Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
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Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Em Lisboa eu nasci E digo de brincadeira Desta cidade altaneira "Prá terra" nunca parti...
Nota: para quem não saiba, "Ir prá terra"= ir de férias ou partir de vez para a Terra Natal
Quadra de Carmo Vasconcelos Glosada pela própria autora
Sou alfacinha da gema Lusitana com vaidade Pois nasci numa cidade Que se veste de poema Cheira a goivo e alfazema Tem as cores do colibri No mundo que percorri Não encontrei outra igual Seu porte é nobre e real Em Lisboa eu nasci
Foi nela que vi o rosto Da santa que me deu vida E onde os seus olhos à ida Também fechei com desgosto No seu sal e no seu mosto Criei a força guerreira Desta gleba justiceira Nela sorri e chorei E o primeiro amor beijei E digo de brincadeira
Que sou filha dos sem-terra Pois nas férias de que gosto À terra doutros me encosto Seja no mar ou na serra Mas cedo a saudade berra Para voltar à soleira Postar os olhos à beira Das gaivotas em voejo No verde ondular do Tejo Desta cidade altaneira
Amo o seu cheiro sem par Sua luz que me ilumina É musa que me fascina Pois tem vozes de avatar Poesia a me chamar Desde que me conheci E ao seu fado me cingi Lisboa do meu amor Jamais lhe dei essa dor "P´rá terra" nunca parti
CIRANDA EM DÉCIMAS COM MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS
Fui “desafiado” pelo grande poeta português Armando Figueiredo, para participar nesta ciranda. Armando Figueiredo, não precisa de apresentação e tem sido editado diversas vezes neste blog com o pseudónimo de Daniel Cristal.
A minha contribuição, nas décimas foi uma verdadeira aventura e tive a ventura de ser ajudado na metrificação pelo mestre, Armando Figueiredo.
Confesso a dificuldade de espartilhar um poema, com 44 versos, ou metros, em versos de sete sílabas. Irei conservar o original, escrito sem a preocupação da contagem das sílabas, para quem um dia se interessar pela minha poesia.
Esta tertúlia poética tem já a participação de diversos poetas brasileiros e portugueses, tais como:
Humberto Rodrigues Neto, Eugénio de Sá, Alfredo dos Santos Mendes, Luiz Poeta, Carmo Vasconcelos, Daniel Cristal e Rogério Martins Simões.
O meu poema, em décimas, com MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS, a que dei o título LISBOA É A MINHA CIDADE, é inteiramente dedicado a duas pessoas:
1) Ao poeta DANIEL CRISTAL, ARMANDO FIGUEIREDO, hoje 14 de Maio de 2008 por ser dia especial reedito, desejando SAÚDE e MUITA FORÇA...
2) Ao meu avô paterno, António Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que, segundo meu pai, terá ensinado guitarra ao grande Armandinho. Quanto à minha primeira construção poética em décimas espero de que gostem.
Nunca escrevi um poema sobre animais, apesar de todos os dias escutar... histórias ao nosso cão.
Hoje, quando vi uma fotografia de um gato, recordei-me do nosso gato “O Bond”.
O Bond entrou em nossa casa depois de ter sido abandonado... Mas a história começa assim:
Certo dia a minha esposa, que gosta muito de animais, chegou a casa transportando numa caixa, um enorme gato, “O Bond”.
Confesso que não queria ter um gato com medo… dos nossos dois cães, “podengos anões”.
Para mim, cão era cão e gato era gato.
Preferia os cães, porque contavam histórias… e eu gosto muito de ouvir contar histórias sobre animais.
Só que pela minha cabeça nunca tinha passado… ter um gato.
Então o gato que sabia - que eu sabia - que nas histórias de cães há sempre gatos, começou a conquistar-me:
Saltava para a secretária do computador e colocava-se entre o teclado e o monitor para dar nas vistas...
Perdi-me pelo gato! Ou melhor, o gato conquistou-me e comecei a escutar contos de gatos onde, também, havia pássaros e cães.
Após um dia de trabalho era com imensa alegria que encarava o regresso a casa. Vinham todos à porta para me receberem - os cães e o gato.
É engraçado! Nunca faziam queixinhas...
A par destes três animais domésticos existem bandos de pardais, que a minha esposa recebe, na varanda virada ao Tejo.
Todos os dias os pássaros vêm em bando para comer arroz partido, a que chamam “trincas de arroz”, e é uma algazarra.
É nesta história que entra o Bond.
Já tinha avisado a minha companheira que o gato se lambia muito quando o ouvia contar histórias sobre pássaros.
Por isso, o Bond, quando apanhava a varanda aberta passeava-se pelo parapeito do 8º andar numa passada precisa e, como era grande, para não espantar a passarada era logo recolhido.
Era uma alegria ver o gato, sentado na mesa da sala, contemplando os pássaros, pela janela, numa varanda virada ao Tejo.
Quem olhasse para o gato nunca adivinharia outra intenção, senão, apanhar os pássaros.
Certo dia a minha esposa deixou a janela do nosso quarto aberta e o Bond quis voar como um pássaro...
Chorei!
Mas, como nesta história real entram cães, posso afirmar que não mais os ouvi falar mal dos gatos.
Acabo como comecei.
Nunca escrevi qualquer poema sobre animais. Escrevo e sempre escrevi “poemas de amor e dor”, porém, não irei esquecer, tão depressa, as fábulas que ouvia contar ao nosso gato e à nossa cadela que já partiram.
Resta-nos, agora, um podengo anão. Está velhote, dorme que nem um cão e repete sempre as mesmas histórias que já conheço...
Não disse o nome do nosso cão.
É segredo!
Sabem! Quando sussurram o seu nome ele acorda!
Rogério Simões
29-12-2004 23:38
(reposição)
(Retratos da alma e do poeta no éden do encantamento)
Dizias-me há pouco - deixa para lá e não te importes! continua -
Quando te disse que ia deixar o blog.
Tu mais que ninguém dás valor à minha poesia.
Tu mais que ninguém sabes como gosto dos teus quadros.
- Deixa para lá!
FALA-ME DE AMOR
(Rogério Martins Simões)
Fala-me de amor - disseste,
quando nos recantos dos jardins
as barreiras nos impediam de pisar a relva.
Rompiam as memórias
e um ligeiro vento
arrastava as folhas secas do velho plátano.
Era tão tarde…
e ainda agora despontavam as histórias...
Olhei sem desvario.
Antes, quando me debruçava no teu peito,
eras rio,
eras só rebuçado!
E trazíamos nos pés alpercatas,
com asas,
que reluziam por cima dos muros
e o chão era mais leve que o algodão…
Sabes?
A cidade fede devaneios
e as árvores crescem nos telhados das casas.
Não te vou falar de amor, não!
Reservo para mim as sensações dos velhos tempos.
Agora, restam umas quantas folhas que vêm ter comigo:
Somos dois silêncios!
Dois estranhos castanheiros perdidos na cidade…
01-02-2006.
(este poema foi puxado para aqui nesta despedida, sentida!
- Deixem para lá –
estarei morrendo se saudades por perto.)
Poemas de amor e dor
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publicado às 00:00
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado