Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
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Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Depois de ter levado a cabo, e com sucesso, duas lutas contra a inclusão do melro nas espécies cinegéticas a abater pelos caçadores, eis que sou de novo chamado a defender um melro indefeso que caiu do ninho e foi parar à boca do gato “Melga”. A história conta-se assim:
Já passava das 20 horas, de segunda-feira, ouvimos um triste e forte pedido de socorro vindo do exterior da nossa residencial.
Debatia-se pela vida um jovem melro pendurado na boca do “gato melga” que estava disposto a dispensar a ração da noite… Porém, a Bete, usando o seu poder protetor sobre o “gato melga” conseguiu retirar com vida o “Melro Meco”.
Já nas mãos da Bete, o pobre do bicho a que foram arrancadas algumas penas, tentava agora desesperadamente escapar aos humanos.
Mas, o “Melro Meco” desconhecia que as mãos da Bete já protegiam e alimentavam gatos e cães abandonados, nomeadamente: o “cão Meco”; a “gata Kiki”; a “gata Tita” e o “gato Melga” e, nessa noite, teve de dormir numa caixa de cartão que conseguimos arranjar no contentor do papel para reciclar.
No dia seguinte lá fomos comprar uma casa gaiola e comida própria para melros domesticados. Transferimos o melro para a sua casa temporária, para recuperar forças e asas para voar em liberdade, para contar uma nova história sobre outros humanos que não os querem fritar.
BALE O CORDEIRO ZUMBE O MOSQUITO
Rogério Martins Simões
Bale o cordeiro, zumbe o mosquito.
Chia a doninha, uivam os chacais.
E no meio de tanto canto e grito:
Uiva o leão que é rei dos animais…
Grita o pato, o pavão e o periquito.
Trina o rouxinol, piam os pardais.
Assobia o melro bem forte e aflito,
Está a chegar o terror dos pombais…
Pata sobre pata vem a velha raposa,
Que regouga e assusta o estorninho.
- Asas que te quero, grita o passarinho!
Palra o papagaio rompendo a prosa:
- Só no reino da fábula a paz é duradoura.
Trr; tac tac tac ouve-se a metralhadora…
20-04-2005
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
Na terça-feira pendurámos na nossa casa a nova casa do “Melro Meco” e pedi a ele para assobiar a canção que os seus pais lhe ensinaram.
Passados uns instantes a mãe natureza chamou os seus progenitores para os alimentar: vimos que lhe deram a comer uma enorme aranha, alguns frutos vermelhos e, decerto, minhocas e caracóis.
Hoje, quarta-feira, depois de ter pendurado a casa com o “Melro Meco”, observámos que “ o “Melro Pai” e o “Melro Mãe” continuavam a responder à mãe natureza dispensando a comida destinada aos melros domesticados.
AH! O “Gato Melga” passa a vida a olhar para a gaiola, do “Melro Meco”, e passou a ser ainda mais “melga”…
Muitos não o sabem, porém, em 2004, travei uma dura luta, utilizando o meu blog, POEMAS DE AMOR E DOR, para salvar o Melro e conseguimos ganhar.
Qual não foi o meu espanto no dia de hoje, 19 de Maio de 2011, ao ler no “Correio da Manhã” MELRO VOLTA A ESTAR NA MIRA DOS CAÇADORES”
A caça ao melro vai ser permitida a partir do mês de Novembro, após mais de duas décadas de proibição no país, uma medida que encontra a oposição dos ambientalistas.
Domingos Leitão, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, afirmou ao CM que “não existe razão para o Governo ter publicado uma lei que permite a caça ao melro, pois não tem interesse económico”.
Segundo este responsável, “o melro é uma espécie associada ao meio urbano, ligada às pessoas, e a sua caça é um disparate, que até divide caçadores”
FONTE jornal diário “CORREIO DA MANHÔ
Como acabaram de ler o atual governo decretou a extinção dos melros em Portugal a partir do mês de novembro de 2011.
Devemos responsabilizar desde já os autores deste diploma para os acidentes de caça que irão acontecer. Em 2004 conseguimos impedir a caça ao melro, desta vez e de acordo com a notícia a Lei terá já sido promulgada.
Recordo que já poucas aves restam junto das nossas aldeias e o melro vive junto do homem, perto das suas casas e nas suas hortas, onde até é proibido caçar. Com a aplicação desta lei nada vai restar e não mais os ouviremos chilrear, nas manhãs as aves que nos encantam.
Volto a protestar: salvemos o Melro!
COMO PARTICIPAR? ASSINANDO A PETIÇÃO! E APOIANDO ESTA LUTA QUE É DE TODOS
Quebrei as regras que para mim impus quando criei este blog de poesia. Há notícias que ferem os tímpanos a quem as lê ou escuta. Por mim, que sou sensível, não posso deixar de vos comunicar o seguinte:
Venho por este meio manifestar a minha tristeza e pedir a vossa solidariedade, e o vosso protesto para uma notícia que me foi dado a conhecer na página 11 do “Jornal de Notícias” de 29/04/2004.
Está escrito entre outras coisas: Segundo proposta do Ministério da Agricultura, a lista de espécies abertas à caça poderá aumentar este ano, passando a incluir o melro, a gralha-preta, o gaio e a pega-rabuda.
Fiquei pasmado! Cá por mim já protestei no site do Governo.
Como é possível acabar com espécies que estão em vias de extinção em Portugal e são autóctones. Recordo que já poucas aves restam junto das nossas aldeias e o melro vive junto do homem, perto das suas casas e nas suas hortas, onde até é proibido caçar. Se esta lei passar, nada vai restar e não mais ouviremos chilrear, nas manhãs as aves que nos encantam.
No meu blog de poesia criei um post de protesto http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
AMIGOS: SALVEMOS O MELRO
Poemas de amor e dor
conteúdo da página
publicado às 01:05
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado