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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Percursos...

(Cópia 

Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

PERCURSOS

Rogério Martins Simões

 

Andamos aos poucos

a escrever o livro das nossas vidas.

A libertação tem o seu preço,

pagamos caro a mudança,

sacudindo as roupa envelhecidas…

 

Que é feito dos vestidos de chita?

Onde estão os dedos finos delicados

que enrolavam os cabelos do menino?

E os caracóis? E as gotas

com que rebuçava o olhar de mel?

 

Tartarugas luzidias rastejam

recordando que já foram cágados…

Abro o saco e liberta-se

um louva-a-deus…

 

Manejo uma espada de madeira,

herói da banda desenhada.

Ergo a espada de nada

e faltam-me as sílabas

que se escaparam

das folhas arrancadas.

 

Ainda assim quero escrever,

quero borboletear faíscas

para não ficar cego…

 

As recordações são agora

monstros cospe-lume,

dragões afinados…

Cordas partidas de um violino.

 

Liberto as claves de sol

para de novo te ver sorrir!

 

Um canto adormecido

embala docemente

um berço de silêncio.

Recupero o leite materno

num figo verde,

lábios rasgados.

 

Chupo um rebuçado

com sabor a mentol.

 

A tinta permanente secou!

O mata-borrão

levou as pontas do meu nome

(bem desenhadas

para caber entre duas linhas.)

Entrelinho as palavras desalinhadas.

Não dou a mão à palmatória.

Quando tudo passar serei glória.

 

Por agora vou afinando

as cordas estropiadas,

velha amarra dum batel.

A espada é agora pó

e já foi serradura…

 

Os cabelos, caracóis finos,

afinaram os violinos

numa nuca envelhecida

e cantaram vitória…

 

Ainda assim a fogueira

não destruiu tudo

e o combate ao dragão

queima-tudo,

ainda agora começou.

 

O fumo das folhas

é agora nosso.

E os versos também…

 

26-02-2007 0:23:20

 

(Ao correr da pena, dedicado à poetisa

Maria Célia Silva)


Poemas de amor e dor conteúdo da página

A semente

(desenho em computador da poetisa Célia)

A SEMENTE

 

 

 

... E um dia acordas e descobres que tudo mudou...

....que afinal os teus olhos  andavam fechados  e que não viveste, apenas passaste pela vida...

Mas agora, de olhos bem abertos, descobres que o melhor vem de dentro de ti, que podes amar sem motivo e podes sonhar sem uma razão...

....só tens de aproveitar  cada momento da tua vida e manter os olhos bem abertos, porque a vida só existe realmente, para quem sabe vive-la, na sua plena essência...

Ao longo da tua vida colherás os frutos da semente que tu plantas em cada dia....

.... se não tiveres os frutos, não desistas, ainda ficam as flores...

... se não conseguires as flores.. que importa? Ainda tens as folhas....

.... mas se nem mesmo tiveres as folhas... abre a tua mão: ainda te resta a semente...

 

 

                                                     - MARIA CÉLIA SILVA

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Dueto Célia e Rogério

(Banner da autoria da poetisa brasileira ANNA MÜLLER)

 

DUETO CÉLIA & ROGÉRIO

 

PARA O AMOR

MARIA CÉLIA SILVA

 

Sofrer toda a vida por amor

Viver toda a vida sem amar

Passar toda a vida sem viver

Viver uma vida sem sonhar

Sonhar uma vida com sentido

Sentir a vida num olhar

Olhar uma vida já perdida

Perder-se para na vida acreditar

Acreditar no amor em nós presente

Contido numa lágrima sentida

Recordar toda a vida num instante

Viver em cada instante, por uma vida…

 

PARTIDA

Rogério Martins Simões

 

Ralho comigo

Da loucura que fiz

Deixando-te partir.

Entristecesse o meu coração

De não te poder sentir.

De não te poder beijar.

Rasgo a roupa

Que acabei de vestir.

Solto gargalhadas

De não quereres amar.

É a loucura de subir

Ao monte mais alto do lugar

E de lá poder abrir

Para sempre

O teu olhar…

 

8/1/1974

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Diz-me...

(Desenhado por computador da autoria da Célia)

 

DIZ-ME …

MARIA CÉLIA SILVA

 

Diz-me…

Porquê tanta dor

E tanta sombra,

Contidas numa só lágrima…

 

Diz-me….

Porque se rasgam os céus de sangue,

Se castigam inocentes,

Porque se vive para matar,

Se mata em nome de Deus

E se morre por amor?

 

Diz-me…

Por tinhas de partir mal vieste para mim

Porque deixaste nosso amor

Espalhado pelo chão

Em mil pedaços de dor?

 

Diz-me…

Porque tenho de sofrer,

Se o horizonte é sempre azul

E se o sol transforma no céu

Todo o cinzento em cor?

 

Diz-me…

Que nada disto é verdade…

Diz-me….

Que não tens de voltar p’ra mim

Porque estarás sempre a meu lado….

Diz-me…..!

Poemas de amor e dor conteúdo da página

TRISTEZA

(trabalho em computador de Célia Silva)

 

TRISTEZA

MARIA CÉLIA SILVA

 

Pedaços de água no olhar...

De sonhos desfeitos em nada

Cabelos em desalinho

Onde brilham em torvelinho,

Pérolas de pranto ao luar....

 

Olhos tristes de quem sofreu

Na vida, tormentos mil

Silêncios a quem doeu,

Um amor que já morreu,

Ainda por começar...

 

Embalada nos braços fortes

De uma recordação,

Vai tropeçando em pedaços

Vazios de um coração...

 

Sonha, menina triste,

Limpa as lágrimas, sorri

Também eu vivi morrendo

E morri, vivendo em ti....

 

Por ser tão belo reedito este lindo poema

É com redobrada felicidade que vejo nascer uma grande poetisa.

A Célia faz parte dos meus amigos pessoais e mesmo assim fui apanhado de surpresa.

À minha amiga Célia os meus agradecimentos por querer partilhar connosco este tão lindo poema e imagem.

Parabéns Célia e não rasgue ou esconda a sua poesia.

Deste seu amigo

Rogério Martins Simões

Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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