Rosas
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Menino de caracóis finos seda mel
Menino!
De caracóis finos, seda mel,
Brincando na sarjeta
Com barquinhas de papel.
Menino feliz!?
No calor do lar
- Filho acorda
Tenho de ir trabalhar!
Menino!
Anjo de asa cortada
Adormecendo nu
Abandonado na escada.
Menino triste,
Que nunca sorri com fome
- Cala-te mulher
Que o menino dorme.
Menino!
Beijando o ar
Correndo e cantando
Ao desafio com as aves:
- Cuidado adulto!
Não espantes o pássaro...
Menino!
Obra de arte
Voando livre
Como a andorinha,
A caminho da liberdade.
Menino!
Com os olhos a luzir
Ao deus dará
- Sim meu filho
A fada boa virá.
Menino adulto
Crescendo
Vagueando abandonado
Pelas ruas da cidade.
ANÚNCIO
Pais aflitos procuram:
Criança!
Vestia qualquer coisa
Que não se lembram!
É alto?
Talvez baixo!?
Os pais na verdade
Não sabem como ele é
Mas estão aflitos….
Menino!
De caracóis finos seda mel.
Brincando na sarjeta
Com barquinhas de papel.
1975
(Dedicado à minha filha Ana Lúcia)
Este poema, especialmente dedicado à minha filha, é igualmente dirigido a todas as crianças do Mundo.
Todos os contos começam assim: Era uma vez. Mas este não é um conto! Em 1975 escrevi este poema em desespero quando “perdi” a minha filha, num centro comercial,
Esta história teve um fim feliz, encontrei “a menina de caracóis finos seda mel” brincando com outros meninos num lago ornamental do centro comercial. Mas...as histórias raramente acabam com um final feliz.
Defendamos as nossas crianças para que cresçam em paz e respeitemos a sua meninice e a sua inocência!