Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PARKINSON - DIA MUNDIAL DO PARKINSON

IMG_1862.JPG

 

PARKINSON – 11 DE ABRIL DE 2018

DIA MUNDIAL DO PARKINSON

Rogério Martins Simões

 

E de repente o céu desabou em mim!

O diagnóstico era terrível - PARKINSON

 

Uma flecha certeira transpôs o meu coração!

Olhei a ferida – das feridas escorre o vermelho cor de sangue - mas não vi sangue, porém, estava ferido e nem queria acreditar!

 

(Às vezes a vida é “madrasta” e cheia de sofrimentos.)

E vieram-me à cabeça tantos pensamentos.

Recordei-me que tinha passado mais de metade da minha vida a caminho dos hospitais

Afinal o nosso corpo é como uma árvore: as folhas caem no Outono e rebentam na Primavera.

Nesse tempo, dos 20 anos aos 40 anos de idade, de desmaio em desmaio o sangue brotava tomando a forma de melena e/ou hematémese.

Perguntava então aos Céus a razão para tanto tormento.

E encontrei dois velhos poemas:

HOJE

Rogério Martins Simões

 

Hoje

Fiquei sem nada

Olhando as estrelas,

Na rua,

Habilitando-me

A uma viagem à lua.

 

Hoje fiquei sem nada!

Sem lar!

Sem família!

Abandonado!

Aguardando

No espaço vazio

da minha vida

Pela casa cheia.

 

Hoje não há sol,

nem calor

E o meu coração

que falha

Lança na dor

Meu corpo frágil

Que desmaia…

2/3/1973

 

MEIO HOMEM INTEIRO

Rogério Martins Simões

 

Meia selha de lágrimas.

Meio copo de água

Meia tigela de sal

Meio homem de mágoa.

Meio coração destroçado

Meia dor a sofrer.

Meio ser enganado

Num homem inteiro a morrer.

1974

 

Em 1990 voltou a bonança! O barco balouçava mas não andava à deriva…

 

Mas, de repente, em 2002 o céu desabou em mim!

Se não era capaz de abotoar a camisa com a mão esquerda como iria ter forças para suster o céu?

 

PARKINSON

(DIAGNÓSTICO)

Rogério Martins Simões

 

Meu amor! Tu não estavas enganada!

Só tu darias pela diferença no gesto,

Pela minha expressão algo errada,

O meu lado esquerdo menos lesto.

 

Hoje, tu não ficaste surpreendida.

Componho este poema e não desisto:

A direita, com que escrevo, agradecida!

Com a esquerda não escrevo mas insisto!

 

Com a direita escrevo o “A” de amor!

Com a esquerda se escreve o “D” de dor!

E o resto deste poema em desespero!

 

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece.

O meu corpo, tanto sofrer, não merece.

Sofrer mais, por sofrer, não quero!

 

04-06-2002

 

 

Chorei! Sim um homem também chora! Mas não me vou embora, embora às vezes até me apeteça partir…abandonar tudo.

Durante estes últimos anos tenho pedido a Deus, à vida ou ao Universo para ter coragem.

De vez em vez chegam notícias que me prometem ajudar a segurar o teto do céu com as minhas duas mãos de esperança. Deus queira!

Uma palavra de esperança a todos os que sofrem direta ou indiretamente: acreditem que somos nós que temos de refazer e lutar por uma vida melhor, minorando os sofrimentos e os estragos da alma ou do corpo.

 

 

ESPERANÇA

Rogério Martins Simões

 

Entrelaço os meus dedos nos teus:

Vivas ilusões, ténues lembranças.

Foram inatingíveis os versos meus,

Outono breve, poucas esperanças.

 

Ateámos o fogo nas estrelas dos céus.

Mapeávamos nossos corpos de danças.

Encontros e desencontros não são réus…

Presos não estamos, procuro mudanças.

 

Agora, adorno enigmas bordados de cruz,

Cintilam horizontes de esperança e luz,

Meu fogo arde no mais puro cristal.

 

E se na alquimia busco a perfeição,

Respondo às interrogações do coração,

Descubro no amor a pedra filosofal.

 

Lisboa, 02-10-2006 23:58

 

É através da poesia – canto mágico dos poetas – que tenho sempre presente, no meu coração, todos aqueles que mais sofrem – já nem escrevem! Já não falam – mas escutam se lhes falarmos de mansinho ao ouvido. Sendo assim escrevo por eles, em mim, com esta mão direita.

E se nesta missão conseguir fazer com que um, pelo menos um, se sinta menos infeliz, menos desamparado, menos solitário e com alguma confiança no futuro – então valeu a pena ser a meu modo solidário!

Incluo aqui todos os sofrimentos, todas as maleitas da carne ou da alma, ou seja – uma universalidade de doentes, doenças, guerras, ódios, fome, violência, racismo, abandono... Enfim, um sem número de males que dia a dia consomem o homem!

Aproveito para enaltecer os profissionais de saúde e os cientistas que, procurando amenizar a dor, colocam o amor, o saber, e o conhecimento científico, ao serviço da humanidade.

À restante comunidade, aos cidadãos que pagam os seus impostos e que devem exigir que estes sejam bem administrados, o apreço pelo cumprimento deste dever cívico e solidário.

Vou terminar.

Resta-me deixar aqui uma palavra de esperança num futuro melhor onde nem raças nem credos nos dividam. Onde haja lugar a um avanço na ciência para que todos possam ter uma vida mais digna. Porém, se essa evolução não vier a beneficiar os desprotegidos – POR FAVOR - deixem ficar tudo como está.

 

Muito obrigado aos cientistas portugueses!

Talvez nos devolvam a vontade para viver.

Entretanto, e mais uma vez, volto a sonhar!

Rogério Martins Simões

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Parkinson (DIA MUNDIAL DE PARKINSON)

 

HOJE É O MEU DIA... DIA MUNDIAL DA PARKINSON

 

SEJAM TODOS MUITO FELIZES

 

SEM PARKINSON!

 

 

PARKINSON

(DIAGNÓSTICO)

Rogério Martins Simões

 

Meu amor! Tu não estavas enganada!

Só tu darias pela diferença no gesto,

Pela minha expressão algo errada,

O meu lado esquerdo menos lesto.

 

Hoje, tu não ficaste surpreendida.

Componho este poema e não desisto:

A direita, com que escrevo, agradecida!

Com a esquerda não escrevo mas insisto!

 

Com a direita escrevo o “A” de amor!

Com a esquerda se escreve o “D” de dor!

E o resto deste poema em desespero!

 

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece.

O meu corpo, tanto sofrer, não merece.

Sofrer mais, por sofrer, não quero!

 

04-06-2002

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Dia mundial do doente com PARKINSON

 

´

(Óleo sobre tela da autoria de

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 

DIA MUNDIAL DO DOENTE COM PARKINSON

 

11de Abril de 2008

(Sexta-feira à tarde)

 

RTP2 – SOCIEDADE CIVIL

(Programa apresentado por FERNANDA FREITAS)

 

No próximo dia 11 de Abril é lembrado à sociedade que existe uma doença, neurodegenerativa, que dá pelo nome PARKINSON.

No serviço público da televisão, de qualidade, RTP2, no programa magazine de informação, “Sociedade Civil”, vai falar-se sobre Parkinson.

 

PARKINSON

(DIAGNÓSTICO)

Rogério Martins Simões

 

Meu amor! Tu não estavas enganada!

Só tu darias pela diferença no gesto

Pela minha expressão algo errada...

O meu lado esquerdo menos lesto.

 

Hoje, tu não ficaste surpreendida.

Componho este poema, e não desisto:

A direita, com que escrevo, agradecida!

Com a esquerda não escrevo mas insisto!

 

Com a direita escrevo o “A” de amor,

Com a esquerda se escreve o “D” de dor

E o resto deste poema em desespero.

 

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece

Meu corpo, tanto sofrer, não merece

Sofrer mais, por sofrer, não quero!

 

04-06-2002

 

 

Todos aqueles que são portadores desta doença sabem o que sofrem e o que fazemos sofrer. Nesta data, em meu nome e como portador da doença, entendo que devo agradecer a quem directa ou indirectamente nos ajuda.

Ao Tiago Fleming Outeiro, ilustre Professor e cientista português, e à sua equipa de cientistas, quero agradecer tudo o que tem feito para minorar os “estragos”. O Tiago sabe, que eu sei, que nos irá dar muitas alegrias. Talvez por isso não tenha estranhado as boas-novas que nos chegaram recentemente. Obrigado TIAGO por colaborar há anos com o meu modesto blog de Parkinson e com o blog “Mal de Parkinson” do Brasil.

Agradeço, também, aos restantes cientistas, aos médicos, aos restantes profissionais de saúde, às Associações de Parkinson, às famílias, aos voluntários e a todos aqueles que ajudam os milhões de doentes, onde incluo doadores, jornalistas e promotores de programas como o que vos é anunciado.

Queridos pais, não se preocupem tanto com este vosso filho! Gosto muito de vós! Pai, mestre poeta com quase 86 anos, vai passar tudo, não vai?!

Aos verdadeiros amigos, e restantes portadores de Parkinson, vai um abraço numa manhã de esperança.

Finalmente à minha esposa! Para ela tudo! Obrigado Elisabete Maria Sombreireiro Palma.

Não irei desistir de lutar!

Deixo-vos com poemas para a Elisabete.

Rogério Martins Simões

 

Segredos, meu amor

(Rogério Martins Simões)

 

Segredos, meu amor

Hoje te quero revelar!

Se pudesse te daria o mundo:

A eternidade, meu amor profundo

Os poemas de amor - sem dor

Num canto belo se soubesse cantar!

 

Cantar, cantavas tu…e tão bem!

Pintar é a tua actual inspiração!

Reservo para ti também:

A poesia! Meu amor-perfeito;

Tempo de pausa e meditação!

A fantasia de alguém

Imperfeito!

Carente, terreno e pensante!

 

E se em momentos de inspiração

Parto por aí algo errante

Numa completa e intemporal dação

(Mas quente e vertical entrega)

Seja breve e que encante!

Minha alma nesse instante sossega.

26-05-2004 23:29

 

 

Guerreira da Luz

(Rogério Martins Simões)

 

Sabendo o que sei, sem saber o que sou.

Partindo de mim, para ti, sem te conhecer,

Cercada de luz te encontrei ao entardecer,

Quando o coração a tua alma encontrou.

 

Teu brilho que um dia me libertou,

Quando nem vontade tinha para escrever

Renovou em mim a vontade de viver,

Sei aquilo que fui; sei para onde vou.

 

Guiado por ti, guerreira da Luz,

Para onde esta estrada nos conduz,

Lado a lado, sem questionar o que fomos…

 

Conduzidos e iluminados pela estrela de Natal,

Numa felicidade diária sem igual,

Rectos e eternos, eternamente, somos.

 

24/12/1998

 

 

PÁRA

Rogério Martins Simões

 

Segredaste-me tantas palavras,

Esta noite meu amor,

Quando no quarto imperava o silêncio!

E disseste tantas coisas,

Em silêncio,

Que nada ficou por dizer!

 

Tu sabes que eu gosto do silêncio!

De respeitar o silêncio,

Mesmo que ele incomode.

 

Incomodam-me

Mais os estados de “não alma”,

Que perturbam o silêncio,

Com palavras ditas de forma não calma.

 

Eu sei que não conheces

As “não palavras:

Que me ferem os tímpanos,

Que não acalmam!

Que me pulverizam o silêncio

Aniquilando o alento!

Que me cortam a respiração

E me deixam frustrado,

Cabisbaixo,

Adiando ou extinguindo

Para sempre a inspiração!

 

Que génio teriam os poetas

Se lhes parassem a respiração,

O pulsar e a pena?!

 

De que forma?

Com que sentido,

Teriam estas palavras,

Se as minhas palavras

Fossem desprovidas de qualquer sentido.

 

Sentidas foram as tuas palavras

Quando me disseste,

Sem falar,

Estas palavras:

Pára de escrever!

Porque as palavras te fazem sofrer!

Pára, vem descansar!

Para o corpo retemperar!

 

Mas meu amor

O meu descanso

Está nas palavras que não comando!

E se sofrer eu sofro

Escrevendo

Pior sorte seria

Não escrever chorando.

 

17/05/2004


Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. All rights reserved © DIREITOS DE AUTOR

Em destaque no SAPO Blogs
pub