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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PLANTO ROSAS

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PLANTO ROSAS

Rogério Martins Simões

 

Quanto maior o desassossego

Maior é a viagem sem destino.

Vai tempo que fechava os olhos

Deixava esvoaçar os meus sonhos

Como se fossem bolas de sabão.

Duravam uma eterna ilusão.

Hoje planto rosas!

- Que sorte tens com as flores!

Gosto de rosas de todas as cores;

E de cravos vermelhos!

Quis Deus que voltasse a sonhar

Mesmo que apenas se cumpra uma parte dos meus sonhos,

Foi bom vê-los voltar.

Hoje colho rosas…

Lisboa 2008

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PALHAÇO

PALHAÇO

Rogério Martins Simões

 

Ai se eu pudesse ser arauto do contrário,

Alargando o disfarce e a mímica.

Se eu pudesse mostrar que esta química,

Transforma tantas vezes este circo em calvário.

 

Se por momentos deixasse de ser palhaço,

Atrelando ao olhar o que na verdade sinto.

Pudesse dizer que rindo, do que faço,

Sou apenas palhaço no recinto.

 

Depressa, veste o traje e pinta o rosto,

Que o circo está cheio de meninos,

E o que importa é fazer rir os pequeninos:

Mesmo que o teu riso seja desgosto.

 

Batem palmas e riem tanto,

Que mesmo chorando não minto:

Lágrimas que este meu riso de pranto,

A todos fazem sorrir por instinto…

 

Meco, 23/06/2014 23:19:49

 

(In “Poemas de Amor e Dor”)

((Poema do próximo livro

Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09))

 

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Perseguição

PERSEGUIÇÃO

Rogério Martins Simões

 

 

Não me soltem as letras destes versos

Nem me pendurem no tempo breve

Basta o que não escrevi e chorei

Tudo se alagou no que não sei...

Deus te perdoe e que seja leve.

 

Não me prendam nas letras dos versos

Deram-me as setas afiadas na ilusão

Ligeiras e tão lestas

Quem lhes afiou as arestas

Quem me retalhou o coração

 

Não! Não me soltem as letras destes versos

Nem a insensibilidade de quem se atreve

A distorcer sistematicamente a razão

Antes tivesse perdão

Que Deus te perdoe e te leve

 

Lisboa, 28 de abril de 2011


De acordo com a Lei os direitos de autor estão protegidos, independentemente do seu registo. (A registar no Ministério da Cultura - Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. – Processo n.º 2079/09)

(A publicar)

 

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O meu olhar

O MEU OLHAR

Rogério Martins Simões

 

O Horizonte debaixo do meu olhar,

Profundo,

Impele-me a ficar

Até desgarrar o ver.

Este sentir nos dedos as águas deste mar;

Este fluir de pensamentos borbulhantes,

Onda atrás de onda,

Fazem de mim um náufrago

Que não se quer achar;

Que não quer sofrer…

Meco, 09-01-2013 17:45:38

 

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Papagaio azul

PAPAGAIO AZUL

Rogério Martins Simões

 

Daquela janela virada a sul,

Por onde um ligeiro vento passava,

Um pedacinho de papel azul,

Subia ao céu e do céu baixava.

 

Olhei p’ra janela virada a sul,

Que a sul, afinal, ali não estava

Era um sonho e nem era azul:

O papel azul que o vento levava.

 

Não era janela, era sacada.

Não era o sul, talvez fosse norte.

Não era um sonho, talvez a sorte:

Tantos sorrisos com olhos de nada.

 

Naquela janela virada a sul,

Preso a um cordel segurava,

O meu papagaio de papel azul,

Que subia ao céu e de lá baixava.



MECO 13-11-2012 01:12:36

 

 

 

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Sempre...

SEMPRE…

Rogério Martins Simões

 

Sempre que estas mãos não amparam o choro,

para que não se perca uma migalha de ternura,

Esfrego os meus olhos na ventura,

Apago as lágrimas

E parto à procura da poesia

 

Campimeco, Aldeia do Meco, 08-08-2012 19:24:17

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POETA DE CORPO INTEIRO

POETA DE CORPO INTEIRO

Rogério Martins Simões

 

Sigo num tempo

Que atento sinto:

Que sinto?

Alguém falou?

Alguém deu nas vistas?

As vistas curtas confundem as próprias vistas.

Não viste nada!

Desandas!

 

Volto ao caderno.

Não escrevo!

Ligo palavras, sílabas.

Que sílabas?

Tinha tudo para ser feliz…

Tempo inútil,

Onde tudo não passou

De uma forte gargalhada de dor.

 

Uma criança chora!

Chora, não sei:

Chora sempre!

Que sente?

Doem-lhe estas palavras rasgadas,

Tramadas,

Dói-me esta dor

Que se difunde,

E confunde, em contratempo:

Deram-lhe tudo para ser feliz…

Quem mente?

 

As ondas varrem a cidade

Que flutua

Num extenso areal adornado de adereços…

 

Volto ao caderno.

Não! Escrevo!

Ligo palavras, sílabas.

Que sílabas?

Tinha tudo para ser feliz,

Por um tempo inútil,

Onde tudo não passou

De uma forte gargalhada de dor.

 

 

Se ando por fora dos papéis voo nas vistas.

Se conseguisse andar daria nas vistas…

Estou sentado numa cadeia de ferros

Tenho o caderno afundado numa teia de ferro.

A ferro e fogo.

Já fui fogo.

Água e gelo.

Gelo os meus pensamentos.

Que faço destas mãos?

 

Levaram as sementes do meu campo de trigo

Trinco sementes de girassol

Neste cantar de desabrigo…

Estou fechado no prédio móvel

Que é meu corpo.

Que dilema:

Perdi as forças e estou num colete-de-forças.

 

Volto a olhar para dentro,

Olho o meu corpo,

Conheço a idade do meu corpo,

Não estou mal para a sua idade…

Que idade tenho?

 

Quero fugir de mim

E dão-me dose dupla…

 

Se conseguir sobreviver

Saberei viver?

Viverá quem já não goste da vida?

Que vida?

Fechada a cadeado?

 

Movimenta-me na dose dupla

 e volto a andar:

Subo o patamar da mente;

e desço de andar na escrita…

 

Poucos Metros me afastam da meta

Onde já fui primeiro…

Voa atleta:

Poeta

De corpo inteiro!

 

 

Meco, 12 de Julho de 2009

O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,

depósito ou qualquer outra formalidade

artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

 

 

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Abro os meus braços

Foto de Rogério Martins Simões

ABRO OS BRAÇOS

Rogério Martins Simões

 

Abro os meus braços

Abraço a natureza

Sem firmeza nos passos

Pois o corpo já me pesa.

Alcanço o sol

Beijo a lua

Bebo a água

Onde a água me leva…

 

Meu cheiro é rosmaninho…

Eis o meu percurso

Eis o meu caminho

 

Deixei fugir o tempo

Plano ao vento

É tarde...

A tarde é amena

Aceno lá de cima

Num tempo certo

Eis a minha alma serena

Vem céu!

Estás por perto.

 

30-09-2004 19:17:49

Aldeia do Meco

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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