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FELICIDADE
Rogério Martins Simões
Felicidade
Passa
E quase não se sente
Passa.
Sem passado
Nem presente.
Olhem!
Quase não se vê
Como a ausência
Que não se lê
Felicidade
Passa
Tão perto, tão rente
Junto de nós
Calada
Colada levemente.
Olhem
Quase não se vê
Como a tristeza que não se lê.
Felicidade
Passa
E quase não se sente
Passa
Mesmo ao nosso lado
E desaparece de repente.
1998
Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,
(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)
Registo no IGAC processo n.º 2079/2009
FELICIDADE
Rogério Martins Simões
Felicidade
Passa
E quase não se sente,
Passa.
Sem passado
Nem presente.
Olhem!
Quase não se vê
Como a ausência
Que não se lê.
Felicidade
Passa
Tão perto, tão rente
Junto de nós
Calada
Colada levemente.
Olhem
Quase não se vê
Como a tristeza que não se lê.
Felicidade
Passa
E quase não se sente
Passa
Mesmo ao nosso lado
E desaparece de repente.
1998
Registo no IGAC processo n.º 2079/2009
UM POEMA MEU NUMA OBRA DIDÁTICA DESTINA AO ENSINO MÉDIO DO BRASIL EDITADO PELA MAIOR EDITORA DO BRASIL
No passado mês de Abril recebi da maior Editora brasileira um honroso pedido para que um poema meu faça parte de uma obra didática destinada ao Ensino Médio do Brasil.
Depois de tanto ter sofrido com os sucessivos plágios este convite deixou-me muito feliz. Feliz por saber que um poema meu vai constar de um manual escolar brasileiro.
Assim, se partilhei convosco aqueles momentos tristes, quero partilhar este momento de muita felicidade.
Quando em Março de 2004 criei o meu blog POEMAS DE AMOR E DOR no Sapo nunca esperei que viesse a ter mais de 3 milhões de acessos e que a minha poesia chegasse tão longe. OBRIGADO A TODOS.
Deixo cópia de parte do e-mail que me deixou muito honrado:
A Abril Educação – Editora Ática está produzindo a obra didática intitulada Fronteiras da Globalização, de autoria de Lúcia Marina e Tércio, destinada ao Ensino Médio. O autor gostaria de contar com a reprodução do texto abaixo mencionado, razão pela qual vimos lhes solicitar a devida autorização.
Por se tratar de obra didática, cuja tiragem é determinada pelo número de escolas que vierem a adotá-la, não temos nesse momento como estimar a quantidade de exemplares a ser impressa/disponibilizada. Dessa forma, solicitamos que a autorização seja limitada pelo prazo de 4 (anos), a contar da publicação, extensiva às versões impressa e digital e podendo ainda ser fixada em formato MEC Daisy.
Unidade 7
Capítulo 20 do referido livro de 2013
Abraço para todos, viva a poesia,
ROMASI
SABER AMAR
Rogério Martins Simões
No profundo silêncio em que me deito.
Na sublime atitude como me olhas
E me deixas em paz...
Não imaginas quanto estás presente
Nos meus lúcidos pedaços de felicidade…
10/03/2005
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS...
Depois de 6 anos a partilhar convosco a minha poesia, nada lucrando, recusando ofertas para editarem um livro de poesia, vejo-me na contingência de apagar este blog.
Na verdade alguém que cobardemente de esconde tem dado cabo dos códigos deste blog, e mais grave, destruindo poemas.
A canalhice poderá prejudicar definitivamente a minha saúde mas não destruirá a minha alma, ou alterará o meu caminho.
Até agora tenho-me limitado a apagar os códigos modificados e a recolocar os certos. Porém estou a ficar cansado e, acima de tudo, vejo que a minha Parkinson se vai agravando e começam a faltar-me forças para continuar a reparar o que miseravelmente destroem.
Hoje já recoloquei duas vezes tudo. Mas já sei que está tudo novamente alterado. Basta colocar um post para o blog ficar todo desconfigurado para glória de quem faz isto.
Inveja?
A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS.
Seguro da insegurança
Rogério Martins Simões
Torres vigiam a casa assombrada
onde perpetuam marginais
e abstractas letras
de uma desconhecida liberdade.
A canalha… aproxima-se
verberando abstracções concretas.
No alto da torre seguem os carros pretos
chapeados com protecções e blindagens.
Blindaram os corações
para recolher os protestos.
Não! Os protestos não chegam às torres…
Aparam os ouvidos,
com guardanapos ao tiracolo,
e vestem camuflados para vigiarem o solo.
Para manterem a forma exercitam-se
encolhendo os ombros
e olhando de soslaio.
A segurança mantém asseguradas
as palavras contrárias
e perseguem quem se oponha à segurança!
Se lhes virar as costas dirão que sou poeta…
Dispararam às cegas
atingiram um colibri!
Do mar saltam alforrecas e camarões!
A segurança contra-ataca
com a segurança dos narcóticos
Os moribundos mascam, agora, folhas de coca
Do deserto partiram legiões imprecisas de escorpiões.
Dizem que um bando de loucos
se escondeu numa toca
Toca docemente um violino cego
Ouve-se uma canção de embalar:
- Que será de ti meu menino
Se o povo não se revoltar
Corre um vento forte.
Ouvem gritos!
Se virar as costas
dirão que não sou poeta…
Um abraço para ti José Baião
1/03/2007
Rogério Simões
(correspondência entre poetas)
(Largo S. Miguel - Alfama - Lisboa)
Cumplicidades
(
Observei-te, estavas, linda!
Bonita, como a rosa em botão!
Não te toquei, estavas ainda
Longe no teu olhar - eu não!
Afinal não te era indiferente.
Mas enfim, lá por dentro vias
Que havia em mim algo diferente
Nos locais para onde ias.
Para compensar o tempo ido
Prometias em pensamento
Recuperar o tempo perdido
À força de um sublime momento.
Amor! Estavas tão linda
Bonita como a rosa em botão
Não te toquei, estavas ainda
Perto do meu olhar - tu não!
Finalmente teu coração reparou
E descobriste que eu existia
Teu amor em mim encontrou
E… foi tão lindo esse dia.
E foram tão longos os abraços,
Carentes, infinitos e diferentes.
Foram estes os nossos laços
Afinal não éramos indiferentes…
2003
(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)
E colectânea de poemas”INDEX-POESIS”
(ISBN 972-99390-8-X e Depósito Legal 249244/06)
(óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
Flores da Efigénia, de Daniel Cristal e do rogério para todos
FELIZ 2008
MENSAGEM DE ANO NOVO
DE UMA MUSA POETA DO BRASIL
EFIGÉNIA COUTINHO
O Ano-Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada réveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em francês significa "despertar".
A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo em
"É tempo de "reflexão". 2007/2008
Por Efigênia Coutinho
Vem surgindo sobre a humanidade, um tipo de visão "planetária".
O mundo explode e se move, por círculos, cada vez maiores à nossa volta.
Minados por tensões, conflitos, guerras, mesmo acontecendo distante de nós, repercutem-se na vida de cada um.
Não temos como evitar estas explosões, contudo, até onde podemos responder a essa consciência planetária?
Somos solicitados por todo Universo a refletir intelectualmente acerca de todas estas informações , que nos saltam por todo o lado; a expressar com ação todo o impulso ético que venha do coração e da mente.
A inter-relação entre os cidadãos do mundo, nos liga a cada segundo,
e há muitas mais pessoas do que nosso coração conseguem acolher!
(Ou melhor: acredito que o coração seja infinito).
Sendo assim a comunicação moderna nos sobrecarrega, com mais problemas do que a Natureza Humana pode suportar e assumir. É gratificante que o coração intelecto e o poder de imaginação se expandam,
mas nosso corpo, nossas mentes, nosso grau de resistência e tempo de vida, não são tão flexíveis, e não consigo ajudar a todas as pessoas que tocam e comungam com o meu coração.
Não posso enamorar minha alma com todas elas, ou adotá-las como filhos.
Fomos criados numa tradição, que agora se tornou inviável,
pois nosso círculo de amizades, foi ampliado em tempo e espaço!
E por não ter tempo disponível para assimilar em sua totalidade a complexidade do presente, simplifico, desejando a todos
Feliz Ano Novo com sonhos FUTURECIDOS!
"A FESTA DA VIDA SOMENTE ACONTECE QUANDO PARTILHAMOS A PRÓPRIA VIDA".
Efigênia Coutinho 2007/2008
COM OS VOTOS DE UM BOM 2008
DO MESTRE POETA
(DANIEL CRISTAL)
UM DOS MAIORES POETAS PORTUGUESES
A AMPULHETA DO TEMPO
Daniel Cristal
Nesta plataforma propícia à meditação, onde me situo no estado actual, verifico, com algum pesar e incómodo, que tenho andado algo arredado do vosso convívio agradável, e dos amigos mais distantes no espaço geofísico, coincidente por sinal com o mundo cibernáutico; efectivamente, alguns estragos o tempo tem cometido no meu corpo, próprios da idade e de alguns relativos excessos experimentados... mas continuo por cá sorridente, apesar disso. Auto-limitado na acção por decisão própria, receoso do desgaste temporal, cuidando dos arranjos adequados aos órgãos vitais necessários, distanciado de projectos. Apenas gozando o presente, quanto possível! Agradecendo a hora escorrida em cada momento ao Arcanjo que resguarda e vela a mansidão dos justos, na ambiência que nos cabe, graças também a vós. É, de facto, um privilégio viver mais uma hora no interior do bojo do balão fruindo do vosso saudável convívio...
É uma honra ser acolhido dia-após-dia nesta casa térrea onde desfrutamos de carinhosa companhia; onde vemos crescer os nossos netos passo-a-passo diferentes, mais soltos, mais afoitos, mais surpreendentes, os filhos a tornarem-se adultos, fortes, eventualmente com algumas cãs raiadas já na cabeleira, as filhas a tentarem agarrar a felicidade possível, noras e genros a procurarem acertar com o percurso que leva à plenitude do universo do amor.
Continuo, destarte, por cá sorridente e agradecido... não será por muito tempo, certamente, no comum conceito de esvaziamento da ampulheta. Quantos anos de poeira se mete dentro da ampulheta duma existência? Cinquenta, setenta, noventa? Ninguém sabe quanto pó nos está destinado, ou quanta energia e quanto tempo foram programados por força da Natureza, na edificação do nosso élan-vital. Porém, não esqueçamos, para favorecimento da nossa saúde e equilíbrio mental, que é só pó, eventualmente brilhante e cintilante, ou areia; pouca diferença faz, pó ou areia. Se for pó, ele avisa-nos todos os dias do que nos espera na reversão. Se for areia pode levar-nos a acreditar que ainda nos resta alguma ilusão da eternidade. Por curiosidade, nem sabemos muito bem como se processa o milagre do estado contínuo.
Para viver mais uma hora, a partir da meia-idade, é preciso ter renunciado anteriormente ao exercício de vícios e à prática de excessos; esses que dão muito prazer sensorial, mas matam ou reduzem a longevidade. É preciso resistir às drogas, ao tabagismo, aos excessos de álcool e da comida, ao desregramento nos hábitos naturais e salutares. São horas que farão falta à vida vivenciada com o prazer de se estar vivo na plenitude do convívio humano saudável, horas escorridas pelo orifício da ampulheta, que amaciam a alma com a brandura da consciência de todos os objectivos cumpridos, todas as obrigações satisfeitas, todos os deveres resgatados.
É um privilégio estar onde estamos, a ocupar o espaço que nos foi e está destinado por forças muito poderosas, sobrenaturais, quase obscuras; há-de existir algum sentido para que cada um cumpra o seu destino, algumas vezes num âmbito colectivo, outras individual. Somos pertença de quem nos fez à semelhança de um deus original que tanto vive quanto morre, para que tudo continue multiplicado numa ou noutra parte do Universo, nesta forma e matéria, ou noutra possível, virtual, casualmente, para nós, até desconhecida.
2007. Portugal
Neste final de 2007, quero agradecer aos poetas que me deram a honra de os editar aqui. Efigénia Coutinho e Daniel Cristal, para mim, dos maiores entre os melhores. Foi por isso que iniciei esta despedida de 2007 com mensagens que me chegaram por e-mail. Desejo aos dois poetas que muito amo todo o bem do mundo, toda a paz e felicidade.
Para todos os amigos que nos visitam deixo uma curta mensagem com votos de feliz 2008
Os anos vão passando, a manhã já vai alta e a tarde já escapa.
A vida corre para a meta e a meta fica mais próxima em cada natal, em cada ano novo.
Tudo foge, caem os cabelos, o rosto fica mais rugoso e a vida acontece.
Mas um Menino tão antigo permanece menino como nasceu.
Que magia! Como encanta este menino,
como sai bonito das mãos do carpinteiro
ou de um trabalho de barro.
De barros somos todos nós!
Ainda assim dá para expressar sentimentos e no virar de página de mais um ano, nós viajantes de um espaço terreno aproveitamos o tempo que nos resta para lembrar os amigos que partiram ou que ainda estão entre nós
É por isso que me recordei de cada com um carinho muito especial.
Gosto muito de vós!
Feliz 2008 Para Todos.
Muita paz, muita saúde, tudo de bom
São os votos deste vosso amigo
Rogério Martins Simões
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http://www.romasi.netpampilhosense.org