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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Desmando

 

(Foto da World Press Photo Contest 2004)

 

 

 

 

DESMANDO
Rogério Martins Simões
 
Por onde ando, se não ando.
Para onde vou, se não vou.
Se até em mim não mando.
Quem manda no que eu sou?
 
Por meu mando, eu desando.
Desando quando não estou.
Muda quem estiver errando,
Sabendo que sempre errou?
 
Dei comigo, assim, a pensar,
Quando hesitava em votar:
Que desmando é prometer…
 
E se fortuna têm ao partir…
Outra virá para quem seguir…
Meu desmando terá de ser…
 
Lisboa, 18-06-2009 13:07:31
(Poema dedicado a Fernando Pessoa)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09 - aditamento)

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

25 de Abril de 2008 em 26 de Abril de 2008

 

 

ANTES

 

Na prosa um poema

Na solidão dele uma prisão

Na prisão o grito esvai-se pelas grades...

Cá fora corações perros...

Encerram a morte dos poemas

romasi

5/02/1969

 

 

Quisera eu ser poeta, um poeta sem nome ou raça.

Apenas um poeta

Gostaria de cantar coisas doces, mas só me saem palavras beliscadas

Com formas aguerridas e duras de roer.

Queria ser livre! Para ler e estudar, mas não consigo

E na minha tristeza

Este meu findar

Este meu esquecimento

romasi

1972

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1974

 

 

 

RENOVAÇÃO

ROMASI

 

Se há algo que não concordo

É da injustiça e do medo

Das torturas que me recordo

Dos homens que partiram cedo

 

Atraídos à cilada

Despedaçados com matracas

Por discordarem da vida

Que levavam nas barracas

 

Só pediam pão, só isso!

E um pouco de educação

Só queriam paz e justiça

E o fim da opressão!

 

Fugiram, os que puderam,

Para França ou para qualquer lugar

E foi lá que souberam

Que podiam regressar.

 

Aqueles que escaparam à morte

Que para África foram lutar

Desfilaram cantando a sorte

Por poderem regressar

 

E no 1º Maio fizeram a festa

Que há muito estava proibida

Não há festa como esta

De chegar à liberdade com vida:

 

“Maio dos bravos,

Maio primaveril

Nascem viçosos os cravos

Do vinte e cinco de Abril.

 

1974

 

Um dia depois

26 de Abril de 2008

 

Este é o meu protesto!

A liberdade está a ficar cercada e os nossos votos de nada servem. Os nossos sonhos viajantes estão a ficar cansados. Onde estão os valores de Abril?

Que futuro podem ter os jovens com trabalho precário?

Serão de facto velhos os desempregados com 40 anos de idade?

Qual a razão que assiste, a quem nos governa, para não respeitarem os compromissos assumidos com os seus eleitores?

Por que fecham os hospitais sem alternativa?

 

Por que razão mudaram as regras da aposentação?

Dizem – Mudamos a regra porque a esperança de vida é agora maior! Será assim? Vejamos!

 

Se nos aumentaram o tempo para alcançar a reforma, é por que nos querem, nos nossos postos de trabalho, até mais tarde.

Nada mais falso! O que querem é reduzir os montantes das aposentações!

É por isso que nos incentivam a ir para a reforma mais cedo. Qual a razão para nos anunciarem a pré-reforma? Não! Estes senhores apenas querem retirar direitos adquiridos e antecipar reformas com penalização.

 

Qual a penalização nos vencimentos dos políticos?

Será que o político tem uma profissão de desgaste rápido?

Onde estão e por onde param esses profissionais quando saem da política?

Será que ainda posso protestar?

 

Ontem fui um dia igual aos outros. Ah! Não é verdade! Ontem ergui o meu copo, do mais sublime néctar, aos militares que me restituíram a liberdade.

 

SEMPRE
ROMASI, desculpem! Dizem que ainda há liberdade,

Sempre,

Rogério Martins Simões

 

 

CHAMARAM-ME COMUNISTA
romasi
Rogério Martins Simões
 
A pouca luz dos candeeiros
escondiam a raiva cerrada
nos dentes dos prisioneiros.
 
Ai se eu pudesse falar
Beijar os seios nus
da liberdade
Ai se pudesse romper
 os cadeados da injustiça
e tingir de sangue
Os lençóis de linho dos cobardes.
 
Por aqui vou andando
meu pai.
Escrevo esta carta
que não irá receber
Carta imaginária 
sem papel ou tinta.
Acabei por confessar
o que nunca pensei!
Acabei por assinar
o que não sei!
 
Chamaram-me comunista!
Que é isso meu pai?
 
1973
 
 
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Catarina


 

 
CATARINA
 (Romasi)
 
 
Trazias no ventre herança
Que legaste cedo demais
Teu filho não foi criança
Catarina!
 
O chão do Alentejo
Produz mais, menina
Pois de o teu lutar
Saiu a semente
Regada com o sangue
Do teu ventre
Catarina!
1973
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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