Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
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“ANTIBIÓTICO DEIXA CONTROLO DO PARKINSON MAIS PRÓXIMO”
Rogério Martins Simões
O texto que escrevi há uns anos, e que seguidamente transcrevo parece uma premonição do que, a ser verdade, deixa o controlo do Parkinson mais próximo.
“Foi ao acaso que pesquisadores brasileiros descobriram que o antibiótico doxiciclina – usado há mais de meio século contra infeções bacterianas – pode ser indicado em doses mais baixas para o tratamento do Parkinson. O estudo foi publicado na revista “Scientific Reports”, do grupo Nature.”
RETOMO AO ARTIGO QUE ENTÃO ESCREVI: PARKINSON E POESIA
Tendo por certo a morte, é na vida que nos vemos e revemos. Então, com fé ou esperança, movemos montanhas, por vezes de ilusões, mas movemos esperando que um milagre qualquer aconteça
Acredito que a minha fé ajude a encarar os momentos mais difíceis, com mais tranquilidade, sempre à espera de um milagre. Mas, também, fico na esperança de conseguir que, num dado momento, sobre por aí uma pílula milagrosa que nos cure.
No século passado, todos que estavam diagnosticados com o bacilo da tuberculose, antes de ter sido descoberta a penicilina; quanta esperança em alguns; quanto desalento para outros e, afinal, no limiar da descoberta do tal antibiótico muitos dos que tinham esperança morreram e muitos dos que não acreditavam na cura sobreviveram.
Quiçá, muitos, na esperança, não desistiram da vida - pela vida, e viveram mais uns anos na terra, graças à ciência, mas, sobretudo, ficaram vivos por não terem perdido a esperança.
Acredito com firmeza que alguém me dê a notícia que tanto anseio: A cura para a doença de Parkinson.
Que difícil é mostrar os “estragos” visíveis que a doença de Parkinson causa em nós.
Que mais não seja, que os meus tremores e os temores sirvam para vos incentivar a não desistirem de viver e de lutar pela cura.
Quanto à poesia: irei continuar a escrevê-la e a declamá-la mesmo que chore...
Amanhã estarei melhor
Rogério Martins Simões
Hoje continua o lastro
do meu estado de alma
do dia de ontem.
Estou envolvido
numa teia que enleia.
Estou como que pregado
a um madeiro
sem pregos ou cordas.
Solto uma terrível agonia
e, sem dar conta,
nem vómitos dão a perceber.
Sou uma represa invisível
num turbilhão de água
pesarosa.
Se ao menos chorasse.
Se ao menos morresse.
Sou um ser solitário
acompanhado
com a mulher mais presente
- O amor da minha vida.
Será do tempo?
Hoje meu corpo
nem o Tejo espreitou!
Sinto-me agarrado a nada,
e nem mesmo a lua
terá saudades em me ver.
Este vazio imenso
parece furtar
as palavras do coração.
Parece levar a alma,
que renascia,
quando noite fora partia,
pelo Tejo,
em busca de uma bruma de saudade.
Será do Inverno?
Não! O Inverno esquivou-se
nas estações esquecidas,
onde nem as carruagens
de terceira classe param.
Amanhã estarei melhor!
2008
Termino formulando um desejo: que tão depressa quanto possível nos seja prescrito essa pílula milagrosa.
Depois de 6 anos a partilhar convosco a minha poesia, nada lucrando, recusando ofertas para editarem um livro de poesia, vejo-me na contingência de apagar este blog.
Na verdade alguém que cobardemente de esconde tem dado cabo dos códigos deste blog, e mais grave, destruindo poemas.
A canalhice poderá prejudicar definitivamente a minha saúde mas não destruirá a minha alma, ou alterará o meu caminho.
Até agora tenho-me limitado a apagar os códigos modificados e a recolocar os certos. Porém estou a ficar cansado e, acima de tudo, vejo que a minha Parkinson se vai agravando e começam a faltar-me forças para continuar a reparar o que miseravelmente destroem.
Hoje já recoloquei duas vezes tudo. Mas já sei que está tudo novamente alterado. Basta colocar um post para o blog ficar todo desconfigurado para glória de quem faz isto.
Inveja?
A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS.
Seguro da insegurança
Rogério Martins Simões
Torres vigiam a casa assombrada
onde perpetuam marginais
e abstractas letras
de uma desconhecida liberdade.
A canalha… aproxima-se
verberando abstracções concretas.
No alto da torre seguem os carros pretos
chapeados com protecções e blindagens.
Blindaram os corações
para recolher os protestos.
Não! Os protestos não chegam às torres…
Aparam os ouvidos,
com guardanapos ao tiracolo,
e vestem camuflados para vigiarem o solo.
Para manterem a forma exercitam-se
encolhendo os ombros
e olhando de soslaio.
A segurança mantém asseguradas
as palavras contrárias
e perseguem quem se oponha à segurança!
Se lhes virar as costas dirão que sou poeta…
Dispararam às cegas
atingiram um colibri!
Do mar saltam alforrecas e camarões!
A segurança contra-ataca
com a segurança dos narcóticos
Os moribundos mascam, agora, folhas de coca
Do deserto partiram legiões imprecisas de escorpiões.
Não imaginam quanta coragem é preciso ter para mostrar o vídeo que se segue. Por isso, antes de o abrir, leia por favor até ao fim.
PARKINSON
Tendo por certo a morte, é na vida que nos vemos e revemos. Então, com fé ou esperança, movemos montanhas, por vezes de ilusões, mas movemos, esperando que um milagre qualquer aconteça
Acredito que a minha fé ajude a encarar os momentos mais difíceis, com mais tranquilidade, sempre à espera de um milagre. Mas, também, fico na esperança de conseguir que, num dado momento, sobre por aí uma pílula milagrosa que nos cure.
No século passado, todos que estavam diagnosticados com o bacilo da tuberculose, antes de ter sido descoberta a penicilina; quanta esperança em alguns; quanto desalento noutros e, afinal, no limiar da descoberta, do tal antibiótico, muitos dos que tinham esperança morreram e muitos dos que não acreditavam na cura sobreviveram.
Quiçá, muitos, na esperança não desistiram da vida - pela vida, e viveram mais uns anos na terra, graças à ciência, mas, sobretudo, ficaram vivos por não terem perdido a esperança.
Acredito com firmeza que alguém me dê a notícia que tanto anseio: A cura para a doença de Parkinson.
Volto às palavras iniciais: Que difícil é mostrar os “estragos” visíveis que a doença de Parkinson causa em nós.
Que mais não seja, que os meus tremores e os temores sirvam para vos incentivar a não desistirem de viver e de lutar pela cura.
Irei continuar a escrever poesia e a declamá-la mesmo que chore...
Só mais uma palavra para quem se sente doente ou sofre do mal da solidão. Desejo, de todo o meu coração, que todos tenham fé e esperança para que o dia de amanhã seja melhor. Afinal a existência da Internet fez com que este meio pudesse ser útil para nos aproximarmos mais uns dos outros e para que os outros nos aceitem com mais dignidade.
Sejamos felizes com mais fé, mais esperança, mais amor e muita paz.
FELIZ ANO NOVO. FELIZ 2009
(Dado que, por razões óbvias, não consegui ler o poema, como então lia, deixo aqui esse mesmo poema e mais dois, não lidos mas cheios de Esperança).
Rogério Simões na Sessão Mensal de Poesia Vadia, realizada em 25-10-2008, no Café Le Bistro Almada (Rua Dr. Julião de Campos, nº 1). Uma organização dos Poetas Almadenses, que conta com o apoio do FAROL Associação de Cidadania de Cacilhas e da SCALA Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada.
Esta é a minha homenagem a um dos grandes poetas vivos da língua portuguesa: Seu nome Armando Figueiredo, português, que escreve utilizando variadíssimos pseudónimos.
Meu querido e amigo poeta,
Perdoe-me, o amigo pregou-nos um grande susto! Sei que nada quer que diga, digo apenas que estivemos consigo no nosso pensamento, nas nossas preocupações. Estamos felizes agora que regressou e que se refaz do susto.
Um abraço deste seu amigo,
Rogério Martins Simões
Amigos, que gostais de poesia, deixo-vos com belos poemas deste enorme poeta “futurecido”
FUTURECER Eugénio de São Vicente
Depois da tempestade, virá a bonança… Como gigante feroz que um dia amansa, Vivemos, não há dúvida, a esperança De que da tempestade surja a mudança!
Há milénios que dura o raio da morte, A iniquidade, o ódio e o desrespeito E nós mereceríamos melhor sorte Do que haver tanto ódio dentro do peito!
O tal Futurecer será a míngua Do nosso rodopio – a grande busca Desse Amor eterno que é sob a língua E ainda não brotou… e nada custa!
Há-de desabrochar – ângulo recto Daquele eterno arcanjo – um novo feto!
AINDA FUTURECER
O futurecer é assim como o amanhecer! Um amanhecer feliz e contradito…
É amar ao presenciar uma pessoa Qualquer uma com todas no coração
O futurecer é uma nova madrugada Desejada ansiada esperada radiosa
São raios de luz a despertar o sono profundo De todas as cegueiras De todas as alienações Dos alheamentos perniciosos, preguiçosos
É o amanhecer do novo mundo Esse que não vem… que tarda a chegar, Crisálida angustiada num ovário Morta por despertar.
Março, 2003
FUTURECER
Já cumpri, amigos, todos os invernos E todos os estios e todos os cios. Cumpri, assim, amigos, todos os infernos Vossos e meus, nas devidas gerações...
Gozei as praias, gozei montanhas Gozei, ao lado vosso, toda a vida... Assumi as dores do coração e das entranhas! Perdoai, companheiros, algumas perdas Acontecidas nesta lida!
Estou cansado, amigos, e quero do zero recomeçar Ou, para ser sincero, parar para sempre numa ermida! Estou desolado do amor, perdido na memória! Estou fraco e esmorecido da paixão! Nem sei se, de mim, ficará alguma história...
Nem isso importa, amigos, fique a negação! A negação de tanta futilidade A negação do Amor que nunca chega... Pois, eu irei desta para a eternidade Mas levo-vos, isso levo!, no coração - um coração bem pulsado sem idade! . 2003-06-12
É POSSÍVEL FUTURECER
Que feliz eu sou! Descobri finalmente que é possível Futurecer. Tão possível como possível é nascer, crescer e ser e agir amando… Possível, sim, é futurecer, não só de quando em quando Mas continuamente… É possível viver amando A futurecer segundo a segundo, Tal e qual como sermos iluminados pelo amanhecer da aurora Outrora… agora… em qualquer hora presente ou futura, Na escassez e na fartura!
Tão fácil foi descobrir o futurecer do teu ser, dado no meu ser, Com a magia da alegria num sorriso que afinal era o teu E também meu. Uma descoberta tão simples que aferiu O valor da chama do teu calor!
Foi autêntico amanhecer dum botão em flor aberto por amor. A abertura permanente no sorriso nosso: o que perdura! E nem é preciso, oh, que bom, nem preciso é: ser preciso Por ser uma animada e contínua postura!
Quem diria?!… uma flor aberta, aberta à flor numa única sutura dum prazer vário!
Que alegria amanhecer no futurecer diário Alimentado pela flor aberta no amor de cada dia!
Tão bela, tão odorífera, tão presente e futura Permanecendo a estrela que nos guia Ou a postura que perdura! . 2003-08-13
RONDEL FUTURECER
Hoje futureceu na aurora um mundo novo: Foi aviso do Futuro num presente obtuso! Hoje, é dia especial p’ra mim, porque o povo Anda confuso à espera dum aceno luso...
Do aceno liberto, diferente e difuso, Que é a gema incutida de novo no ovo... Hoje futureceu na aurora um mundo novo; Foi aviso do Futuro no presente obtuso!
É o regresso à origem na qual eu me movo: Extirpação do mal e causa do abuso Que confunde a pomba com o negro corvo E impede a criação doutro ansiado fuso. Hoje, futureceu na aurora um mundo novo!
Versado na Arte Maior (hendecassílabos)
FUTURECE
Futurece quando a mão com cinco folhas de seda afaga a criança carente ou o menino doente
Futurece quando há cura prá depressão adolescente ou sempre que se enternece o jovem que amadurece
Futurece quando o adulto perdoa a traição ultrajante seja de qualquer irmão seja duma vil amante
Futurece quando o idoso se sente dorido e pário e pela fé é curado no Amor sem fim e vário...
Agosto de 2003
EIA, CONCIDADÃOS!
O astro-rei nasce mais alegre e fecundo! É um segundo contínuo... afaga o vale acarinha o monte; todo o holomundo futurece à visão humana e universal... Vivemos no futuro.
Vivemos no futuro à visão da utopia... Não há fome na criança nem a ânsia da ignorância; não há guerra nem ódio; há risos de alegria... Futurece o milagre da santa abundância! Vivemos no futuro.
Vivemos no futuro, criado o novo mundo... Sete estesias grávidas desabrochadas no poder da utopia - é a ética onde abundo! Onde afinal auguro certezas nadas! Vivemos no futuro!
Agosto de 2003
FUTURECENDO
Hoje acordei com um sorriso que se tornou o bom sintoma da utopia que interiorizo neste futuro que a todos soma
Futureceu por consequência antes da aurora amanhecer: é a mais feliz coincidência do meu presente acontecer
Pois futureço durante o luar antes do Sol aparecer para alegrar e fecundar este planeta a suceder
Vivo desta arte no meu futuro o que é presença na existência e sem jurar até murmuro que é a construção da consequência.
26.08.2003
A BELEZA DUMA RUGA
.Que rosto lindo eu vi hoje, rugoso, Tão fascinante qual o duma criança! Continha o mesmo brilho radioso, Continha a alegria pura duma dança...
É um brilho de amor por ser-se homem E pela fé confiada na existência; É como se o amanhã unisse o dia d' ontem É como se o amanhã fosse a nossa essência!
Nos rostos deslumbrantes por que passas: Um duma criança linda renascida Ou a cara dum velho bem franzida Reluz futurecida a acção de graças.
Pois, uma ruga é prémio incontestável, É o colo mais feliz da transcendência! E é assim que se é criança admirável, E é assim que finda a vida em sapiência.
Net, 09.11.2003
Utopizar o Dia
Quando amanhece, já eu futurei o futurecer! Auguro o futuro! Ponho-me a futurar o futuro outro imprevisto... É um caso nunca visto, prever o dia que não seja entardido na espera oposta ao habitual dia tardo porque tardio: Antes do amanhar, começo sempre a milagrar - a foz do mar a desaguar no rio diluviando a mais bela utopia; É uma esperança esperançada no entardecer que nunca deu lugar à noite; uma voz cheia que se ri do próprio riso! Prevejo-me sempre na espera duma noite que nunca anoiteceu ou duma ceifa repartida. E assim me ponho a futurar o novo futurecer na luz alucinada do pavio dum fio fiado de breu. Todavia nem o fio fiou nem o mar desaguou. Quando entardece e tarda a luz do luar ainda há uma esperança cheia de temperança de que o rio seja mar mas vai anoitecer certamente, vai anoitar uma noite muito igual ao fio que não foi fiado com o mar estagnado... Ah, quem me dera milagrar o futuro! Esse futuro futurecido que futura antes do amanhar; Esse fio que deseja fiar como uma cabeça a pentear seu mesmo pente ou esse mar que quer brincar como uma criança inocente. E tenho pena, mas não perdi a esperança, mau-grado a criança não ter brincado porque o mar estagnou e o fio de cada rio também nunca futurou!
03.01.2004
FUTUREÇAMOS!
Aguardai a entrada do Futuro! Antes do amanhecer ele acena Com uma nítida auréola de apuro Quaisquer iluminados desta cena.
Aguardai o seu aceno... não demora! Basta serdes sensíveis à Pureza Ou à simples natureza da Beleza Ou à Mulher que amais e vos adora!
Aguardai na ansiedade... na sua crença! Como uma prece à Mater-Natureza Ou oração humilde ao Deus primeiro!
Porque o Futuro vem co'a Benquerença Como uma bela crença na Beleza Do Verbo Amar que foi nosso pioneiro!
30.12.2003
A INFÂNCIA FUTURECIDA
Canto-vos um milagre espontâneo! E evoco a minha infância nesta hora: É a hora de sonhar... ser consentâneo Com a premonição que nos melhora.
A entrega ao respeito pela criança - É estoutro o milagre do Futuro No Presente, o milagre da infância: Esse Futurecer que sempre auguro!
Nem um só tiro da espingarda! Mudada esta acção por lauta festa Com o mundo a dançar alegre em barda...
Mãos dadas, plenos risos, esta gesta; Uma gesta marcando toda a História, Rosas e cravos tecidos na memória.
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado