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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

VIAGEM; QUEDA; VIRAGEM; LEVITAÇÃO

 

 

Ao meu querido avô paterno, António Antunes Simões.
Nasceu em 1881 na Pampilhosa da Serra – Aldeia Velha – casou na Póvoa e migrou para Lisboa em 1897.
Trabalhou como estivador e era um exímio tocador de guitarra.
Do pouco que sei do meu avô, diz meu pai, que terá ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Foi sócio da Juventude Monárquica Conservadora tendo falecido na Póvoa em 1934.

 

 

 

VIAGEM; QUEDA; VIRAGEM; LEVITAÇÃO
(Romasi)
 
VIAGEM
No comboio a carvão
Duas carruagens distintas
Numa os que não vão…
Noutra os pelintras
 
QUEDA
Baixei à cidade
Dei serventia a pedreiro
Caí nas tabernas
E senti a vontade dos bêbados
 
VIRAGEM
Bebo copos a fio
E em troca de tudo
Soletro palavras
Vincadas a dedo…
Alvitras…
Nuvens douradas de medo…
Recorro a mim
E sigo os meus passos solitariamente…
 
LEVITAÇÃO
Desci mil degraus de hábito…
Apalpei outra, tanta, tristeza
Levitei sonhos
Esperanças de um dia…
Aguerri os meus passos
Na nocturna fortaleza….
Vasculhei no estrume
Anos a fim
Mas em troca da miséria
Sobrevivi a mim…
 
1971

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

Mesmo a propósito… Cá por coisas
“A emigração não é uma viagem de recreio; ninguém abandona com prazer a terra natal; a saudade da pátria é um mal que não tem compensação nem lenitivo. Quando se emigra é porque todas as esperanças acabaram, e porque o futuro, que se antolhava medonho, já deixou de ser futuro, e o infortúnio caiu como rochedo sobre a cabeça da sua vítima que foge quando pode, e tão depressa pode, da terra onde é assim esmagada. E não há direito para dizer ao que de tal modo se separa de uma sociedade mal organizada «não vades, que tendes aqui obrigações para cumprir» ”
António Corrêa Heredia
1822 - 1899
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Lisboa é a minha cidade & ARMANDO FIGUEIREDO - DANIEL CRISTAL

 

(Lisboa)

 

 

Lisboa é a minha Cidade!

Rogério Martins Simões

 

Mote

 

Minha terra é a mais bela

É bela e não tem idade

Vigio-a da minha janela

Lisboa é a minha cidade

 

Glosa

 

Coração apaixonado

Morro de paixão e amor

Apraz-me ver-te em flor

No Castelo enfeitiçado

Perdido, vivo em pecado…

Viajo na canoa à vela

Vejo Alfama aguarela

Rio acima com ternura

Subo o Tejo na ventura

Minha terra é a mais bela!

 

Mouraria vem navegar

À desgarrada partir

O meu amor não quer ir

É tarde! Vamos marchar,

Se partir hei-de voltar.

No chão flores de jade

Madragoa é qual saudade

Doce encanto, sacro mel,

Nunca me soubeste a fel.

É bela e não tem idade.

 

Coração foi bem levado

No trinar duma guitarra

Está frio, veste a samarra!

Bairro Alto, meu pecado

Boémias e noites de fado

Cravos rubros na lapela

Não passes por mim sem ela…

Voltei e já fui à Graça

Por São Vicente se passa,

Vigio-a da minha janela

 

Subi à Bica e vou a pé

A pé desci ao Rossio

Carícia do Paço ao rio

E ao Santo António da Sé.

Entrei e rezei com fé!

Sete morros de amizade

Vivendo em liberdade

Resguardam estes tesouros:

Latinos, Godos e Mouros,

Lisboa é a minha cidade!

 

Lisboa, 23 de Janeiro de 2008

 



 

CIRANDA EM DÉCIMAS COM MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS

 

Fui “desafiado” pelo grande poeta português Armando Figueiredo, para participar nesta ciranda. Armando Figueiredo, não precisa de apresentação e tem sido editado diversas vezes neste blog com o pseudónimo de Daniel Cristal.

A minha contribuição, nas décimas foi uma verdadeira aventura e tive a ventura de ser ajudado na metrificação pelo mestre, Armando Figueiredo.

Confesso a dificuldade de espartilhar um poema, com 44 versos, ou metros, em versos de sete sílabas. Irei conservar o original, escrito sem a preocupação da contagem das sílabas, para quem um dia se interessar pela minha poesia.

Esta tertúlia poética tem já a participação de diversos poetas brasileiros e portugueses, tais como:

Humberto Rodrigues Neto, Eugénio de Sá, Alfredo dos Santos Mendes, Luiz Poeta, Carmo Vasconcelos, Daniel Cristal e Rogério Martins Simões.

 O meu poema, em décimas, com MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS, a que dei o título LISBOA É A MINHA CIDADE, é inteiramente dedicado a duas pessoas:

1) Ao poeta DANIEL CRISTAL, ARMANDO FIGUEIREDO, hoje 14 de Maio de 2008 por ser dia especial reedito, desejando SAÚDE e MUITA FORÇA...

2) Ao meu avô paterno, António Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que, segundo meu pai, terá ensinado guitarra ao grande Armandinho. Quanto à minha primeira construção poética em décimas espero de que gostem.

Rogério Martins Simões

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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