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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

1000 sonetos AVSPE convite aos poetas

 

 

 

 

 

 

 

 



 

Efigênia Coutinho

Presidente Fundadora

Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores

 

www.avspe.eti.br/

 

Convida todos os poetas a participar neste evento “1000 SONETOS.

Tema livre.

 

Mande 5 sonetos escritos por si para:

 avspe.academia@gmail.com

 

Selo comemorativo 1000 SONETOS

Para todos que desejarem colocar em suas WEB

e fazer o Link da página abaixo

estão autorizados.

Efigênia Coutinho

Presidente Fundadora

 

 

www.avspe.eti.br/sonetos/indice.htm

 

E CONVIDE SEUS AMIGOS,,

envio até dia 30/10/2009

Efigênia Coutinho AVSPE

 

http://www.avspe.eti.br/sonetos/convite.htm

 

http://www.avspe.eti.br/sonetos/indice.htm

 

 

 

 

 



 

 Efigénia Coutinho

 

SINA
Efigênia Coutinho
 
 
A' tardinha quando Phebo já declina
ungida de ternura e suavidade, eu me
ponho a cismar, sem que me enfade,
na escravidão de amor, que é minha Sina!
 
 
E sobre o astro Sol, parece que reclina
um Deus soberbo da pagã Hellade...
outro não tem maior virilidade...
nem se iguala em graça masculina!
 
 
Então apresso-me a venerar seu vulto,
e, enquanto o coração repica o sino
meus lábios ofertam preces de culto!...
 
 
Sonhar assim é meu prazer supino,
e dentro deste templo vibro e exulto,
se devota de ti eu me imagino!...
 
 
Balneário Camboriú
27 - 2 - 2006...
 



 



 

Armando Figueiredo

 

 

 


Reencarnação
 
Daniel Cristal
 
 
Preciso de outro corpo que sustenha
o brilho da firmeza, tida outrora,
e que guarde esta alma com a senha
duma senda vivida nesta hora...
 
Preciso de emigrar, de transumância,
de nova encarnação num outro corpo,
porque este já não firma a elegância,
e a um fácil desafio cai de borco.
 
Preciso de dizer um obrigado
a todo o amigo-companheiro,
e despedir-me assim do ser amado...
 
Irei voltar na forma de um obreiro
que continua a obra inacabada,
recordando a senha decorada.
 
2007.Portugal
 
 

 



 

 

Rogério Simões

 

Meco 2009

 

 

SOFRER POR AMOR
Rogério Martins Simões
 
Sofrer por amor é dor que arde.
Na carne, essa dor, será mais sofrida.
Sofrer por amor não se retarde,
Mais tarde essa dor será mais sentida.
 
 
Não há dor que por prazer se guarde.
Guardo a felicidade que levo da vida!
Mas se essa dor chegar mais tarde,
Se tarde e guarde para depois da ida.
 
 
E se Deus quiser que morra de amor,
Me leve desta vida em primeiro lugar,
Prefiro morrer que viver nessa dor.
 
 
Perguntem à alma se prefere ficar.
Decerto irá dizer ao corpo que não.
Então, subitamente, que pare o coração.
21/04/2005

 

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BORDANDO SONHOS

 

(Óleo sobre tela

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver
Fico cego se em mim não te sentir
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
 
(Poema dedicado a Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
 
 
OIÇA AQUI!!!! Este poema na voz de LUÍS GASPAR dos ESTÚDIOS RAPOSA!
 
Amigo Luís Gaspar muito obrigado!
 
 

 

 


 

(Óleo sobre cartão

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

BORDANDO SONHOS
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me desnudei ao luar.
Ao amor me doei branca e pura.
E quando te encontrei no olhar
Juntei o luar e o sonho na ventura.
 
Teus olhos não os deixes cegar!
Deixai olhar inocente candura.
Os sonhos conseguem triunfar
Na eternidade o sonho perdura
 
Percorre o teu olhar todo o meu ser
Feitiço tem o coração!, quer ser teu.
Glória tem teu sonho, agora meu…
 
E se não solto os fios para te ter,
Cega fico, se em mim não te sentir,
Bordo sonhos e não te deixo partir!
 
Lisboa, 15-01-2009 22:48:22
 
Poema dedicado a três amigos, dois dos quais grandes poetas, que directamente são responsáveis por não ter rasgado a poesia que escrevo.
ERMELINDA TOSCANO – Poetas Almadenses (responsável por ter tirado a poesia da gaveta) OBRIGADO!
EFIGÉNIA COUTINHO - Poeta que tanto admiro e estimo. Responsável pela divulgação da minha poesia no Brasil através do seu conceituado site.
ARMANDO FIGUEIREDO – Mestre da poesia (Daniel Cristal)
 
Finalmente a todos aqueles que visitam este blog e me incentivam a continuar.
Obrigado a todos
Rogério Martins Simões
 
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Alma minha

 

 

(AMIGO ROGÉRIO, É CAPAZ DE ME ENVIAR UM SONETO SOBRE O AMOR NESTA TEMÁTICA CAMONIANA? QUEIRA CONSTITUIR UM PAINEL DE SONETOS INSPIRADOS POR CAMÕES. POSSO CONTAR CONSIGO?
DANIEL CRISTAL
 
“Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
(...) “
 
Camões (*sonetos de amor)
 
 

 

ALMA MINHA
Rogério Martins Simões
 
Alma minha gentil que coloriste,
Tão tarde, minha vida docemente,
Abraça-me neste tempo presente,
Eterna senda que então floriste...
 
Com teu amor meu corpo resiste!
Nossa esperança não se ressente…
Antes que nossa alma se ausente:
Não viva cá na terra sempre triste!
 
E se da morte me puder erguer,
No etéreo, ou aqui, eu quero ter,
Este amor que na terra encontrei.
 
Reviveremos o nosso amor terreno
Perfeito, infinito, lindo e sereno.
- Alma minha que eu tanto amei!
 
Lisboa, 07-05-2008 22:19:00
 
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EFIGÉNIA

 

 

 

EFIGÊNIA COUTINHO
Daniel Cristal


Do céu veio esta bênção, cheia de azul carinhoso,
e todo o horizonte esbelto se incendiou;
toda a musa parou, nenhuma mais ficou,
a não ser esta deusa dada ao seu gozo:

Ao gozo do prazer celeste, nada mais,
ao êxtase do amor mais puro que a vida;
penso até que a morte foi a pena erguida
para purificar a alma destes nossos ais...

E assim nos levou nas asas de uma pomba,
ou melhor: foi um arcanjo belo quem levou
as nossas almas plenas e as manejou
até às mãos de Deus, que, nunca, do amor zomba.

Nos teus olhos de azul, do azul mais brilhante
juntou-se o meu cristal ao puro diamante.

17.11.2005

 
 
 

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FUTURECER

 

 

 

Esta é a minha homenagem a um dos grandes poetas vivos da língua portuguesa: Seu nome Armando Figueiredo, português, que escreve utilizando variadíssimos pseudónimos.
 
Meu querido e amigo poeta,
Perdoe-me, o amigo pregou-nos um grande susto! Sei que nada quer que diga, digo apenas que estivemos consigo no nosso pensamento, nas nossas preocupações. Estamos felizes agora que regressou e que se refaz do susto.
Um abraço deste seu amigo,
Rogério Martins Simões
 
Amigos, que gostais de poesia, deixo-vos com belos poemas deste enorme poeta “futurecido”

 

 

 

 

 

FUTURECER
Eugénio de São Vicente


Depois da tempestade, virá a bonança…
Como gigante feroz que um dia amansa,
Vivemos, não há dúvida, a esperança
De que da tempestade surja a mudança!

Há milénios que dura o raio da morte,
A iniquidade, o ódio e o desrespeito
E nós mereceríamos melhor sorte
Do que haver tanto ódio dentro do peito!

O tal Futurecer será a míngua
Do nosso rodopio – a grande busca
Desse Amor eterno que é sob a língua
E ainda não brotou… e nada custa!

Há-de desabrochar – ângulo recto
Daquele eterno arcanjo – um novo feto!




AINDA FUTURECER

O futurecer é assim como o amanhecer!
Um amanhecer feliz e contradito…

É amar ao presenciar uma pessoa
Qualquer uma com todas no coração

O futurecer é uma nova madrugada
Desejada ansiada esperada radiosa

São raios de luz a despertar o sono profundo
De todas as cegueiras
De todas as alienações
Dos alheamentos perniciosos, preguiçosos

É o amanhecer do novo mundo
Esse que não vem… que tarda a chegar,
Crisálida angustiada num ovário
Morta por despertar.

Março, 2003



FUTURECER

Já cumpri, amigos, todos os invernos
E todos os estios e todos os cios.
Cumpri, assim, amigos, todos os infernos
Vossos e meus, nas devidas gerações...

Gozei as praias, gozei montanhas
Gozei, ao lado vosso, toda a vida...
Assumi as dores do coração e das entranhas!
Perdoai, companheiros, algumas perdas
Acontecidas nesta lida!

Estou cansado, amigos, e quero do zero recomeçar
Ou, para ser sincero, parar para sempre numa ermida!
Estou desolado do amor, perdido na memória!
Estou fraco e esmorecido da paixão!
Nem sei se, de mim, ficará alguma história...

Nem isso importa, amigos, fique a negação!
A negação de tanta futilidade
A negação do Amor que nunca chega...
Pois, eu irei desta para a eternidade
Mas levo-vos, isso levo!, no coração
- um coração bem pulsado sem idade!
.
2003-06-12



É POSSÍVEL FUTURECER

Que feliz eu sou! Descobri finalmente que é possível
Futurecer. Tão possível como possível é nascer,
crescer e ser e agir amando…
Possível, sim, é futurecer, não só de quando
em quando
Mas continuamente… É possível viver amando
A futurecer segundo a segundo,
Tal e qual como sermos iluminados pelo amanhecer da aurora
Outrora… agora… em qualquer hora
presente ou futura,
Na escassez e na fartura!


Tão fácil foi descobrir o futurecer do teu ser, dado no meu ser,
Com a magia da alegria num sorriso que afinal era o teu
E também meu. Uma descoberta tão simples que aferiu
O valor da chama do teu calor!

Foi autêntico amanhecer dum botão em flor aberto por amor.
A abertura permanente no sorriso nosso: o que perdura!
E nem é preciso, oh, que bom, nem preciso é: ser preciso
Por ser uma animada
e contínua postura!

Quem diria?!… uma flor aberta, aberta à flor
numa única sutura dum prazer vário!

Que alegria amanhecer no futurecer diário
Alimentado pela flor aberta no amor de cada dia!

Tão bela, tão odorífera, tão presente e futura
Permanecendo a estrela que nos guia
Ou a postura que perdura!
.
2003-08-13



RONDEL FUTURECER

Hoje futureceu na aurora um mundo novo:
Foi aviso do Futuro num presente obtuso!
Hoje, é dia especial p’ra mim, porque o povo
Anda confuso à espera dum aceno luso...


Do aceno liberto, diferente e difuso,
Que é a gema incutida de novo no ovo...
Hoje futureceu na aurora um mundo novo;
Foi aviso do Futuro no presente obtuso!


É o regresso à origem na qual eu me movo:
Extirpação do mal e causa do abuso
Que confunde a pomba com o negro corvo
E impede a criação doutro ansiado fuso.
Hoje, futureceu na aurora um mundo novo!


Versado na Arte Maior
(hendecassílabos)


FUTURECE


Futurece quando a mão
com cinco folhas de seda
afaga a criança carente
ou o menino doente

Futurece quando há cura
prá depressão adolescente
ou sempre que se enternece
o jovem que amadurece

Futurece quando o adulto
perdoa a traição ultrajante
seja de qualquer irmão
seja duma vil amante

Futurece quando o idoso
se sente dorido e pário
e pela fé é curado
no Amor sem fim e vário...

Agosto de 2003

 


 

EIA, CONCIDADÃOS!

O astro-rei nasce mais alegre e fecundo!
É um segundo contínuo... afaga o vale
acarinha o monte; todo o holomundo
futurece à visão humana e universal...
Vivemos no futuro.

Vivemos no futuro à visão da utopia...
Não há fome na criança nem a ânsia da ignorância;
não há guerra nem ódio; há risos de alegria...
Futurece o milagre da santa abundância!
Vivemos no futuro.

Vivemos no futuro, criado o novo mundo...
Sete estesias grávidas desabrochadas
no poder da utopia - é a ética onde abundo!
Onde afinal auguro certezas nadas!
Vivemos no futuro!

Agosto de 2003

FUTURECENDO


Hoje acordei com um sorriso
que se tornou o bom sintoma
da utopia que interiorizo
neste futuro que a todos soma

Futureceu por consequência
antes da aurora amanhecer:
é a mais feliz coincidência
do meu presente acontecer

Pois futureço durante o luar
antes do Sol aparecer
para alegrar e fecundar
este planeta a suceder

Vivo desta arte no meu futuro
o que é presença na existência
e sem jurar até murmuro
que é a construção da consequência.

26.08.2003



A BELEZA DUMA RUGA

.Que rosto lindo eu vi hoje, rugoso,
Tão fascinante qual o duma criança!
Continha o mesmo brilho radioso,
Continha a alegria pura duma dança...

É um brilho de amor por ser-se homem
E pela fé confiada na existência;
É como se o amanhã unisse o dia d' ontem
É como se o amanhã fosse a nossa essência!

Nos rostos deslumbrantes por que passas:
Um duma criança linda renascida
Ou a cara dum velho bem franzida
Reluz futurecida a acção de graças.

Pois, uma ruga é prémio incontestável,
É o colo mais feliz da transcendência!
E é assim que se é criança admirável,
E é assim que finda a vida em sapiência.

Net, 09.11.2003



Utopizar o Dia


Quando amanhece, já eu futurei
o futurecer! Auguro o futuro!
Ponho-me a futurar
o futuro outro imprevisto...
É um caso nunca visto,
prever o dia que não seja entardido
na espera oposta
ao habitual dia tardo porque tardio:
Antes do amanhar, começo sempre a milagrar
- a foz do mar a desaguar no rio
diluviando a mais bela utopia;
É uma esperança esperançada
no entardecer que nunca deu lugar à
noite;
uma voz cheia que se ri do próprio riso!
Prevejo-me sempre na espera duma noite
que nunca anoiteceu
ou duma ceifa repartida.
E assim me ponho a futurar o novo futurecer
na luz alucinada do pavio
dum fio fiado de breu.
Todavia nem o fio fiou
nem o mar desaguou.
Quando entardece
e tarda a luz do luar
ainda há uma esperança cheia de temperança
de que o rio seja mar
mas vai anoitecer certamente,
vai anoitar uma noite muito igual
ao fio que não foi fiado
com o mar estagnado...
Ah, quem me dera milagrar o futuro!
Esse futuro futurecido
que futura antes do amanhar;
Esse fio que deseja fiar
como uma cabeça a pentear seu mesmo pente
ou esse mar que quer brincar
como uma criança inocente.
E tenho pena, mas não perdi a esperança,
mau-grado a criança não ter brincado
porque o mar estagnou
e o fio de cada rio
também nunca futurou!

03.01.2004



FUTUREÇAMOS!

Aguardai a entrada do Futuro!
Antes do amanhecer ele acena
Com uma nítida auréola de apuro
Quaisquer iluminados desta cena.


Aguardai o seu aceno... não demora!
Basta serdes sensíveis à Pureza
Ou à simples natureza da Beleza
Ou à Mulher que amais e vos adora!


Aguardai na ansiedade... na sua crença!
Como uma prece à Mater-Natureza
Ou oração humilde ao Deus primeiro!


Porque o Futuro vem co'a Benquerença
Como uma bela crença na Beleza
Do Verbo Amar que foi nosso pioneiro!

30.12.2003



A INFÂNCIA FUTURECIDA


Canto-vos um milagre espontâneo!
E evoco a minha infância nesta hora:
É a hora de sonhar... ser consentâneo
Com a premonição que nos melhora.


A entrega ao respeito pela criança
- É estoutro o milagre do Futuro
No Presente, o milagre da infância:
Esse Futurecer que sempre auguro!


Nem um só tiro da espingarda!
Mudada esta acção por lauta festa
Com o mundo a dançar alegre em barda...


Mãos dadas, plenos risos, esta gesta;
Uma gesta marcando toda a História,
Rosas e cravos tecidos na memória.

02.01.2004
 
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Venha o que vier

 

Poeta Daniel Cristal é poeta residente deste blog. Daniel Cristal é poeta português e mestre de poesia.

Ele sabe quanto o admiro e o que lhe desejo neste momento!

 

 

 

 

VENHA O QUE VIER

Daniel Cristal

Como eu te entendo amigo-companheiro,

como eu sinto a cruel dor duma amargura!

Também já atravessei com fartura

charcos de água bolor num atoleiro...

 

Entre muitos revezes enfrentados

tu vais usufruindo da vitória

com perdas e iguais ganhos numa história

que goza esta vida dos dois lados.

 

Aceitar a derrota e a vitória

como uma aprendizagem permanente,

torna qualquer pessoa independente

e deixa-nos felizes na memória...

 

No momento azarento tu dirás

pois venha o que vier nada me estraga

a vida... e até prescindo da adaga!

As coisas são tão boas quanto más!

 

E continua na senda do sucesso;

podes mesmo virar-te do avesso

e mostrar-lhe uma cara feita gesso,

mas agita a bandeira do progresso.

 

 

2007. Portugal

©ArmandoFigueiredo

 http://romasi.netpampilhosense.org/daniel_cristal.htm

 

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Coração de Cristal

 

 

 

 

CORAÇÃO DE CRISTAL

Efigénia Coutinho

 

 

Tenho um coração de Cristal
minha fonte pura de magia
rei de minhas noites de luar
aos tons suave duma cantoria.

 

Fonte cristalina que vida encerra

com sua  luz  engravida a terra
todo bem que em ti alcança
 do sonho, se  imortalize a senda!

 

Vem em mim  amoroso sonho

ânsias infinitas,  olor e desejo

palpitando rumores - teu beijo!...

 

Ó fonte cristalina que  corre cheia
que eu me desmanche alva e sonora
em  teu coração por dentro e por fora!

 

Balneário Camboriú
Maio 2008

 

 

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A Minha Terra - Manoel Virgílio - Luiz Poeta - Efigênia Coutinho - CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal


 

 


Minha Terra

Minha Terra, o meu Rio,
Tem beleza e esplendor,
De manhã sempre espio,
Na colina, o Redentor.
Altaneiro o Corcovado
É o altar de Jesus Cristo.
Eu me sinto abraçado
Toda vez que o avisto,
No meu Rio de Janeiro,
Muito lindo, o ano inteiro.

Pão de Açúcar, lá de cima,
Uma vista que alucina.
´A bela Copacabana,
De areia prateada,
Numa orla bem humana,
Por poetas, exaltada.
Vemos toda a Lagoa,
Num contorno rendilhado.
O meu canto ali ressoa
Por meus versos, assim, rimados.

Perdoa Gonçalves Dias!
Também canta o sabiá,
Para nossa alegria,
Nas Palmeiras que de cá.
São belezas do Brasil
Quer do Rio ou Ceará
Sob um céu que é cor de anil.
Como em nenhum lugar, há.
Exalto meu Rio co’ ética
Em décimas e com métrica!

Manoel Virgílio




 

 

 


Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros - Rio de Janeiro - Brasil
Às 22 h e 25 min do dia 8 de janeiro de 2008,especialmente para o meu eterno irmão Armando Figueiredo ( Daniel Cristal )


Ouço um fado... silencio...
No triste som das guitarras
Meu sonho solta as amarras
Que me prendem ao vazio
E liberta meu navio...
De sonhos... rumo a Lisboa
De Camões e de Pessoa
De Saramago e Florbela...
E, por fim, na caravela
É minha alma... que voa.





 

 

 



TERRA DA MEIGUICE
Efigênia Coutinho

Sou da terra da meiguice
com cânticos de amor leal
é essa a terra real
aquela que sempre disse
sem qualquer esquisitice
ser o meu País natal.
Do oceano peço o sal
pra ir contigo ao mundo
do encanto onde abundo
Brasil também Portugal.



~

 



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A minha terra - Humberto Rodrigues Neto -CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal




MINHATERRA
Humberto Rodrigues Neto

Décimas em glosa ao mote do próprio autor:

A todos São Paulo abriu
futuro alegre e otimista
e disso eu me vanglorio,
da glória de ser paulista!


Glosa


Aqui nasci e me criei
à sombra de arranha-céus,
em meio aos suados véus
da garoa que eu amei,
das mulheres que afaguei!
A Paulicéia atraiu
quem de sua terra saiu,
e uma vida de sossego,
a chance de paz e emprego
a todos São Paulo abriu!

Acolhendo os forasteiros,
a terra dos bandeirantes
deu apoio aos imigrantes,
que alegres e sobranceiros
uniram-se aos brasileiros!
A essa grei sã e idealista,
plena de visão realista,
São Paulo sempre apoiou
e em tempo algum lhes negou
futuro alegre e otimista!

Terra mais verde e amarela
neste meu país não há
desde o sul até o Pará!
Belos parques, lindas praças,
perfeita fusão de raças
que um tesouro construiu
de honra, de amor e brio!
É o sangue de João Ramalho
pulsando na forja ou malho,
e disso eu me vanglorio!

De Fernão Dias as bandeiras
já pensavam coisas grandes
e até no sopé dos Andes,
com as cores brasileiras,
fincaram nossas fronteiras!
De seu pendão cada lista,
é um triunfo, uma conquista
deste rincão soberano;
por isso me sinto ufano
da glória de ser paulista!

Humberto Rodrigues Neto
(Humberto - Poeta)


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A minha terra - Carmo Vasconcelos - CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal



A MINHA TERRA

Em Lisboa eu nasci
E digo de brincadeira
Desta cidade altaneira
"Prá terra" nunca parti...

 

Nota: para quem não saiba, "Ir prá terra"= ir de férias ou partir de vez para a Terra Natal

 

Quadra de Carmo Vasconcelos
Glosada pela própria autora

Sou alfacinha da gema
Lusitana com vaidade
Pois nasci numa cidade
Que se veste de poema
Cheira a goivo e alfazema
Tem as cores do colibri
No mundo que percorri
Não encontrei outra igual
Seu porte é nobre e real
Em Lisboa eu nasci


Foi nela que vi o rosto
Da santa que me deu vida
E onde os seus olhos à ida
Também fechei com desgosto
No seu sal e no seu mosto
Criei a força guerreira
Desta gleba justiceira
Nela sorri e chorei
E o primeiro amor beijei
E digo de brincadeira

Que sou filha dos sem-terra
Pois nas férias de que gosto
À terra doutros me encosto
Seja no mar ou na serra
Mas cedo a saudade berra
Para voltar à soleira
Postar os olhos à beira
Das gaivotas
em voejo
No
verde ondular do Tejo
Desta cidade altaneira

Amo o seu cheiro sem par
Sua luz que me ilumina
É musa que me fascina
Pois tem vozes de avatar
Poesia a me chamar
Desde que me conheci
E ao seu fado me cingi
Lisboa do meu amor
Jamais lhe dei essa dor
"P´rá terra" nunca parti

Carmo Vasconcelos
Lisboa, 8 de janeiro/2008




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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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