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UMA ETERNIDADE NOS ESPERA…
Rogério Martins Simões
Quando tu e eu saltávamos em andamento,
Numa corrida estreita, para a existência,
Havia um brilho, intenso, que cegava a escuridão externa.
Falávamos em língua redonda,
Impercetível,
Que nos deixava latejar à distância do universo das palavras.
Éramos nada!
Éramos tudo!
Frequentávamos os mesmos colégios ricos,
Onde a riqueza se media pelo contágio,
Em resultado das vidas passadas.
E fazíamos parte de um grupo sem forma…
Grandes aos sentidos,
Sabíamos que iríamos viajar em busca da luz:
Éramos uma luz ténue…
E procurávamos um brilho permanente.
Entrámos por uma porta estreita
Onde formas sem luz
Reproduziam uma língua quadrada,
Sem nexo, herança de uma Torre de Babel,
Que tivemos de aprender.
Estamos a ficar cansados!
Não importa…
Tomámos o caminho reto e certo
E partiremos na luz…
Falta pouco meu amor.
Uma eternidade nos espera…
Lisboa, 30 de Abril de 2009
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
À BETE MINHA TERNA E ETERNA COMPANHEIRA
Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,
(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)
Poemas de amor e dor
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publicado às 21:16
A ESTRELA MAIS BELA QUE ENCONTREI!
(Rogério Martins Simões)
Sabes encontrar-me pela manhã
No riacho e cristalino desapego,
Onde, renunciando, dores refego,
Para que a esperança não seja vã.
Livre da dor e tortura é este afã,
Cuido este corpo onde me apego,
Tarde libertar-me deste carrego,
Que extingue o carma de amanhã.
E se estiver na hora quero propor:
Irei de mãos dadas pelo caminho,
Perdido eu de amores, devagarinho,
Levarei comigo o meu lindo amor,
A estrela mais bela que encontrei.
Não quero perder quem tanto amei!
Lisboa, 27-03-2008 22:04:08
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
Poemas de amor e dor
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publicado às 19:24
Foto do Exmo Padre Pedro
Incendiário
Rogério Martins Simões
Incendiário,
Que contrato fizeste com a natureza
se queimas o que respiras.
Que respiras tu?
Merda!
Fumo negro!
Que tragédia!
11/08/2005 01:26
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:55
PERSEGUIÇÃO
Rogério Martins Simões
Não me soltem as letras destes versos
Nem me pendurem no tempo breve
Basta o que não escrevi e chorei
Tudo se alagou no que não sei...
Deus te perdoe e que seja leve.
Não me prendam nas letras dos versos
Deram-me as setas afiadas na ilusão
Ligeiras e tão lestas
Quem lhes afiou as arestas
Quem me retalhou o coração
Não! Não me soltem as letras destes versos
Nem a insensibilidade de quem se atreve
A distorcer sistematicamente a razão
Antes tivesse perdão
Que Deus te perdoe e te leve
Lisboa, 28 de abril de 2011
De acordo com a Lei os direitos de autor estão protegidos, independentemente do seu registo. (A registar no Ministério da Cultura - Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. – Processo n.º 2079/09)
(A publicar)
Poemas de amor e dor
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publicado às 23:29
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Poemas de amor e dor
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O MEU OLHAR
Rogério Martins Simões
O Horizonte debaixo do meu olhar,
Profundo,
Impele-me a ficar
Até desgarrar o ver.
Este sentir nos dedos as águas deste mar;
Este fluir de pensamentos borbulhantes,
Onda atrás de onda,
Fazem de mim um náufrago
Que não se quer achar;
Que não quer sofrer…
Meco, 09-01-2013 17:45:38
Poemas de amor e dor
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publicado às 17:44
PAPAGAIO AZUL
Rogério Martins Simões
Daquela janela virada a sul,
Por onde um ligeiro vento passava,
Um pedacinho de papel azul,
Subia ao céu e do céu baixava.
Olhei p’ra janela virada a sul,
Que a sul, afinal, ali não estava
Era um sonho e nem era azul:
O papel azul que o vento levava.
Não era janela, era sacada.
Não era o sul, talvez fosse norte.
Não era um sonho, talvez a sorte:
Tantos sorrisos com olhos de nada.
Naquela janela virada a sul,
Preso a um cordel segurava,
O meu papagaio de papel azul,
Que subia ao céu e de lá baixava.
MECO 13-11-2012 01:12:36
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publicado às 23:45
SEMPRE…
Rogério Martins Simões
Sempre que estas mãos não amparam o choro,
para que não se perca uma migalha de ternura,
Esfrego os meus olhos na ventura,
Apago as lágrimas
E parto à procura da poesia
Campimeco, Aldeia do Meco, 08-08-2012 19:24:17
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publicado às 19:46
POETA DE CORPO INTEIRO
Rogério Martins Simões
Sigo num tempo
Que atento sinto:
Que sinto?
Alguém falou?
Alguém deu nas vistas?
As vistas curtas confundem as próprias vistas.
Não viste nada!
Desandas!
Volto ao caderno.
Não escrevo!
Ligo palavras, sílabas.
Que sílabas?
Tinha tudo para ser feliz…
Tempo inútil,
Onde tudo não passou
De uma forte gargalhada de dor.
Uma criança chora!
Chora, não sei:
Chora sempre!
Que sente?
Doem-lhe estas palavras rasgadas,
Tramadas,
Dói-me esta dor
Que se difunde,
E confunde, em contratempo:
Deram-lhe tudo para ser feliz…
Quem mente?
As ondas varrem a cidade
Que flutua
Num extenso areal adornado de adereços…
Volto ao caderno.
Não! Escrevo!
Ligo palavras, sílabas.
Que sílabas?
Tinha tudo para ser feliz,
Por um tempo inútil,
Onde tudo não passou
De uma forte gargalhada de dor.
Se ando por fora dos papéis voo nas vistas.
Se conseguisse andar daria nas vistas…
Estou sentado numa cadeia de ferros
Tenho o caderno afundado numa teia de ferro.
A ferro e fogo.
Já fui fogo.
Água e gelo.
Gelo os meus pensamentos.
Que faço destas mãos?
Levaram as sementes do meu campo de trigo
Trinco sementes de girassol
Neste cantar de desabrigo…
Estou fechado no prédio móvel
Que é meu corpo.
Que dilema:
Perdi as forças e estou num colete-de-forças.
Volto a olhar para dentro,
Olho o meu corpo,
Conheço a idade do meu corpo,
Não estou mal para a sua idade…
Que idade tenho?
Quero fugir de mim
E dão-me dose dupla…
Se conseguir sobreviver
Saberei viver?
Viverá quem já não goste da vida?
Que vida?
Fechada a cadeado?
Movimenta-me na dose dupla
e volto a andar:
Subo o patamar da mente;
e desço de andar na escrita…
Poucos Metros me afastam da meta
Onde já fui primeiro…
Voa atleta:
Poeta
De corpo inteiro!
Meco, 12 de Julho de 2009
O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,
depósito ou qualquer outra formalidade
artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)
(A registar no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09 )
Poemas de amor e dor
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publicado às 18:19
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Poemas de amor e dor
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publicado às 20:47