Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Temporal destrutivo no Campimeco, Aldeia do Meco, Sesimbra, Portugal em 19/1/2014

Precisamente um ano depois voltou a tempestade e destruiu casas e haveres aos campistas. 
Ao inicio da noite do dia 19/1/2014, um vento ciclónico acompanhado de chuva forte fez cair árvores sobre algumas casas do parque. Foi um grande susto, parecia que tudo voava e com uma violência fora do comum. Eram 3 da manhã quando amainou o vento e foi possível ter uma pequena ideia do que tinha acontecido. Quando rompeu a manhã podemos constatar e fotografar os estragos. 
Algo está a mudar na Terra onde, todos os dias, vamos assistindo ou tendo notícia de factos anormais, e extremos, que afetam todos quantos a habitam.

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

TARIK Morreu o meu lindo e amigo cão

 

 

Hoje, dia 23 de Janeiro de 2008, o nosso inteligente e lindo cão morreu!

 

 

Há anos ofereci um lindo cão – podengo anão – à minha esposa. O cão era tão lindo!

Hoje estamos muito tristes - estranha tristeza, dirão tantos! Não! Quem decide ter por companhia um cão deve estimá-lo e nunca o abandonar.

Hoje poucas palavras conseguirei escrever, porém, farei questão que a minha esposa e grande mulher, que tão bem escreve contos e pinta, escreva aqui os contos, bem reais, do nosso tão querido TARIK

 

 

 

Lamechas dirão alguns! Seja! O nosso Tarik embelezou e contribuiu, em muito, para a nossa felicidade. Tarik lia os nossos pensamentos, adorava o Meco, e limpava sempre as patas, no tapete, antes de entrar em casa.

Tarik foi sempre o meu companheiro até altas horas da madrugada enquanto escrevia meus versos.

Se estava triste dava-me uma lambidela nas mãos e eu sorria.

Hoje choro! Porque choras poeta?

A Parkinson doravante é e será a tua única companhia nas altas horas da madrugada.

 

 

É tarde, a minha companheira já secou as lágrimas e está a descansar. O dia foi longo, resta-me a certeza da companhia da minha grande companheira, mas estou só, já não tenho o meu velho cão que tanta alegria nos deu. Parkinson, quer queira ou não, significa solidão e dependência. Hoje estou mais só entre as quatro paredes do escritório.

 

 

 

 

 

 

Olho para o lado, parece-me ouvir ressonar o nosso velho cão. Estás a ouvir-me Tarik!  Parece que não!

 

Sabem um segredo – se eu chamar pelo seu nome em inglês ele uiva!

Tarik, my little dog – dizia a sua tratadora quando ele ficou detido em Londres e estava em quarentena.

Já passaram tantos anos e a memória está fresca.

Tarik, my little dog! O silêncio mete medo! Vou também descansar.

Rogério Martins Simões

(óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

Soprei numa pena

Rogério Martins Simões

 

Soprei numa pena

Que se anichou à janela

Aí está ela, agarrada à empena.

Sem pena, partiu à vela….

 

Valerá a pena ir atrás dela?

 

Deu a volta e reentrou,

Parece serena!?

Soprei na pena e a pena voou,

Aí vai ela! Pela porta pequena…

 

Valerá a pena partir com ela?

 

Vem um passarito

Apanha-a no bico

Ouve-se um grito

Aí vai ela, a caminho do pico…

 

Valerá a pena ter pena dela?

 

Vem um gavião com asas de granito,

Devolve-me a pena, com penas na sela…

São do passarito que passou a goela

Parte gavião! Leva as penas maldito…

 

Regressou a pena!

Não voltei a soprar mais nela…

Parece serena,

A pena,

Que pena reencontrar-me com ela!

 

Hospital dos Capuchos, 19/9/2007

(Concluído em 02/10-2007)

 

Video com os óleos da minha esposa:

http://www.youtube.com/watch?v=iokb8FXy3Gw

 

 

http://video.google.com/videoplay?docid=8291487629655378595&hl=en

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Poesia com sabor a liberdade

 

 

 

O CÉU PODE ESPERAR...
Rogério Martins Simões
 
Com a delicadeza de Tua mão,
Nas Tuas mãos
Com a mão na minha consciência
Consciente dos meus actos
Parcos e isolados
Eu me denuncio
Eu me fortaleço
E cresço
Eu me alindo
E deslindo...
Quem me dera ser
Um pedaço de céu!
Mas o céu pode esperar...
 
Espera!
Devolve-me o meu sorriso
Toca-me ao menos ao de leve
No meu movimento, no rosto
E leva para longe
Esta incerteza...
Este meu desgosto!
 
Vem!
Sopra sobre mim!
 
Pesadas estão as minhas mãos
Que não desarmam
Baralham-se
Confundem-se
Desalinham-se
Desarticulam-se
Que se cuide a natureza
Que me deu este estar
Pois a irei combater
Para ser…
E o céu pode esperar
 
Que Te importa que continue
Qual o mal que isso Te trás?
Traz-me vivo na esperança
Eis a Tua fortaleza
Que aliada à minha fraqueza
Me renova
E cresço
Me alindo
E deslindo
Quem me dera ser
Feliz e não sofrer
E o céu pode ir indo…
Indo para onde quiser
Que espere!
Pois não estou preparado!
 
Coloca as Tuas mãos nos meus cabelos
E deixa-me de novo sorrir.
 
24-01-2005
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

A POESIA COM SABOR A LIBERDADE

Tornou-se um hábito calcorrear, aos fins-de-semana, as estradas que me levam de Lisboa a Meco.

Para quem não sabe, o Meco possui belas praias, um microclima muito particular e situa-se na Arrábida, perto de Sesimbra.

Quem conhece sabe como é difícil o trânsito à Sexta-feira. Por isso arranjam-se truques - A minha esposa vai mais cedo e recolhe-me no terminal dos barcos no Seixal, depois, é um pulo para o destino.

Quis o destino que conseguisse com o esforço do nosso trabalho adquirir uma residencial “ auto caravana” num parque de campismo. Foi assim que o Meco passou a fazer parte de mim, tal como a praia das Bicas, as bicas, a argila, o António do Meco que me fornece o peixe fresco, a pastelaria onde leio o primeiro jornal diário e o desportivo, a mercearia que vende o melhor pão do mundo, a papelaria onde compro jornais e as revistas e alguns particulares, que quase me adoptaram, onde me abasteço de legumes e outros produtos caseiros.

 - Sr Rogério aqui está o seu pequeno-almoço: dois pães com manteiga e o sumo e o café quando quiser.

- Amigo António o que é que se passa com o nosso Sporting?

- Amigo Rogério aquilo é uma desgraça, mas já estamos habituados a sofrer!

- Sr Rogério, tenho meia dúzia de ovos frescos guardados para si.

- Sr. Rogério, quantos pães quer para amanhã?

Conversa puxa conversa lá se vão as manhãs e o descanso acaba tão rápido como começou. Ainda assim sobra-me tempo para ler a revista “XIS” do jornal diário “O Público” onde não dispenso a coluna da ilustre escritora e jornalista “Laurinda Alves” e a crónica de “Faiza Hayat”.

Tudo isto para dizer que esta semana tive de ligar para a mercearia do pão a dizer que não ia, pois não podia faltar ao convite do meu amigo e colega de trabalho, jurista, cantor, compositor e poeta José Baião Santos (irmão do outro Baião ilustre conhecido) que, como bem sabem, foi também extensivo a todos vós.

Acabo de chegar. Foi pena que tão poucos estivessem presentes. O José Baião e outro amigo tocaram e cantaram belos poemas por si musicados. Falou-se de poesia, leram-se poemas de mais de 30 poetas consagrados entre os quais Jorge de Sena e Fernando Pessoa.

Foi a primeira vez que participei num encontro ao vivo e participativo sobre poesia onde houve tempo para tudo até para eu ler dois poemas meus. Por fim emocionado, já tremendo do pulsar das palavras e da doença o José Baião ainda leu mais 3 poemas meus e gostaram.

Afinal quis Deus ou o destino que alguns poetas e amantes da poesia me expressassem ali, pessoalmente, o reconhecimento à poesia que escrevo e não edito.

Em 18 meses este blog foi acedido cerca de 1 milhão de vezes, daí estar aqui para vos agradecer as inúmeras presenças neste livro de poesia. Todos vós sois parte da razão para não ter destruído a minha poesia Falta-me a saúde para continuar com aquele vigor que tinha quando escrevia e rasgava os poemas ao sabor dos amores e desamores. Irei continuar se a saúde o permitir e desde já vos prometo um lindo poema intitulado “Quisera andar de carrossel” para agradecer 1 milhão de acessos.

Viva a poesia com sabor a liberdade.

Rogério Martins Simões

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. All rights reserved © DIREITOS DE AUTOR

Em destaque no SAPO Blogs
pub