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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

FILHO DE UM DEUS QUALQUER

maeavotiajaime 

(Foto e 1953: A minha Avó  materna, Júlia , vestida de preto e do lado direito da foto .

Restantes:  minha mãe Isabel Martins; a minha tia Soledade Simões com o meu irmão Jaime ao colo.

A minha avó Júlia, natural da Malhada, Colmeal, Góis, era irmã do meu tio, Manuel Nunes de Almeida, e tia do meu falecido primo,  a quem dedico este meu poema:

Ao Luís Manuel César Nunes de Almeida)

 

FILHO DE UM DEUS QUALQUER

Rogério Martins Simões

 

 

Se o meu clamor aos céus satisfizera,

Nada mais ousaria para ser feliz,

Saber voar, sonhar, então quisera,

Para fazer a paz que sempre quis!

 

Tal como num sonho ou numa quimera,

Dos céus descesse numa flor-de-lis,

Trazendo assim a fértil primavera,

Louvando os povos de qualquer país.

 

Que eu seja filho de um deus qualquer.

(Filho de um homem e de uma mulher!)

-Venho dos céus onde não há guerra!

 

A minha religião é fraterna, é universal,

Só quero o amor numa entrega total!

Espírito da paz desce de novo à terra

 

29-07-2004 20:20

 (Ao meu querido primo

LUÍS MANUEL CÉSAR NUNES DE ALMEIDA,

Ex-Presidente do T. C,

Que faleceu em 6/9/2004)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

MÃE

MÃE.gif.jpg

 

Mãe

Rogério Martins Simões

 

No passado Domingo, 10 de setembro de 2017, quando a fui visitar ao Hospital da Universidade Coimbra, onde a minha mãe deu entrada, depois de ter sido assistida na Unidade de Cuidados de Saúde continuados da Pampilhosa da Serra, e nada mais ali poderem fazer. Estive mais de duas horas a falar consigo enquanto a mãe parecia dormir.

Ainda me pareceu que escutava, apesar de me ter apercebido que se encontrava muito pior de saúde. E foi naquele tempo em que estive junto e tão perto de si, minha mãe, que senti que me afogava com o peso das minhas lágrimas.

Foi nesse dia quando o seu estado de saúde se agravava, e quando consigo falava sem aparentemente me ouvir, que lhe repeti o que desde sempre lhe disse: Gosto tanto de si, minha tão querida mãe.

E no tempo em que estive junto de si, procurando suster as lágrimas que espreitavam, que lhe pedi perdão por qualquer coisa perdida no tempo, e lhe agradeci tantas voltas que deu à vida para me ajudar.

Por vezes bastava telefonar-lhe e passado pouco tempo tudo se tinha normalizado. Que poder Deus lhe deu, minha mãe. Afinal nem é preciso aprender a ler e a escrever para se falar, como a mãe sempre o fez, com o seu Deus ou com a terra-mãe que nos dá ou tira a vida. Por isso lhe digo: terá sido por acaso que, quando veio para Lisboa, a mãe conseguiu trazer consigo a sua aldeia à cabeça.

Sim, o pai tinha uma memória e uma inteligência invejável, porém por detrás de um grande homem estará sempre uma grande mulher e essa foi a minha mãe, uma enorme, nobre e extraordinária mulher.

Recordo que muito brincava com as situações mais embaraçosas, por isso transformava os espinhos em rosas. Não foi assim minha mãe?

Finalmente e por saber que neste momento deverá estar a ser submetida a uma perigosa operação, QUERO AGRADECER  A VIDA. E por não lhe ter lido este meu primeiro poema que lhe escrevi em 1967 aqui, em carta aberta, o deixo talvez na esperança de ainda ter a oportunidade de me ouvir dizer assim:

mãe

Rogério Martins Simões

 

Da semente da sua boca

Uma imagem

Subtil de encanto

Como as águas

Límpidas da fonte.

No silêncio

Da sua dor:

O espelho da eterna

Ternura de mãe.

1967

 

De novo, e na minha poesia mais recente, escrevi um outro poema para mais uma vez agradecer a vida. Com este poema pretendi recuar ao tempo em que me trazia consigo na barriga. Nasci em 5 de Julho de 1949 e terá sido assim:

 

FOI NUMA MADRUGADA DE JULHO

Rogério Martins Simões

 

Foi numa madrugada de julho:

Quando as estrelas

Se juntaram nos céus;

Quando o sol teimava

Em não arrefecer a noite,

E a lua irradiava

Confundindo

As mãos dos namorados…

 

Andava embalado

No colo de minha mãe.

E serenamente escutava,

Na fusão das águas,

O canto ameno que me embalava.

 

-Lembra-se minha mãe

Dos pontapés que eu lhe dava?

 

-Recorda-se minha mãe

De me ouvir chorar,

Quando sem ver

Me reconfortava

Passando docemente

A sua mão na barriga.

 

Ai como eu me sentia feliz

Com as suas carícias.

Ai como era feliz

Escutando o seu cantar.

 

Foi numa madrugada de julho

Quando a lua espreitava;

Quando a mãe terra me chamava;

Rompi as águas:

E tinha à espera estrelícias

Majestosamente

Espalhadas por seu corpo…

 

Foram tempos luminosos

Quando a natureza me pariu

E me trouxe de volta os olhos

Com que abracei, de novo, o Sol.

 

Lisboa, 29 de Janeiro de 2007

 

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. Processo n.º 2079/09)

 

Mãe, enquanto escrevo a mãe deverá estar na mesa das operações. Por isso, mesmo sem me ouvir, apesar do enorme risco de vida que corre, só espero que tudo corra bem. Perdoe-me minha mãe mas não tínhamos maneira de evitar essa intervenção cirúrgica.

Por isso, e enquanto não posso falar consigo, vou deixar aqui algumas referências a si, para quem as quiser ler:

Falando de mãe, a minha é de facto um exemplo a seguir e que eu jamais esquecerei. Quando nasceu, em 1925, as mulheres não podiam estudar nem votar. Minha mãe trocou a Beira Serra – A Malhada – Colmeal, pela cidade de Lisboa.

A luta pela vida era tremenda! Levantavam-se pelas 4 horas da manhã, apanhavam o elétrico que os levava à Praça da Ribeira onde se abasteciam de legumes com que governavam a vida no mercado de Santa Clara. Era um tempo em que aqueles mercados pululavam de gente; em que os espaços reservados aos pequenos comerciantes (lugares e pedras) eram disputados e bem pagos nos leilões do Município de Lisboa.

 Antes trabalhar carregando duas sacas cruzadas à cabeça que andar a carregar mato e a passar fome, dizia minha mãe.

Minha mãe foi, e é uma mãe exemplar como muitas que viveram, e vivem, tempos difíceis.

Foi a minha mãe que me valeu desde 1970 até 1986 – sempre a caminho do hospital onde todos os anos era internado com problemas graves de saúde. Daí este poema:

 

ESTRELAS PARA SI, MINHA MÃE

Rogério Martins Simões

 

Mãe que não sabe ler nem escrever,

Mas conhece bem todos os meus ais.

Mãe que bem cedo teve de sofrer.

Mãe que tanto nos deu e tanto me dais.

 

Mãe! Por que não a deixaram aprender,

Se está sempre tão atenta aos sinais.

Mãe que doando me ensinou a viver,

Para que amando nos amemos mais.

 

E se o amor é o néctar da poesia,

Minha mãe, lhe dedico neste dia,

Estes sentidos versos do meu amar.

 

Mãe passe-me as suas mãos pelo meu peito,

Que este seu filho até já perdeu o jeito:

E tinha tanta estrela p´ra lhe dar.

 

Campimeco, Meco Café, 02/03/2016 22:14

 

E este mais antigo:

 

BEIJO AS SUAS MÃOS MINHA MÃE

Rogério Martins Simões

 

Mãe

Disse-me um dia a sorrir,

Que tantas noites a chorar,

Sem dormir,

Que me ia acariciar.

 

Mãos suaves

Embalando docemente

Meu berço.

E na sua boca um cantar

Cânticos ternos de embalar.

 

Ventos da mudança

Oh! Como os tempos

Não mudaram para si, minha mãe

Apenas se alterou o rosto.

 

Mãe!

Essas suas mãos doridas

Foram o sal das nossas vidas!

Beijo as suas mãos minha mãe.

1973

Depois, em 2002, mais ou menos, apareceu-me esta Parkinson.

Minha mãe passou a partir daí  a chorar e a rezar para que um milagre qualquer se dê.

Faz-me tanta falta minha mãe.

 

QUISERA ANDAR DE CARROSSEL

Rogério Martins Simões

 

Quisera andar de carrossel

Com um sorriso de criança que ri

Rosto rebuçado, melaços de mel

Laivos da festa que resta em ti…

 

Num dedo prendo o balão,

Com outro seguro o corcel

Soco a bola com a mão

As mãos, o rosto e a testa

Besunto-me todo com mel.

 

Solta-se dos dedos o balão

Que voa a caminho do céu

-Mãe! Vai-me apanhar

Um sorriso igual ao seu…

 

-Meu filho a mãe não sabe!

Ler, nunca aprendeu:

A mãe vai procurar

O balão que se perdeu…

 

-Mãe que sabe escutar,

Meus choros em seu coração

Abençoada o seja minha mãe

Por tudo o que foi e me deu!

 

Rodopiam as lembranças da festa

Para o movimento ondulante

Sujo-me de novo a cada instante…

Sem rebuçados com sabor a mel

Mas… Brinquei tanto no carrossel….

 

2005-10-20

 

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

Termino aqui este diálogo da minha alma.

Mãe, o peso deste meu sofrer é tanto que me afogo em lágrimas

Até já minha doce e tão querida mãe

Deste seu filho mais velho:

Rogério Martins Simões

Meco, Campimeco, 12/09/2017 04:26:46

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Resquícios

 

 

 

 

 

(Isabel Martins de Assunção, nasceu na Malhada- Colmeal - Góis em 15/2/1925)

 

 

RESQUÍCIOS

Rogério Martins Simões

 

Lentamente o tempo sorve os resquícios das inimagináveis páginas que ficaram por escrever.

Era uma vez…

Colocou as tamancas nos seus pés que nunca foram meninos.

Sorriu para o vestido de chita.

Alisou os seus cabelos finos.

Pegou na rodilha e colocou a sua aldeia à cabeça.

Conhecia os caminhos da Malhada como ninguém: longas e íngremes veredas, pastos matosos, distantes das letras apenas reservadas aos futuros homens.

E, enquanto subia ao alto da serra por velhos caminhos de cabras, ia dizendo adeus às meninas pastoras, suas companheiras, que por ali ficavam à espera das velhas casamenteiras.

Talvez um dia também as deixassem partir, ou aprender a ler e a escrever - pensava.

Finalmente alcançou o local de paragem do autocarro onde uma multidão também já o esperava.

Poisou a carrego.

Lavou-se na levada.

E levou à boca um naco de broa que trazia para a jornada.

Ouviu-se o roncar da velha camioneta que ao Farroupo chegava.

Tinha chegado a hora de partir. Entrou a sorrir mas uma lágrima disfarçava

Chegou à Lousã e tinha à sua espera um comboio que nunca vira.

Entrou e assomou logo à janela da carruagem e cantarolava.

Tudo lhe era estranho: como o fumo preto que a máquina movida a carvão deitava.

Decidida a lutar por uma vida melhor, chegou a Lisboa com seus olhos de mel.

 

Mãe

Entrei pela luz, da sua luz: tenho vida

No brilho dos seus olhos me revejo

No seu coração encontrei sempre guarida

Obrigado, minha mãe: um eterno e terno beijo

Meco, Praia das Bicas, 26/01/2014 21:53:24

ROMASI

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Arrepiam-me as lembranças (republicado)

 

(Foto na antiga casa da Malhada, 1953

Da esquerda para a direita:

Tia Soledade Simões tendo ao colo meu irmão, Jaime Augusto Simões; Minha querida mãe Isabel Martins de Assunção; Minha avó Júlia, minha tia Laurentina; tio Manuel, Tio Eduardo e esposa; uma vizinha; Eu, Rogério Martins Simões e minha prima Almerinda Simões Gaspar)

 

 

 

 

ARREPIAM-ME AS LEMBRANÇAS
Rogério Martins Simões
 
Arrepiam-me as lembranças
Das manhãs descalças…
De um corpo fino
De um bibe com alças:
Memórias de um tempo menino.
 
Sou alérgico às memórias ingratas!
Clarabóias deixam passar a luz,
Que derrete o gelo indeciso,
Por onde passou um tempo preciso,
Das coisas belas e gratas.
 
Sou um vestígio dos umbrais
Que sustêm o peso dos meus sonhos.
Tento viajar com os olhos cerrados
Por um campo milho verde
Com bandeiras a tocarem o céu…
 
Vou jejuar!
Não comerei os figos
Bicados pelos gaios…
Procuro na horta os abrigos
Onde a distância dos Maios,
Dissipam as canas dos trigos…
 
Toquei na colmeia por querer!
Sou um sopro de saudade
Favo de mel com a minha idade
Picado de abelhas ao alvorecer…
 
Cheguei ao fim dos silêncios
Onde as memórias são silenciosas.
E os silêncios para contemplar…
 
Quem vos disso
Que tinha de atalhar os caminhos
Na horta adulta…
Se me resta um pedaço de água pura
E um púcaro vazio para a apanhar….
 
Lisboa, Tejo, 18 de Outubro de 2007
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

Memórias de um tempo menino

ROMASI

Rogério Martins Simões

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MÃE - Parabéns

 

Nasceu na Malhada - Comeal

 

15/02/1925

 

 

Isabel Martins de Assunção, Minha mãe, nasceu numa pequena aldeia da Beira Serra. Desde muito cedo começou a trabalhar e, por isso, nem a deixaram aprender a ler.
O seu amor por meu pai, pelos seus 3 filhos, pela família e amigos é a verdadeira razão para se ter esquecido de si.
Neste dia em que completa 84 anos estamos de “abalada” para comprar o bolo de aniversário e fazer a festa. A minha doce Bete já tem tudo pronto.
Reparto convosco a minha felicidade e dou a conhecer uma mulher extraordinária, prima direita do falecido Presidente do Tribunal Constitucional Luís Manuel César Nunes de Almeida, minha querida mãe
Rogério

 

 

 

MÃE
 
Mãe que não aprendeu a ler
Mas sabe sempre os meus ais
Mãe que cedo lutou para ter
O tanto que nos deu e me dais
 
E depois de si minha mãe?
Quando um dia me faltar
Não a tiver a acariciar
Este pedaço de si também!
 
De si, minha querida mãe.
 
Mãe!
Passe-me as suas mãos pelo peito
Que este seu filho perdeu o jeito…
E nem as estrelas consegue agarrar…
 
Um beijo minha querida mãe,
Parabéns pelo seu aniversário,
Seu filho,
Rogério Martins Simões

 

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SIMÕES - A minha família. Linhagem da Pampilhosa da Serra e um poema de meu pai.

 

  

 José Augusto Simões

MEU QUERIDO PAI

O autor deste trabalho

nasceu na Póvoa - Pampilhosa da Serra em 20 de Maio de 1922

 

 

 

Meu Pai

 

António Antunes Simões

Nasceu na Pampilhosa da Serra

 

Abril de 1881

 

 

 

 

A minha família
SIMÕES
Da
PAMPILHOSA DA SERRA
Autoria: JOSÉ AUGUSTO SIMÕES
Nasceu na Póvoa em 20 de Maio de 1922
 
A família do meu avô paterno, Francisco Simões, era toda da Pampilhosa da Serra.
Meu avô paterno foi viver para a Póvoa por ter contraído matrimónio com Emília de Jesus Antunes.
A minha bisavó paterna era da família Henriques e o meu bisavô paterno da família Simões, eram da Pampilhosa da Serra. (Agradeço que me informem do nome dos meus bisavós). Neste levantamento não assumem o n.º 1 por desconhecer os seus nomes. (Por aqui já podem reparar que os Simões estão ligados por laços de sangue aos Henriques da Pampilhosa da Serra)
 (Para que se entenda melhor as relações de parentesco dos Simões da Pampilhosa mantemos os números de 1 a 7 acrescentando as descendências conhecidas de cada.
As cores servem para melhor se entenderem as relações de parentescos que se estabelecem entre cada descendente deste sete irmãos)
Os nomes a branco indicam a primeira linhagem conhecida e eram 7 irmãos (por exemplo o meu avô)
A cor amarela nos nomes indica que são primos direitos, por serem filhos de irmãos. Por exemplo: o meu pai António Antunes Simões era primo direito do Abílio Augusto Simões este, por sua vez era filho da tia do meu pai e minha tia-avó Albertina Simões.
A cor verde indica que são primos em 2º grau (este é o meu caso, José Augusto Simões, tomando como exemplo o meu primo, José Maria Simões, filho do Virgílio primo direito do meu pai)
A cor vermelha indica que são todos primos em 3º grau (como é disso exemplo o meu filho Rogério Martins Simões)
 
Os pais do meu avô, Francisco Simões, que descendem de uma HENRIQUES casada com um SIMÕES, ambos da Pampilhosa da Serra, tiveram muitos filhos, mas só consigo localizar, no tempo, o nome de 7:
 
1.     José Simões,meu tio-avô, (filho mais velho), que casou em Porto de Castanheiro, Freguesia de Teixeira, Arganil. Sei que teve muitos filhos mas não os conheci;
2.     Manuel Simões,meu tio-avô, que casou nas Moradias, mas viveu sempre nas Relvas Velhas;
3.     Albertina Simões,minha tia-avó, que viveu na Pampilhosa da Serra;
4.     César Augusto Simões,meu tio-avô. Casou com Olinda da Paixão (Agradeço ao meu primo Júlio Cortez Fernandes a sua colaboração);
5.     Ana Simões,minha tia-avó, que morreu solteira;
6.     Hermínia Simões,minha tia-avó. Sei que teve muitos filhos mas recordo-me de poucos. Apelo aos descendentes, meus primos para me deixarem a lista completa.
7.     Francisco Simões,meu avô, que casou na Póvoa.
 
Passo, agora, a mencionar alguns dos meus parentes, filhos dos irmãos do meu avô Francisco Simões:
 
1. JOSÉ Simões, meu tio-avô, (filho mais velho), casou em Porto de Castanheiro, Freguesia de Teixeira, Arganil. Sei que teve muitos filhos mas não os conheci. Aguardo que de lá me escrevam a indicar os nomes dos primos direitos do meu pai.
 
 2. Manuel Simões, meu tio-avô, que casou nas Moradias mas viveu sempre em Relvas Velhas teve 10 filhos.
 
2.1. Abílio Simões, que casou nos Covões, com Maria Garcia. São os pais do meu primo, José Maria Simões, padrinho do meu filho, mais novo, José Manuel Martins Simões;
2. 2. António Simões que casou em Carvalho;
2.3. José Maria Simões, que casou no Cadavoso;
2.4. Alfredo Simões, que casou na Póvoa com Elvira Antão e faleceu em França. Tiveram 4 filhos:
2.4.1. Zulmira Simões, nasceu na Póvoa em 10 de Agosto de 1922 e casou na Trafaria;
2.4.2 José Maria Simões nasceu na Póvoa em 1924
2.4.3. Fernando augusto Simões nasceu na Póvoa em 1929
2.4.4. Sérgio AntãoSimões nasceu na Póvoa em 1933 e faleceu em 10/2007. Teve 5 filhos:
2.4.4.1. Fernando Olímpio da Silva Simões, vive na Suiça e tem dois filhos: David Simões e Dan Simões. (agradeço ao primo Fernando a contribuição prestada)
2.4.4.2. Luís Filipe da Silva Simões, faleceu em 2001.
2.4.4.3. Paulo Alexandre da Silva Simões
2.4.4.4. Américo Manuel da Silva Simões, faleceu em 2001.
2.4.4.5 Ana Cristina da Silva Simões
 
2.5. Antonino Simões, que casou no Sobral;
2.6. Urbano Simões, que casou em Carvalho;
2.7. Alberto Simões, que casou em Moninho;
2.8. Augusto Simões, que casou na Malhada do Colmeal;
2.9. Jaime Simões, que casou na Lousã
2.10. Conceição Simões, que casou em Carvalho;
(nota: conheci todos, assim como todos os seus filhos).
  
3. Albertina Simões: irmã do meu avô Francisco Simões teve 9 filhos. Quero agradecer às minhas segundas primas a colaboração prestada e graças a elas foi possível identificar os meus primos netos da minha tia-avó:
 
3.1. Virgílio Augusto Simões;
A minha prima Alice Maria de Jesus Gaspar forneceu-me a lista dos primos direitos do meu pai, os filhos do Virgílio Augusto Simões, que passo a transcrever e são 7 
3.1.1. José Maria Simões nasceu em 1917
teve 3 filhos.
3.1.2 Maria da Ascenção Simões nasceu em 1914
teve 2 filhos.
3.1.3.Virgílio Augusto Simões nasceu 1921
Teve 2 filhos.
3.1.4. António Maria Simões teve, nasceu em 1919
2 filhos.
3.1.5. Maria de Jesus de Nazaré
Teve 2 filhos.
3.1.6. Júlio Augusto Simões nasceu em 1924
Teve 1 filho Augusto Simões
3.1.7. Albertina de Jesus Simões,
Teve 1 filha, a Alice Maria de Jesus Gaspar.
(nota: as datas de nascimento foram tiradas da minha memória. Faltam as datas das minhas primas)
 
3.2.Abílio Augusto Simões;
Recebi da minha prima Ernestina Olivença Simões os nomes dos 11 irmãos filhos de (Abílio Augusto Simões) para memória  futura.

3.2.1. António Olivença Simões nascido em 1927 (falecido) teve 4 filhos.
3.2.2. Albertino Augusto Simões nascido em 1930 (falecido) teve 2 filhos
3.2.3.
Abílio Simões de Olivença nascido em 1931 (faleceu bebé 3 anos)
3.2.4.
Maria Suzete Olivença Simões nascida em 1933 (faleceu 9 anos)
3.2.5.
Carminda Olivença Simões nascida em 1935 (tem 1 filha)
3.2.6.
Hermano Olivença Simões nascido em 1938 (tem 2 filhos adoptados)
3.2.7.
José Mário Olivença Simões nascido em 1939 (tem 1 filho)
3.2.8.
Laurentina Olivença Simões nascida em 1941 (tem 1 filha)
3.2.9.
Ernestina Olivença Simões nascida  em 1942 (tem 1 filha)
3.2.10.
Antero Olivença Simões  nascido em 1944 ( tem 2filhos)
3.2.11
Deolinda Olivença Simões nascida em 1946 (tem 2 filhos)
 
3.3. Manuel Augusto Simões;
Solteiro
3.4. Ângelo Augusto Simões;
Solteiro
3.5. António Simões;
4 filhos
3.6. Aurora Simões;
Solteira
3.7. Belmira Simões;
Teve 10 filhos
3.8. Maria José Simões;
Solteira
3.9. Antónia Simões; (Tonita)
Solteira
 
  4. César augusto Simões, casado com Olinda Paixão, que por muitos anos foi parteira, uma bondosa senhora conhecida por Olinda do César. O meu tio-avô teve 6 filhos. (Este levantamento familiar teve a colaboração do meu primo Júlio Cortez Fernandes a quem agradeço.)
4.1. Maria Olinda Simões casou com João Fernandes Carloto e tiveram 5 filhos:
4.1.1 António Maria Fernandes que faleceu em 1992 era casado com Maria de Jesus Cortez, ainda viva, (irmã de António Cortez falecido na Argentina, foi casado com Maria dos Anjos Antão, ainda viva e residente em Buenos Aires, natural da Póvoa, filha de Delfina Antunes e Augusto Antão). António Maria Fernandes e Maria Jesus Cortez tiveram dois filhos:
4.1.1.1. Júlio Cortez Fernandes;
4.1.1.1. José Cortez Fernandes;
 
4.1.2 Conceição Simões falecida em 1972;
4.1.3 Maria Piedade Simões falecida em 1976;
4.1.4 Laura Simões
 
4.2. Amaro Simões,
4.3. António Simões, (Certa)
4.4. Maria Simões (Da Misericórdia)
4.5 José Simões, (Zé Coxo)
4.6 Agostinho Simões
 
5. ANA SIMÕES, Não deixou descendentes.
  
6. Hermínia Simões, minha tia-avó. Sei que teve muitos filhos mas recordo-me de poucos. Apelo aos descendentes, meus primos para me deixarem a lista completa.
 
7. Francisco Simões, o meu avô, que casou na Póvoa com Emília de Jesus Antunes, a minha avó paterna os quais tiveram 7 filhos. Tanto o meu pai e cinco irmãos nasceram na Pampilhosa da Serra:
 
7.1        António Antunes Simões (meu pai);
António Antunes Simões nasceu em Abril de 1881, casou com Maria Ascenção Ramos (meus pais), tiveram 5 filhos:
7.1.1. Maria da Nazaré Simões, nascida a 21 de Abril de 1913 e faleceu a 22 de Janeiro de 1975;
7.1.2 José Maria Simões, nasceu em 1915 e faleceu em 1920;
7.1.3 Laura da Conceição Simões nasceu em 1917 e faleceu nesse ano com 7 meses;
7.1.4 Laura da Conceição Simões nasceu a 4 de Dezembro de 1919 e faleceu em 25 de Abril de 1997; (2 Filhos: Almerinda Simões Gaspar e José Augusto Simões Gaspar)
7.1.5 José Augusto Simões, eu, o autor deste trabalho, nasci em 20 de Maio às 5,30 da manhã, mas, por engano, estou registado como tendo nascido em 19 de Maio de 1922. Deixo aqui os nomes dos meus filhos:
      7.1.5.1 Rogério Martins Simões, nascido em 5 de Julho de 1949.
   7.1.5.2 Jaime Augusto Simões, nascido em 17 de Fevereiro de 1952.
    7.1.5.3 José Manuel Martins Simões nascido em 22 de Dezembro de 1955
 
7.2. Aires Antunes Simões;
Aires Antunes Simões, meu tio, pai de 2 filhos:
7.2.1. António de Oliveira Simões, que nasceu em Monforte, Alto Alentejo, no dia 29 de Fevereiro de 1920 e faleceu no dia 2 de Março de 1982;
7.2.2. Ana de Oliveira Simões nasceu Monforte, Alto Alentejo, em Março de 1922.
 
7.3. Albano Antunes Simões;
Albano Antunes Simões, meu tio, pai de 2 filhas:
7.3.1 Ilda da Silva Simões nasceu em 1914 em Lisboa;
7.3.2 Alzira da Silva Simões, que nasceu em 1920 em Lisboa.
 
7.4. Maria da Piedade Simões
Maria da Piedade Simões, minha tia, mãe de 5 filhos:
7.4.1 António Maria Simões Dias nasceu a 21 de Maio de 1923 e faleceu em 1966;
7.4.2. Aires Simões Dias nasceu em 1925 e faleceu com 2 anos de idade;
7.4.3. Eduardo Simões Dias nasceu a 5 de Novembro de 1927;
7.4.4. Lurdes Simões Dias nasceu o dia 5 de Novembro de 1929;
7.4.5.  Maria da Solidade Simões Dias nasceu no dia 1 de Janeiro de 1931.
 
7.5. Maria de Lurdes Simões (a minha madrinha);
Maria de Lurdes Simões, minha madrinha e tia, teve 2 filhos:
7.5.1. Artur Simões de Almeida nasceu em 1929 e faleceu com 20 anos de idade;
7.5.2. Fernanda Simões de Almeida Rodrigues nasceu em 1934 e é mãe da médica Dra. Manuela de Almeida Rodrigues;
7.6. Maria da Solidade Simões;
Maria da Solidade Simões, minha tia, (faleceu em França) teve 1 filho:
7.6.1 José Maria Antunes, que nasceu no dia 19 de Março de 1928 e faleceu em França.
(nota: Dou graças por ter recuperado a casa dos Simões da Póvoa. Que bonita que está).
 
7.7. Maria Lusitânia Simões que nasceu na Póvoa;
Maria da Lusitânia Simões, minha tia, mãe de 2 filhas:
7.7.1. Maria Luísa Simões;
7.7.2. Deonilde Simões.
 
Esta é a minha linhagem por parte dos Simões da Pampilhosa da Serra. O meu pai tinha 86 primos direitos, filhos de irmãos.
Espero ter contribuído para reescrever, um pouco, a linha parental dos Simões da Pampilhosa. E àqueles que ainda podem concluir esta minha memória deixa um desafio: completem ou rectifiquem.
Em memória da minha mãe Maria Ascenção Ramos que me ensinou os nomes de todos aqueles que não conheci.
José Augusto Simões
2004-02-23
 
Qualquer contacto poderá ser feito para o e-mail do meu filho Rogério Martins Simões. poemasdeamoredor@gmail.com
 
Nota final: Meu pai José Augusto Simões, para além de ser um extraordinário pai, um homem íntegro e inteligente, tem uma memória extraordinária. Está vivo à data em que escrevo e seria óptimo que lhe dessem notícias dos seus parentes descendentes dos Simões e dos Henriques da Pampilhosa da Serra.
Em tempos, o meu falecido primo Aires Simões chegou à conclusão que o ANTÓNIO SIMÕES, antigo e extraordinário jogador do Benfica, descendia da nossa família.
Encontro uma certa dificuldade em obter os nomes dos nossos familiares quando eles descendem de nossas tias avós, pois perderam por casamento o nome da família, apesar de serem tanto Simões como eu sou.
Existem, depois, aqueles que tiveram de partir da Pampilhosa, por casamento, cujos descendentes desconhecem a sua ascendência da Pampilhosa da Serra, tal como desconhecemos o nome do mais velho Simões que casou com uma senhora da família Henriques da Pampilhosa da Serra. De uma coisa podem ter a certeza - todos aqueles que aqui se vêm retratados: descendem de um Simões e de uma Henriques da Pampilhosa da Serra do século 19 (XIX) ou mesmo do século 18 (XVIII).
Por favor colaborem! Mandem fotos antigas da família, ou histórias interessantes da família, por e-mail que terei muito gosto em as colocar neste blog do meu pai ou no meu: http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
Saudades
Rogério Martins Simões
Actualizado em 16-12-2008 23:36
 

 

 20 de Maio de 2008

 

Pai!, como vê fiquei acordado até tarde para passar a limpo e publicar o seu último poema no dia em que fez 86 anos de idade.

 

Todo feliz, aí, na sua Póvoa, na sua Pampilhosa da Serra! Com que então veados e gazelas?

 

Feliz aniversário meu querido pai e que a vossa presença, meus pais, continue a encantar as nossas vidas.

O seu filho mais velho

Rogério Martins Simões

 

 

 

 

 

 

BEIRA SERRA

 

José Augusto Simões

 

Conheço a Beira Serra

É bonita não é feia

Montanha, montes e vales

Muita terra e pouca areia.

 

Os matos dos seus terrenos

Cheios de encanto e beleza

Todos ali foram criados

Pelo poder da natureza

 

Falando da sua existência

Não é uma palavra em vã

Toda a Beira Serra começa

Na linda vila da Lousã

 

Chegando ao Vilarinho

Começa a subir e não erra

Três Concelhos se juntam

Góis, Arganil e Pampilhosa da Serra.

 

Três serras bem conhecidas

Fazem a Beira mais bela

Serra da Lousã e do Açor

E a linda serra da Amarela

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Poemas de amor e dor conteúdo da página

MÃE

 

 

 

Mãe que não aprendeu a ler

mas sabe sempre os meus ais

Mãe que cedo lutou para ter

O tanto que nos deu e me dais

 

E depois de si minha mãe?

Quando um dia me faltar

 não a tiver a acariciar

Este pedaço de si também!

De si, minha querida mãe.

 

Mãe!  

Passe-me as suas mãos pelo peito

Que este seu filho perdeu o jeito…

nem as estrelas consegue agarrar…

 

Um beijo minha querida mãe,

Lisboa, 4 de Maio de 2008

Seu filho,

Rogério Martins Simões

 

 

 


 

 

 

FOI NUMA MADRUGADA DE JULHO

Rogério Martins Simões

 

Foi numa madrugada de Julho

Quando as estrelas

se juntaram nos céus,

quando o sol teimava

em não arrefecer a noite,

e a lua irradiava

confundindo

as mãos dos namorados…

 

Andara embalado

no colo de minha mãe.

E ouvia serenamente

Na fusão das águas

O canto ameno

que me embalava.

 

-Lembra-se minha mãe

dos pontapés

que eu lhe dava?

 

-Recorda-se minha mãe

de me ouvir chorar,

Quando sem ver

me reconfortava

Passando docemente

a sua mão na barriga.

 

Ai como eu me sentia feliz

com as suas carícias.

Ai como era feliz

escutando o seu cantar.

 

Foi numa madrugada de Julho

Quando a lua espreitava

Quando a mãe terra

me chamava,

Rompi as águas,

E tinha à espera estrelícias

Majestosamente

espalhadas

por seu corpo…

 

Foram tempos luminosos

quando a natureza me pariu

E me trouxe de volta os olhos

com que abracei, de novo, o Sol.

 

Lisboa, 29 de Janeiro de 2007

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

ARREPIAM-SE AS LEMBRANÇAS! Obrigado ao SAPO por mais este destaque.

 

(Rogério Simões)

(Malhada, Colmeal, Góis 1953)

 

 

ARREPIAM-ME AS LEMBRANÇAS

Rogério Martins Simões

 

Arrepiam-me as lembranças

Das manhãs descalças…

De um corpo fino

De um bibe com alças:

Memórias de um tempo menino.

 

Sou alérgico às memórias ingratas!

Clarabóias deixam passar a luz,

Que derrete o gelo indeciso

Por onde passou um tempo preciso,

Das coisas belas e gratas.

 

Sou um vestígio dos umbrais

Que sustêm o peso dos meus sonhos.

Tento viajar com os olhos cerrados

Por um campo milho verde

Com bandeiras a tocarem o céu…

 

Vou jejuar!

Não comerei os figos

Bicados pelos gaios…

Procuro na horta os abrigos

Onde a distância dos Maios,

Dissipam as canas dos trigos…

 

Toquei na colmeia por querer!

Sou um sopro de saudade

Favo de mel com a minha idade

Picado de abelhas ao alvorecer…

 

Cheguei ao fim dos silêncios

Onde as memórias são silenciosas.

E os silêncios para contemplar…

 

Quem vos disso

Que tinha de atalhar os caminhos

Na horta adulta…

Se me resta um pedaço de água pura

E um púcaro vazio para a apanhar….

 

Lisboa, Tejo, 18 de Outubro de 2007

(Poema dedicado à Beira Baixa -- ao povo Beirão - à Póvoa - à Pampilhosa da Serra e à Malhada)

 



 

(Foto minha com 22 meses, 1950)

 

                               Nota de agradecimento

 

Este blog foi criado em 6 de Março de 2004. (Já nem me recordava da data)

De então para cá já teve mais de 2 milhões e 500 mil acessos e tudo se fica a dever àqueles que se revêem na minha poesia, nos poemas de Efigénia Coutinho e de Daniel Cristal a quem agradeço mais uma vez, sem esquecer a pintora da casa - Elisabete Sombreireiro Palma.

Não foi fácil! Não é fácil manter um blog sofrendo de Parkinson, observando, cada dia que passa, uma maior dependência e tentando superar as barreiras que a vida nos coloca. Para superar esse combate tenho contado com a preciosa colaboração, amor e dedicação da minha esposa e pintora Elisabete Maria Sombreireiro Palma e de muitos amigos, nomeadamente do Brasil. Não irei desistir facilmente! Acredito na cura para a Parkinson e agradeço àqueles que lutam por mim.

Ao Sapo que ao longo destes 4 anos já me distinguiu várias vezes quero mais uma vez agradecer. Nunca mudei do Sapo, esta foi a casa que me acolheu. Durante 18 meses o meu blog ocupou os primeiros lugares do Sapo e tinha, então, cerca de 3000 visitas diárias. Hoje tudo é diferente, para melhor, apesar de ter em média entre 1500 a 2000 visitas por dia.

Àqueles que não visito apresento as minhas desculpas! Não dá mesmo! A luta contra a Parkinson é tremenda e só o muito amor que tenho pela poesia me obriga a continuar.

Se escrevo poesia sofro! Mas, se não escrevo morro!

Obrigado a todos.

Com muito amor e muita paz.

Com muita tristeza e pesar pelo que está a acontecer mais uma vez ao povo do TIBETE, sou,

Rogério Martins Simões

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Filho de um deus qualquer

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

Filho de um deus qualquer
Rogério Martins Simões
 
Se o meu clamor aos céus aprouvera,
Nada mais ousaria para ser feliz,
Saber voar, sonhar, então quisera,
Para fazer a paz como sempre quis!
 
Tal como num sonho ou numa quimera,
Descesse dos céus numa flor-de-lis,
Trazendo comigo a fértil Primavera,
Bendizendo os povos de qualquer país.
 
Que eu seja filho de um deus qualquer.
(Filho de um homem e de uma mulher!)
-Venho dos céus onde não há guerra!
 
A minha religião é fraterna e universal,
Só quero o amor numa entrega total!
Espírito da paz desce de novo à terra!
 
29-07-2004 20:20
Três anos de saudade!
(Ao meu querido primo
Luís Manuel Nunes de Almeida
Ex Presidente do Tribunal Constitucional
Faleceu em 6/9/2004)

 

 

 

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Regresso à Aldeia

 

 

Regresso à Aldeia

 

Chegaram pela manhã de uma longa jornada.

O tempo era ameno e de repente lembraram-se do Verão onde tantas manhãs foram suas.

Pararam, nada disseram um ao outro, como esperassem que algo acontecesse e de repente toda a Aldeia fosse ao seu encontro.

Já tardam tão cedo as manhãs, que ainda só agora começam, e os seus pés, tão pesados, já não são da viagem…

Finalmente quebraram o silêncio:

- Lembras-te Isabel da queda… no musgo que crescia à beira do curral!

Olharam em redor!

Tudo parecia demasiado pequeno, distante, ao alcance de um braço.

Notei, na quietude, as fragilidades com que tentavam disfarçar a insegurança daquele breve momento.

Então, vi no rosto dos meus pais:

“olhos de água cristalina,

da mais pura nascente da serra,

correndo em levada”

Cheios de recordações, como se mais nada existisse que os fizesse ficar, partiram.

Rogério Martins Simões

(A meus pais)

 

Regresso à Aldeia foi escrito há muitos anos numa antecipação ao dia 18/6/2004.

Tal como versei num soneto, chegou o tempo de concretizar a profecia:

“E regressaram à aldeia no final do caminho”.

Meus pais, para quem a palavra amor é para mim insuficiente para lhes expressar o que por eles sinto, foram visitar as suas aldeias: A Malhada (Colmeal) e a Póvoa (Pampilhosa da Serra).

Meu pai, com 82 anos, não visitava a sua Aldeia há quase meio século,

Hoje, mais que em qualquer momento, faltam-me as locuções e sobram-me as glorificações.

Lisboa, 19/6/2004

Rogério

Reedito um “post” que publiquei em “Poemas de Amor e dor” em 2004 por sugestão de uma amiga, “blogueira” no SOL, a quem agradeço.

Meus pais estão vivos! Eis ainda outra boa razão para vos dar a conhecer o que um dia apaguei.

Saudades

Rogério Simões

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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