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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PARA ALÉM DO VENTO...

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PARA ALÉM DO VENTO…

Rogério Martins Simões

 

Volúpias em corpos que bailam submersos,

Dispersam, em nós, o sémen da procriação.

São inocentes os nossos dias em tentação,

Anseios da natureza doces como versos…

 

Mordiscaste a minha boca em provocação...

Desejos inatos; tão diferentes; tão diversos,

Anunciando um tempo novo, sem reversos,

Ardendo como o fogo em adoçada erupção….

 

E a natureza nos cobriu com vento criador,

Confiando as sementes num ato de amor,

Quando o teu corpo fértil comigo dançava!

 

Além de nós havia um tempo pouco visível,

Para que recomeçássemos num cio sensível,

E o teu corpo, com ingénita sedução, bailava…

 

Aldeia do Meco, 26-10-2007 23:11:43

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019 página 47

ISBN: 978-989-52-6450-6 Depósito Legal n.º 459328/19

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

MOIRA TÃO BELA

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MOIRA TÃO BELA

Rogério Martins Simões

 

Moira encantada, e tão bela.

Assim recordam aquela

Que tanta beleza escondia…

Dizem que as águas do mar

Pararam p´ra a ver passar

Enquanto o Tejo dormia.

 

Quando da barca desceu,

Lisboa em festa lhe deu

Um castelo com mesquita.

Daí que se diga agora:

Numa colina lá mora

Essa moira tão bonita.

 

Junto à cisterna do monte

Corre sempre água da fonte

Ninguém sabe d´onde vem.

Dizem que nasceu no rio:

A letra de um fado vadio

Que as mouras cantam também…

 

Onde o Tejo beija o mar,

Alguns param p´ra escutar,

Sete colinas de fadas.

São beijos desta cidade:

Sete morros de saudade

E mouras tão encantadas…

Meco, 05/08/2017

24/10/2019 21:13:18 (Direitos de autor reservados)

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MULHER

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MULHER

Rogério Martins Simões

 

De formosa te chamaram,

E tão cativos ficaram,

Presos, num feitiço qualquer.

Feiticeira da saudade,

Tu serás a eternidade,

Bendita sejas mulher

 

No meu fio doiro guardado,

Tenho um nome já gravado

Enquanto a vida quiser

Nunca será por metade,

Mãe é sempre liberdade,

Inteira e sempre mulher

 

Mulher amante e esposa,

Se no meu corpo repousa,

Este amor que tanto a quer.

Passou o tempo de conquista,

Não saberei se resista…,

Pois serás sempre mulher…

 

Se nesta vida ao passar,

Depressa quiser levar,

E mais vida não nos der

Que me leve pois vivi

Neste versos vejo em ti

Como é tão bela a mulher.

 

Campimeco, Meco, 28/05/2019 22:54:31

(INTEIRAMENTE DEDICADO À MULHER ESTE POEMA FARÁ PARTE DO MEU SEGUNDO LIVRO, A PUBLICAR BREVEMENTE PELA CHIADO EDITORA. “POEMAS DE AMOR E DOR” SERÁ LANÇADO NOS PRÓXIMOS 4 MESES. O 1º LIVRO ESGOTADO TERÁ PARA BREVE A 2ª EDIÇÃO)

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER - POEMA SÓ!

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SÓ!

Rogério Martins Simões

 

Só! Todos já saíram.

Só! Estou a reparar:

Nos cabelos brancos

E numas quantas marcas

No fundo do meu olhar.

 

Só! Daqui a pouco

Todos estarão de volta.

E o que mais me importa

É que me vejam:

Mesmo que nem reparem

Como estou cansada.

Como estou tão só.

 

Só! Como todos cresceram

Sem darem conta

Que sobre mim recaíam

Todos os cuidados.

Só! Vou contando os anos

Festejando os danos

Pelos aniversários…

 

Mas amanhã será sábado…

E neste tudo será diferente:

Amanhã não estarei só;

Não estarei sozinha…

E à noitinha,

Tão de perto, tão rente

Estarei noutro olhar…

E voltarei para ser rainha...

Meco, 10/02/2017 00:42:47

© DIREITOS DE AUTOR

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MOIRA ENCANTADA E TÃO BELA

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MOIRA ENCANTADA E TÃO BELA

Rogério Martins Simões

 

Moira encantada, e tão bela,

Ainda se diz por aquela,

Por quem tantos morreram.

Foram sete ao escutar,

O seu canto de embalar, 

Por amor se perderam.

 

Porque do Tejo desceu,

Logo Lisboa lhe deu,

Sete colinas de chita.

Daí que se diga agora:

Numa colina lá mora

Essa moira tão bonita.

 

Quando o Tejo beija o mar,

Alguns dizem escutar,

Sete colinas de fadas.

São Beijos desta cidade:

Sete morros de saudade

Tantas mouras encantadas…

 

E se cantando chorava

No seu cabelo lavava

O Tejo tremendo frio

E o rio que a sua voz levou

Feliz porque ali encontrou

Este meu fado vadio

 

Meco, 05/08/2017 23:54:39

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER - ROSA DE ALFAMA

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ROSA DE ALFAMA

 

(A ROSEIRA NÃO SERÁ ESQUECIDA)

(Romasi)

Rogério Martins Simões

 

A Rosa,

Rosa das escuras ruas de Alfama,

Era rosa,

Filha de Roseira Brava

Que vendia sardinha de Barrica.

 

A Rosa

Não nasceu num berço de oiro

Nem nasceu menina rica.

Sua mãe a pariu

Quase morta

Numa manhã invernosa

A caminho da lota.

 

A Rosa

Filha de Roseira Brava

Que vendia sardinha de Barrica.

Não se quedou apregoando sardinha

Pelas ruas da Regueira

Ou vendendo seu corpo lesto

Pelos bares tristes da Ribeira.

 

A Rosa,

Rosa das escuras ruas de Alfama,

Filha de Roseira Brava

Que vendia sardinha de Barrica.

Parida quase morta

A caminho da lota;

Que não teve berço de oiro

Nem nasceu para ser rica

Lutou pela Liberdade

Morreu vendendo a vida

 

Agora dizem em Alfama…

Que a Rosa não será esquecida.

 

1969

(Homenagem à mulher trabalhadora)

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

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Só!

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SÓ!

Rogério Martins Simões

 

Só! Todos já saíram.

Só! Estou a reparar:

Nos cabelos brancos

E numas quantas marcas

No fundo do meu olhar.

Só! Daqui a pouco

Todos estarão de volta.

E o que mais me importa

É que me vejam

Mesmo que nem reparam

Como estou cansada.

Só! Como todos cresceram

Sem darem conta

Que sobre mim recaem

Todos os cuidados.

Só vou contando os anos

Festejando os danos

Pelos aniversários.

Mas amanhã será sábado.

E ao sábado tudo é diferente

Amanhã só não estarei

E à noitinha

De tão perto… Tão rente…

Noutro olhar voltarei

E serei rainha...

 Meco, 10/02/2017 00:42:47

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Saber amar

 

 

 

 

 

 

SABER AMAR
Rogério Martins Simões

 

No profundo silêncio em que me deito.

Na sublime atitude como me olhas

E me deixas em paz...

Não imaginas quanto estás presente

Nos meus lúcidos pedaços de felicidade…

10/03/2005

 

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

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A Inveja é a glória dos fracos...

 

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS...

 

Depois de 6 anos a partilhar convosco a minha poesia, nada lucrando, recusando ofertas para editarem um livro de poesia, vejo-me na contingência de apagar este blog.

Na verdade alguém que cobardemente de esconde tem dado cabo dos códigos deste blog, e mais grave, destruindo poemas.

A canalhice poderá prejudicar definitivamente a minha saúde mas não destruirá a minha alma, ou alterará o meu caminho.

Até agora tenho-me limitado a apagar os códigos modificados e a recolocar os certos. Porém estou a ficar cansado e, acima de tudo, vejo que a minha Parkinson se vai agravando e começam a faltar-me forças para continuar a reparar o que miseravelmente destroem.

Hoje já recoloquei duas vezes tudo. Mas já sei que está tudo novamente alterado. Basta colocar um post para o blog ficar todo desconfigurado para glória de quem faz isto.

Inveja?

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS.

 

 

 

 

 

 

Seguro da insegurança

Rogério Martins Simões

 

Torres vigiam a casa assombrada

onde perpetuam  marginais

e abstractas letras

de uma desconhecida liberdade.

 

A canalha… aproxima-se

verberando abstracções concretas.

No alto da torre seguem os carros pretos

chapeados com protecções e blindagens.

 

Blindaram os corações

para recolher os protestos.

Não! Os protestos não chegam às torres…

Aparam os ouvidos,

com guardanapos ao tiracolo,

e vestem camuflados para vigiarem o solo.

 

Para manterem a forma exercitam-se

encolhendo os ombros

e olhando de soslaio.

 

A segurança mantém asseguradas

as palavras contrárias

e perseguem quem se oponha à segurança!

Se lhes virar as costas dirão que sou poeta…

 

Dispararam às cegas

atingiram um colibri!

Do mar saltam alforrecas e camarões!

A segurança contra-ataca

com a segurança dos narcóticos

Os moribundos mascam, agora, folhas de coca

Do deserto partiram legiões imprecisas de escorpiões.

Dizem que um bando de loucos

se escondeu numa toca

 

Toca docemente um violino cego

Ouve-se uma canção de embalar:

- Que será de ti meu menino

Se o povo não se revoltar

 

Corre um vento forte.

Ouvem gritos!

Se virar as costas

dirão que não sou poeta…

 

Um abraço para ti José Baião

1/03/2007

Rogério Simões

(correspondência entre poetas)

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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