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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

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CONTINUO MINHA MÃE A CRESCER

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CONTINUO MINHA MÃE A CRESCER

Rogério Martins Simões

 

Continuo minha mãe a crescer,

Cresço e já não posso desistir.

Continuo, minha mãe, a erguer

Os caminhos por onde quero ir.

 

Não chore que eu irei escrever,

Quanto me ensinou a sentir:

Neste corpo que o viu nascer;

Nestes olhos que os viu abrir.

 

Tudo deu! Mais não me pode dar.

O menino cresceu, e de tanto amar,

Escreve versos com sua doçura.

 

Meus versos são o leite materno,

Gerados no ventre do amar eterno.

Mãe! Seu coração é de seda pura.

 

12-05-2011 19:27:26

 

 

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Resquícios

 

 

 

 

 

(Isabel Martins de Assunção, nasceu na Malhada- Colmeal - Góis em 15/2/1925)

 

 

RESQUÍCIOS

Rogério Martins Simões

 

Lentamente o tempo sorve os resquícios das inimagináveis páginas que ficaram por escrever.

Era uma vez…

Colocou as tamancas nos seus pés que nunca foram meninos.

Sorriu para o vestido de chita.

Alisou os seus cabelos finos.

Pegou na rodilha e colocou a sua aldeia à cabeça.

Conhecia os caminhos da Malhada como ninguém: longas e íngremes veredas, pastos matosos, distantes das letras apenas reservadas aos futuros homens.

E, enquanto subia ao alto da serra por velhos caminhos de cabras, ia dizendo adeus às meninas pastoras, suas companheiras, que por ali ficavam à espera das velhas casamenteiras.

Talvez um dia também as deixassem partir, ou aprender a ler e a escrever - pensava.

Finalmente alcançou o local de paragem do autocarro onde uma multidão também já o esperava.

Poisou a carrego.

Lavou-se na levada.

E levou à boca um naco de broa que trazia para a jornada.

Ouviu-se o roncar da velha camioneta que ao Farroupo chegava.

Tinha chegado a hora de partir. Entrou a sorrir mas uma lágrima disfarçava

Chegou à Lousã e tinha à sua espera um comboio que nunca vira.

Entrou e assomou logo à janela da carruagem e cantarolava.

Tudo lhe era estranho: como o fumo preto que a máquina movida a carvão deitava.

Decidida a lutar por uma vida melhor, chegou a Lisboa com seus olhos de mel.

 

Mãe

Entrei pela luz, da sua luz: tenho vida

No brilho dos seus olhos me revejo

No seu coração encontrei sempre guarida

Obrigado, minha mãe: um eterno e terno beijo

Meco, Praia das Bicas, 26/01/2014 21:53:24

ROMASI

 

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MÃE - Parabéns

 

Nasceu na Malhada - Comeal

 

15/02/1925

 

 

Isabel Martins de Assunção, Minha mãe, nasceu numa pequena aldeia da Beira Serra. Desde muito cedo começou a trabalhar e, por isso, nem a deixaram aprender a ler.
O seu amor por meu pai, pelos seus 3 filhos, pela família e amigos é a verdadeira razão para se ter esquecido de si.
Neste dia em que completa 84 anos estamos de “abalada” para comprar o bolo de aniversário e fazer a festa. A minha doce Bete já tem tudo pronto.
Reparto convosco a minha felicidade e dou a conhecer uma mulher extraordinária, prima direita do falecido Presidente do Tribunal Constitucional Luís Manuel César Nunes de Almeida, minha querida mãe
Rogério

 

 

 

MÃE
 
Mãe que não aprendeu a ler
Mas sabe sempre os meus ais
Mãe que cedo lutou para ter
O tanto que nos deu e me dais
 
E depois de si minha mãe?
Quando um dia me faltar
Não a tiver a acariciar
Este pedaço de si também!
 
De si, minha querida mãe.
 
Mãe!
Passe-me as suas mãos pelo peito
Que este seu filho perdeu o jeito…
E nem as estrelas consegue agarrar…
 
Um beijo minha querida mãe,
Parabéns pelo seu aniversário,
Seu filho,
Rogério Martins Simões

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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