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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PACTO COM A NATUREZA

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PACTO COM A NATUREZA

Rogério Martins Simões

 

Tenho um pacto com a natureza:

Divindade visível, palpável

Que me toma, que me abraça,

Conhece o pacto que eu fiz com ela.

Por isso deixa-me viver a espaços,

Entre as copas das árvores,

Ao vento, à tempestade,

No silêncio ou no canto das aves.

 

Como eu sou feliz

Deslizando suavemente

Sobre o mar que daqui avisto,

E o vento que dali me traz,

Nas asas de uma gaivota.

 

Tenho um pacto com a natureza

Já vos disse…

Aprendi com ela a ir à fonte:

Abraço as árvores e no chão

de joelhos, docemente,

Inclino o meu corpo em oração

Beijando a água pura da nascente…

Meco, 01/02/2017 22:46 (alterado em 02/02/2017 15:06)

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Diante dos meus olhos

 

Diante dos meus olhos

Rogério Martins Simões

 

Diante dos meus olhos

Revejo as palavras concretas

Que me deixam colado à incerteza:

Será o frio razão suficiente para apreciar o calor?

A minha gratidão está sempre presente

Nas mais leves, e breves gotículas da natureza.

Passo lento e curto

No encalce de um percurso

Marcado

Limitado

Que, diante dos meus olhos,

Fixa distintamente o Universo.

 

O que vejo é um curto caminho

Que não me esconde as dúvidas de uma certeza:

Por cada passo que dou, mesmo devagarinho,

Percorro o caminho para alcançar a luz

Que se esconde por detrás do sol…

 

Meco, 3 de Dezembro de 2011

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

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A árvore que chilreia...

 

 

(Castelo de S. Jorge - Lisboa - Portugal)

 

 

 

 

A árvore que chilreia...
Rogério Martins Simões
 
A árvore mal amada
Impede-te de pisar a relva?
Os caminhos para os paraísos…
serão guarnecidos
de cimento armado?
E os piratas de pernas de pau
terão pernas em betão?
 
Atiro uma flecha:
Cavaleiro andante
ou índio em extinção?
Não acerto uma!
 
- Dom Quixote
que se junte à causa!
 
A terra fede,
aos ímpetos dos lucros!
Os abates árvores
mantêm os solstícios
longe do equador
Para que as aves
não chilreiam com o sol…
 
A árvore que chilreia
tem os dias contados:
Constroem-se barrigas de ar,
em condomínios fechados,
para acautelar a extinta
extinção das árvores
 
Os deuses mediterrâneos
que se cuidem…
 
Dom Quixote
que se junte à causa!
E nós também!
 
02-07-2007 22:33:14
 

 

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Não chores por mim, não chores, sabiá...

 

Não chores por mim, não chores, sabiá…

Rogério Martins Simões

 

Debaixo do sabiá está um homem a descansar

Dorme, dorme, cortador que sabiá não é pinho…

-Dorme, trabalhador que sabiá te vai abrigar!

-Sabiá onde estás? Oh meu lindo passarinho?

 

-Toma cuidado oh sabiá não o deixes acordar

Num galho de um sabiá, o sabiá faz o ninho

Vai-te embora oh caçador que sabiá quer pular,

Do cimo do sabiá, para a mata de rosmaninho

 

Uniram-se os sabiá e o homem ficou ao sol…

Debaixo do sabiá está agora um guarda-sol

Volta sabiá! Canta sabiá que alegria já não há

 

Eu vi um sabiá com uma semente no bico

Deitou-a a meus pés, eu com ela não fico

Volta a dar sombra sabiá! Vem cantar sabiá!

Lisboa, 13 de Março de 2007

 

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O mar está calmo...


 

 

 

 

 

 

 

(Óleo sobre tela Elisabete S. Palma)

 

 

 

 

 

O MAR ESTÁ CALMO!
Rogério Martins Simões
 
O mar está calmo
Na onda até se rema
O céu está azul
No chão até se ama…
O peixe não pica
Picam as gaivotas
Que lembram gaviões
O mar está azul
A areia é de oiro
O oiro nem é riqueza
Qual é o maior tesoiro?
É a mãe natureza!
 
30-09-2004 19:28:45
Aldeia do Meco
 
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Natureza morta...

 

 

 

NATUREZA...MORTA
(romasi)
 
Tudo é deserto...
Ninguém
Vivalma…
E tudo me rodeia.
Além, um cantar:
A presença de um ser belo
Mas, todavia, insignificante,
Entra por meu ouvido
E perde-se na natureza.
 
Oh! Como o vento assobia
E nos faz tremer de frio!
Lá em baixo, no rio,
Um peixe salta das águas:
Talvez pule de contente!?
Talvez fuja do peixe maior
Que tenta cumprir a lei do mais forte.
 
Mas de novo o silêncio
Na natureza tudo pára:
As aves deixam de cantar
O vento já não sopra
Tudo pára para escutar
O barulho de marcha
E de um tambor a rufar.
 
Lá no rio,
Um barco esguio
Indica uma presença!
O cantar dos passarinhos
É agora um lamento
Do constante sofrimento
De quantos se batem no chão!
Aí, onde outrora flores cresciam,
Passam soldados em massa
Que horror, que desgraça!
A beleza
Muda
 Violada
Agora tudo é tristeza
E o barulho que percorre a serra
É um som terrível
Agoiro
É a guerra!
 
11/7/1968

 

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Salvem o melro

 

 

SALVEM O MELRO

 

Amigos

Quebrei as regras que para mim impus quando criei este blog de poesia. Há notícias que ferem os tímpanos a quem as lê ou escuta. Por mim, que sou sensível, não posso deixar de vos comunicar o seguinte:

Venho por este meio manifestar a minha tristeza e pedir a vossa solidariedade, e o vosso protesto para uma notícia que me foi dado a conhecer na página 11 do “Jornal de Notícias” de 29/04/2004.

Está escrito entre outras coisas: Segundo proposta do Ministério da Agricultura, a lista de espécies abertas à caça poderá aumentar este ano, passando a incluir o melro, a gralha-preta, o gaio e a pega-rabuda.

Fiquei pasmado! Cá por mim já protestei no site do Governo.

Como é possível acabar com espécies que estão em vias de extinção em Portugal e são autóctones. Recordo que já poucas aves restam junto das nossas aldeias e o melro vive junto do homem, perto das suas casas e nas suas hortas, onde até é proibido caçar. Se esta lei passar, nada vai restar e não mais ouviremos chilrear, nas manhãs as aves que nos encantam.

No meu blog de poesia criei um post de protesto http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

AMIGOS: SALVEMOS O MELRO

 

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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