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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Meu Pai

 

 

 

 

 

 

ENVELHEÇO A ESPAÇOS…
Rogério Martins Simões
 
Envelheço a espaços
E não dou por isso…
Já não subo à figueira
Onde apanhei figos…
Vejo chegar os netos
E partirem os amigos
Seara ondulante
Numa dança com espigas
Pão azeite, coentros
E alhos para as migas…
 
Já não preciso de sol
Pois a espiga está madura.
Já não necessito de água
Pois a mágoa está segura.
Envelheço a espaços
E, afinal, dou conta disso.
 
Lisboa, 4/8/2005
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

 

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MEU PAI

 

José Augusto Simões, nasceu em 20 de Maio de 1922, no lugar da Póvoa - Pampilhosa da Serra.

Filho de Maria da Ascenção Ramos, (1882 - 1938) e de António Antunes Simões (1881 - 1934).

Descende das famílias Simões e Henriques da Pampilhosa da Serra; dos Antunes e Ramos da Póvoa e dos Almeidas de Moninho. Teve duas irmãs, Maria da Nazaré Simões, empregada nos Hospitais Civis de Lisboa - Hospital de Arroios e Laura da Conceição Simões.

Foi um aluno brilhante na escola da Pampilhosa da Serra onde ganhou diversos prémios escolares: o 1º prémio escolar de 60$00, na passagem da 2ª para a 3ª classe, tendo obtido a nota final de 18 valores e o 1º prémio escolar, também, os 60$00, na passagem da 3ª para a 4ª classe, tendo obtido como nota final 19 valores.

Ingressou na 1ª classe em 1930 que concluiu em 1931. Concluiu a 2º grupo em 1932; a 2ª classe em 1933; a 3ª classe em 1934 e terminou os seus estudos primários, a 4ª classe, em 1935 com a nota final “brilhante com distinção”.

Da 1ª à 3ªclasse foi ensinado pelo Professor Anselmo Ferreira e na 4ª classe pelo Professor Gil.

Apenas pôde concluir a 4ª Classe, porque as vicissitudes da vida o impediram de prosseguir os seus estudos.

O seu maior trauma da infância foi a morte prematura do seu pai e a doença e morte de sua mãe, que, aliado à falta de recursos, tão normal nessa época, o impediu de realizar o seu sonho: “concluir um curso superior”.

Ficou órfão de pai aos 12 anos e de mãe aos 15 anos de idade, tendo migrado para Lisboa onde trabalhou, desde muito cedo, como caixeiro de mercearia até à data em que foi incorporado no serviço militar.

Trabalhou, depois, como “caixeiro-viajante” tendo conhecido todo o país ao serviço da firma “Francisco Simões” que comercializava sacos, batatas e outros legumes.

Em 21 de Abril de 1948, fundou, com seu tio Jaime Rodrigues, natural do Pessegueiro, uma pequena empresa de sacos usados, a firma Jaime Rodrigues & Simões, Lda., que foi a base de sustentação de toda a família, bem como de muitos parentes, amigos e conhecidos.

A sua “sacaria”, na Calçada do Forte em Lisboa, foi sempre ponto de encontro e de reunião entre os conterrâneos e amigos.

Esteve na reorganização da Comissão de Melhoramentos da Póvoa onde foi 1º Secretário nos anos de 1949 a 1950.

Casou com Isabel Martins de Assunção, natural da Malhada, Colmeal, prima direita do actual Presidente do Tribunal Constitucional, Luís Manuel Nunes de Almeida.

Do seu casamento nasceram 5 filhos. As duas filhas faleceram precocemente e estão vivos os restantes filhos do sexo masculino.

Acolheu na sua pequena casa de Lisboa, na Rua do Mirante, parentes ou simplesmente conhecidos. Recordo-me de meus pais cederem a sua cama aos familiares e de terem dormido, em cima de sacos, no seu estabelecimento comercial.

É um homem com um “H” muito grande, dotado de uma memória prodigiosa colocando a honra e a honestidade no cimo do seu pedestal.

Foi brilhante na matemática e em outras ciências tais como a Geografia, as Ciências Naturais, a História e a Aritmética. A sua letra era muito bonita e por isso era o “miúdo” que escrevia e lia as cartas aos seus conterrâneos.

Mas a sua memória não é passiva.

José Augusto Simões sabe de cor as datas de nascimento e da morte de quase todos os seus familiares, amigos e conhecidos, bem como, as datas dos factos mais importantes da sua e da nossa vida  passada e actual. Sabe de cor os nomes de todos os ossos do corpo humano, rios e estradas de Portugal. Desculpem, meu pai é simplesmente brilhante.

Conseguiu passar para o papel, reconstituindo, a árvore genealógica de quase toda a sua ascendência: Simões, Ramos e Antunes (esta desde 1822).

Parte desta reconstituição familiar foi-lhe transmitida, oralmente, por sua mãe Maria Ramos (ti Mariquitas da Póvoa) e conservada na memória do meu pai até à data.

Foi sempre um grande comunicador. Lembro-me de o ouvir contar histórias de fantasiar e de encantar que tanto preencheu o imaginário da minha infância.

Escreveu poesia, pois li alguns dos seus poemas, que expressam bem as amarguras da vida, as coisas boas e simples e o seu amor pelo próximo.

Para que perdurem as lembranças da sua brilhante memória, que podem contribuir para escrever ou rescrever a vida difícil de um povo implantado na Beira Serra, vou trazer alguns artigos que escreveu e continuarei a incentivar para que escreva, pois neles se encontram alusões, menções a pessoas e factos, que fazem a história de uma aldeia a Póvoa da Pampilhosa da Serra e das suas gentes.

Homenagem do seu filho

Rogério Simões

2004

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Pampilhosa da Serra - PADRE PEDRO - Obrigado!

(Padre Pedro - Pampilhosa da Serra)

PAMPILHOSA DA SERRA

Agradecimento

 

O Pároco Pampilhosa da Serra, fez chegar às minhas mãos um CD contendo milhares de fotografias deste Concelho tão esquecido dos políticos.

Sem nada pedir em troca (apenas a sua divulgação), o que já não vem sendo hábito dos homens, encontrei na pessoa de um Sacerdote (Católico) um imenso amor pela Beira Serra (Beira Baixa) e um desprendimento ao bem material que poderia obter com tão belas fotografias.

O Padre Pedro, depois de rezar e tratar das almas dos seus paroquianos, usa a sua máquina fotográfica com arte, mestria e paciência, para passar à posteridade imagens que, de todo, já se pensava que não se conseguissem obter.

O Padre Pedro fotografa: as gentes que restam nas aldeias (em especial os idosos): os cantos e recantos que preenchem o nosso imaginário: as aldeias perdidas na serra: as tradições e lugares secretos deste paraíso encantado, que permanece sereno e sem mácula, apenas manchado, aqui e além, pelos sinais dos incêndios que desbastam a sua riqueza regional  os pinheiros.

Neste Concelho impera:

O silêncio, a paisagem, o rio e a barragem.

O gavião, a águia, o melro, o gaio e o cuco.

As gentes trabalhadoras que já no fim da vida regressam à aldeia.

As festas de Agosto e Setembro, as filhozes, o pão-de-ló e as tigeladas.

A matança do porco, o presunto, os maranhos, o sarrabulho a chanfana e tantas iguarias, como o cabrito o mel e a broa de milho.

Às vezes até é bom que se esqueçam, dizemos nós os que lá não vivemos o ano inteiro, pois a paisagem continua virgem, sublime: mas rude e agreste para quem lá vive o ano inteiro, como o são os gelos que de lá se avistam na Serra da Estrela e que no Invernos cobrem a região.

Voltando ao CD o Padre Pedro dividiu este verdadeiro álbum fotográfico em diversas pastas que passo a transcrever, (para fazer crescer água na boca a que conhece o Concelho):

Até à Portela do Fojo

Neve

Rio Zêzere

Rio Zêzere (nevoeiro)

Aradas

Machio

Pessegueiro

Pampilhosa da Serra até aos Padrões

Alto do Concelho

Ilha dos Padrões I

Ilha dos Padrões II

Santa Luzia (anoitecer)

Entardecer

Santa Luzia

Pampilhosa da Serra entardecer I

Pampilhosa da Serra entardecer II

Fogo

Noite

Póvoa

Procissão do Enterro do Senhor.

- Os meus agradecimentos Sr. Padre Pedro e uma sugestão: comercialize o seu CD para as obras de caridade da sua Paróquia.

Cá por mim continuarei a utilizar preferencialmente estas imagens neste blog e em especial no blog, que criei para meu pai, http://povoa.blogs.sapo.pt., local esse preferencial para a divulgação destas fotos.

Bem-haja.

Deste seu amigo e descendente dos Simões da Pampilhosa.

Rogério Simões

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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