Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
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Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Nunca escrevi um poema sobre animais, apesar de todos os dias escutar... histórias ao nosso cão.
Hoje, quando vi uma fotografia de um gato, recordei-me do nosso gato “O Bond”.
O Bond entrou em nossa casa depois de ter sido abandonado... Mas a história começa assim:
Certo dia a minha esposa, que gosta muito de animais, chegou a casa transportando numa caixa, um enorme gato, “O Bond”.
Confesso que não queria ter um gato com medo… dos nossos dois cães, “podengos anões”.
Para mim, cão era cão e gato era gato.
Preferia os cães, porque contavam histórias… e eu gosto muito de ouvir contar histórias sobre animais.
Só que pela minha cabeça nunca tinha passado… ter um gato.
Então o gato que sabia - que eu sabia - que nas histórias de cães há sempre gatos, começou a conquistar-me:
Saltava para a secretária do computador e colocava-se entre o teclado e o monitor para dar nas vistas...
Perdi-me pelo gato! Ou melhor, o gato conquistou-me e comecei a escutar contos de gatos onde, também, havia pássaros e cães.
Após um dia de trabalho era com imensa alegria que encarava o regresso a casa. Vinham todos à porta para me receberem - os cães e o gato.
É engraçado! Nunca faziam queixinhas...
A par destes três animais domésticos existem bandos de pardais, que a minha esposa recebe, na varanda virada ao Tejo.
Todos os dias os pássaros vêm em bando para comer arroz partido, a que chamam “trincas de arroz”, e é uma algazarra.
É nesta história que entra o Bond.
Já tinha avisado a minha companheira que o gato se lambia muito quando o ouvia contar histórias sobre pássaros.
Por isso, o Bond, quando apanhava a varanda aberta passeava-se pelo parapeito do 8º andar numa passada precisa e, como era grande, para não espantar a passarada era logo recolhido.
Era uma alegria ver o gato, sentado na mesa da sala, contemplando os pássaros, pela janela, numa varanda virada ao Tejo.
Quem olhasse para o gato nunca adivinharia outra intenção, senão, apanhar os pássaros.
Certo dia a minha esposa deixou a janela do nosso quarto aberta e o Bond quis voar como um pássaro...
Chorei!
Mas, como nesta história real entram cães, posso afirmar que não mais os ouvi falar mal dos gatos.
Acabo como comecei.
Nunca escrevi qualquer poema sobre animais. Escrevo e sempre escrevi “poemas de amor e dor”, porém, não irei esquecer, tão depressa, as fábulas que ouvia contar ao nosso gato e à nossa cadela que já partiram.
Resta-nos, agora, um podengo anão. Está velhote, dorme que nem um cão e repete sempre as mesmas histórias que já conheço...
Não disse o nome do nosso cão.
É segredo!
Sabem! Quando sussurram o seu nome ele acorda!
Rogério Simões
29-12-2004 23:38
(reposição)
(Retratos da alma e do poeta no éden do encantamento)
O Pároco Pampilhosa da Serra, fez chegar às minhas mãos um CD contendo milhares de fotografias deste Concelho tão esquecido dos políticos.
Sem nada pedir em troca (apenas a sua divulgação), o que já não vem sendo hábito dos homens, encontrei na pessoa de um Sacerdote (Católico) um imenso amor pela Beira Serra (Beira Baixa) e um desprendimento ao bem material que poderia obter com tão belas fotografias.
O Padre Pedro, depois de rezar e tratar das almas dos seus paroquianos, usa a sua máquina fotográfica com arte, mestria e paciência, para passar à posteridade imagens que, de todo, já se pensava que não se conseguissem obter.
O Padre Pedro fotografa: as gentes que restam nas aldeias (em especial os idosos): os cantos e recantos que preenchem o nosso imaginário: as aldeias perdidas na serra: as tradições e lugares secretos deste paraíso encantado, que permanece sereno e sem mácula, apenas manchado, aqui e além, pelos sinais dos incêndios que desbastam a sua riqueza regional os pinheiros.
Neste Concelho impera:
O silêncio, a paisagem, o rio e a barragem.
O gavião, a águia, o melro, o gaio e o cuco.
As gentes trabalhadoras que já no fim da vida regressam à aldeia.
As festas de Agosto e Setembro, as filhozes, o pão-de-ló e as tigeladas.
A matança do porco, o presunto, os maranhos, o sarrabulho a chanfana e tantas iguarias, como o cabrito o mel e a broa de milho.
Às vezes até é bom que se esqueçam, dizemos nós os que lá não vivemos o ano inteiro, pois a paisagem continua virgem, sublime: mas rude e agreste para quem lá vive o ano inteiro, como o são os gelos que de lá se avistam na Serra da Estrela e que no Invernos cobrem a região.
Voltando ao CD o Padre Pedro dividiu este verdadeiro álbum fotográfico em diversas pastas que passo a transcrever, (para fazer crescer água na boca a que conhece o Concelho):
Até à Portela do Fojo
Neve
Rio Zêzere
Rio Zêzere (nevoeiro)
Aradas
Machio
Pessegueiro
Pampilhosa da Serra até aos Padrões
Alto do Concelho
Ilha dos Padrões I
Ilha dos Padrões II
Santa Luzia (anoitecer)
Entardecer
Santa Luzia
Pampilhosa da Serra entardecer I
Pampilhosa da Serra entardecer II
Fogo
Noite
Póvoa
Procissão do Enterro do Senhor.
- Os meus agradecimentos Sr. Padre Pedro e uma sugestão: comercialize o seu CD para as obras de caridade da sua Paróquia.
Cá por mim continuarei a utilizar preferencialmente estas imagens neste blog e em especial no blog, que criei para meu pai, http://povoa.blogs.sapo.pt., local esse preferencial para a divulgação destas fotos.
Bem-haja.
Deste seu amigo e descendente dos Simões da Pampilhosa.
Sou o Rogério que tem por aí um livro de poemas e de vez em vez descobre algumas raridades que me deixam bem-disposto.
Quanto às fotografias sempre fui metódico, isto é, enquanto as fotos não me traziam más recordações. Arquivava as ditas em velhos álbuns, por colegas de escola secundária – Gil Vicente e Patrício Prazeres- Família, amigos de S. Vicente de Fora, atletismo e faculdade.
Depois parei no tempo – o tempo não era tempo para recordar e passei a guardar numa gaveta tudo ao molho e fé em Deus. Às vezes notava que da gaveta saíam uns gritos de protesto e eu não percebia porquê. Na verdade vim a descobrir que havia retratos cujas figuras, agora, se digladiavam.
Estive-me nas tintas para os ditos e ia apertando mais algumas, isto é comprimindo-as, colando cara a cara alguns desses personagens e cada dia que passava maior era o protesto.
Também lá existiam alguns que se aproveitaram para se aproximarem...por isso, às vezes, saíam da gaveta gemidos incontidos de prazer.
Estavam todas numa confusão e eis que resolvi fazer uma selecção.
Vou acabar senão não paro de escrever.
Concluindo há dois anos devolvi umas quantas que eu não queria ver.
É interessante, com o passar do tempo tudo se esbate e o que nos era amargo como o fel passa a ser menos amargo mas com sabor a azedas. Posto isto voltarei se estives disposta a aturares este poeta.
Bom ano e que 2005 te dê a continuação reinante com que nos brindas. Muita felicidade para todos nós, se tempo houver.
(Poema dedicado ao povo da Póvoa, da Pampilhosa da Serra e a todos os Beirões)
Poemas de amor e dor
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publicado às 00:18
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado