo acorda.
- Acorda! É dia e a noite remonta!
 
É estranho viajar de dia!
Prefiro as noites cegas
Sem guia…
Que não têm regras.
Hoje sou um farelo amadurecido!
Um tempo de milho
Bem-parecido…
Mas só a noite me encontra!
 
23-10-2006
Poemas de amor e dor conteúdo da página

Pára

  

 

 

 

 

 

 

PÁRA
Rogério Martins Simões
 
Segredaste-me tantas palavras,
Esta noite meu amor,
Quando no quarto imperava o silêncio!
E disseste tantas coisas,
Em silêncio,
Que nada ficou por dizer!
 
Tu sabes que eu gosto do silêncio!
De respeitar o silêncio,
Mesmo que ele incomode.
 
Incomodam-me
Mais os estados de “não alma”,
Que perturbam o silêncio,
Com palavras ditas de forma não calma.
 
Eu sei que não conheces
As “não palavras:
Que me ferem os tímpanos,
Que não acalmam!
Que me pulverizam o silêncio
Aniquilando o alento!
Que me cortam a respiração
E me deixam frustrado,
Cabisbaixo,
Adiando ou extinguindo
Para sempre a inspiração!
 
Que génio teriam os poetas
Se lhes parassem a respiração,
O pulsar e a pena?!
 
De que forma?
Com que sentido,
Teriam estas palavras,
Se as minhas palavras
Fossem desprovidas de qualquer sentido.
 
Sentidas foram as tuas palavras
Quando me disseste,
Sem falar,
Estas palavras:
Pára de escrever!
Porque as palavras te fazem sofrer!
Pára, vem descansar!
Para o corpo retemperar!
 
Mas meu amor
O meu descanso
Está nas palavras que não comando!
E se sofrer eu sofro
Escrevendo
Pior sorte seria
Não escrever chorando.
 
17/05/2004
Poemas de amor e dor conteúdo da página

O BARCO PARTIA À VELA

 

 

 

 (óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 
 
 
O barco partia à vela
Rogério Martins Simões
 
Éramos dois loucos
apaixonados!
E descobríamos na noite
O que perdemos
desencontrados.
 
O dia não passava.
Ficávamos dispersos…
A noite desesperava
Entre danças e copos
E ficávamos submersos
No fogo dos nossos corpos
 
E soprávamos as areias do deserto
Para esconder a cidade
Que espreitava à janela.
 
Não havia tempo para as estrelas.
E o ardor soprava tanto:
Que o dia cinzento era branco
E o barco partia à vela…
 
01-11-2006 22:56
 
 
Poemas de amor e dor conteúdo da página

Teu olhar

 

 

 

 

teu olhar

Rogério Martins Simões

 

Sempre que os olhos se beijam

As mãos

Por mais calmas que sejam

Tremem

 

Sempre que os beijos cantam

Os lábios

Por mais insensíveis que sejam

Sentem

 

Sempre que há desejo

Os olhos

Por mais que mintam

Traem.

 

Dizes!

Que os meus beijos tremem

Quando os teus olhos falam.

 

20 Março de 1977

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Por ti amor

 

 

 

POR TI AMOR

Rogério Martins Simões

 

Sou ladrão

de coração doce

nesta ante paixão

Por ti amor

 

Ataco o ar que respiras.

Fico vermelho

quando me miras

Por ti amor

 

Mato saudades tuas

neste poema

Ando pelas ruas

por ti amor

 

Sufoco

desgostos profundos

Sou infeliz

Corro mundos

Por ti amor

 

Fico puro

nas águas turvas…

E inseguro…

Por ti amor

 

Pois sou sorte

quando estou são…

Mas seria forte

com teu amor…

 

Lisboa 01/1973

 

(publico este poema em homenagem aos meus amigos e antigos colegas da Segurança social. Logo que a saúde permita, se outro não puder, tentarei reorganizar os nossos encontros de antigos colegas de quem tanto gostei)

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Quando me encontro contigo

 

 

(Óleo sobre tela

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 

Quando me encontro contigo

Rogério Martins Simões

 

Quando te encontras comigo

Eu te beijo e eu me dou!

Quando me encontro contigo

Tu me beijas e eu me vou:

Num sorriso certo!

Numa delícia,

Num retiro perto...

 

Quando nos procuramos...

Sempre nos encontramos:

Num desejo!

Numa carícia!

Num beijo!

Em mil beijos que prometem...

 

E...se depois vejo em ti,

Olhos de mel...

que desmaiam

Desejos incontidos,

Atrevidos,

Que te traem e derretem,

(Qual doçura e prazer,

sem limites),

Partimos…

E voltamos a fazer

Mais viagens mesmo que grites…

La Rochelle 12-07-2004 0:01

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

O tempo voa

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

O TEMPO VOA

Rogério Martins Simões

 

O tempo voa.

Que voe,

e nos deixe amanhecer mais tarde…

com os nossos corpos colados

no tempo.

Na leveza deste tocar breve,

que roça os nossos sentidos

e tem tanta beleza.

 

O tempo voa.

Que voe,

mas não apague

este ardor que arde

Prazer incontido que nos torna carne,

Com os nossos corpos molhados

Entre lençóis de linho.

 

O tempo voa.

Regressam as nossas recordações

de mansinho…

 

15-08-2006 22:15:18

(Poema inédito neste blog)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Segredos, meu amor

 

 

( Elisabete Sombreireiro Palma a pintar)

 

 

Segredos, meu amor

(Rogério Martins Simões)

 

Segredos, meu amor

Hoje te quero revelar!

Se pudesse te daria o mundo:

A eternidade, meu amor profundo

Os poemas de amor - sem dor

Num canto belo se soubesse cantar!

 

Cantar, cantavas tu…e tão bem!

Pintar é a tua actual inspiração!

Reservo para ti também:

A poesia! Meu amor-perfeito;

Tempo de pausa e meditação!

A fantasia de alguém

Imperfeito!

Carente, terreno e pensante!

 

E se em momentos de inspiração

Parto por aí algo errante

Numa completa e intemporal dação

(Mas quente e vertical entrega)

Seja breve e que encante!

Minha alma nesse instante sossega.

26-05-2004 23:29

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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