Tarda que o dia vai curto...
(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
TARDA QUE O DIA VAI CURTO
(Rogério Martins Simões)
Tarda!
Porque o dia vai curto,
Como a simples alegria
De te amar eternamente
E sem querer,
Encurto,
A excelsa ousadia
Deste momento breve e curto.
Sorri!
Para o tempo recuar,
Como o pudesse algum dia,
O nosso passado mudar,
Pois bem cedo eu podia
Crescer e me entregar.
Pois!
Nos caminhos infelizes
Longa é a vida que se adia,
E breves os caminhos felizes;
Tão curtos, como a simples alegria
E leves, como as nossas raízes.
Tarda!
Espera ao menos que o tempo tarde
Como esta suave fantasia,
E que Deus aos dois nos guarde,
Qual pedaço de magia,
Numa chama que não se apague.
E se a sigma não findar
Como este momento de Poesia
Virás, novamente, para cantar,
Os poemas que te fiz e faria,
Para eternamente te amar.
10-01-2004