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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

NAS ONDAS DESTE MAR IMENSO

 

 

 

 

NAS ONDAS DESTE MAR IMENSO

Rogério Martins Simões

 

Um barco de pesca faina ao largo

Alargo os meus olhos para o ver

Nas redes talvez tenha um pargo

Que acabou por não crescer

O barco desliza puxado a motor

O vento avisa:

- Tempestade trás a dor!

 

Agitam-se as águas que estavam calmas

O barco balança,

Balançam as almas…

Nas águas em turbilhão

Amainam as ondas deste alteroso mar

Cintilam estrelas no ar...

Ao fundo da escuridão…

21-11-2011 22:05:27

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Peixe negro...

 

(Fotografia minha)

 

 

Este poema, assinado então como ROMASI, foi escrito por mim em 1968, tinha, então, 19 anos de idade.
Passados 42 anos, face aos sucessivos acontecimentos trágicos no mar, nomeadamente o de hoje em Caminha, leva-me a publicar "PEIXE NEGRO" que fazia questão em não o dar a conhecer.
O Inverno rigoroso, o desemprego, a falta de rendimentos necessários para fazer face às carências dos pescadores, e das suas famílias, não deixa outra hipótese, senão, "fazerem-se ao mar".
Voltam infelizmente as tragédias antigas.
A minha solidariedade, os meus sentidos pesamos às famílias enlutadas.
Lisboa, 03-03-2010 11:30:20
ROMASI
Rogério Martins Simões
 

 

 

 

 

 

(fotografia minha)

 

 

 

PEIXE NEGRO
Romasi
Rogério Martins Simões
 
Os pescadores partem…
 
Os barcos fazem-se ao mar
buscando pão na ventura.
Que frágeis
e inseguros batéis,
são de madeira podre e seca…
De dentro
lançam as redes ao mar,
ao longe há angústia,
lenços negros a acenar!
É tradição...
É tragédia antiga...
 
Lá longe, na praia,
há clamores e choros!
Ao largo pedaços de madeira...
 
Lisboa, Novembro de 1968
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

 

 

 

ESPERA...

 

(Fotografia de Rogério Martins Simões)

 

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Rio de peixe; mar de carne...

 

MECO 2009

 

 

RIO DE PEIXE, MAR DE CARNE…
ROMASI
Rogério Martins Simões
 
Foste ao mar
Aventureiro
Rio de peixe
 
Tragaste o duro pão
Aventureiro
Mar de carne…
 
O mar estava calmo
Aventureiro
Rio de peixe
 
Varreste a onda em vão
Aventureiro
Mar de Carne…
 
Lançaste a rede na bonança
Aventureiro
Rio de peixe
 
Foste pescado…
Aventureiro
Mar de carne…
 
Escutaste o canto da sereia
Aventureiro
Rio de peixe
 
Por que o mar estava irado
Aventureiro
Mar de carne…
 
És bravo, és herói
Aventureiro
Rio de peixe
Mar de carne…
 
Lisboa 1973
 
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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Na encruzilhada do bote

 

 

 

Na encruzilhada do bote
(Rogério Martins Simões)
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Carcomido
Ao vento tempestade:
Bota para cá a sardinha
Alma do diabo.
 
- Diabos as levem
Ondas fortes do Inverno
Que fazem a vida do pescador
Num inferno.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Moço de descarga da sardinha
A vazar
Agora sal!?
Raios te lixem, homem.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Que engoles num trago
A tua vida fiada…
Vão dois copos de tinto?
Diabos te levem
Por mais que esfregues os calos
A tua dor continua…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Figura típica do mar
Faz com tua faca do peixe
Barcaças pequenas
Para a pequenada brincar.
 
.
Participação
 
Zé da Ribeira
Conhecido armador de Lisboa
De barcos para a pequenada
E para o turista morreu!
 
Acontecimento
 
Zé da Ribeira acordou
E numa manhã fria
Olhou o mar
Olhou o cais
E, com a sua mão
Trémula da revolta,
Cravou uma faca no bote…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote
 
24/1/1977
Terminado em 4/8/1977
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 
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Rio de peixe, mar de carne

 

 

RIO DE PEIXE, MAR DE CARNE…
ROMASI
 
 
Foste ao mar
Aventureiro
Rio de peixe
 
Tragaste o duro pão
Aventureiro
Mar de carne…
 
O mar estava calmo
Aventureiro
Rio de peixe
 
Varreste a onda em vão
Aventureiro
Mar de Carne…
 
Lançaste a rede na bonança
Aventureiro
Rio de peixe
 
Foste pescado…
Aventureiro
Mar de carne…
 
Escutaste o canto da sereia
Aventureiro
Rio de peixe
 
Porque o mar estava irado
Aventureiro
Mar de carne…
 
És bravo, és herói
Aventureiro
Rio de peixe
Mar de carne.
 
Lisboa 1973

 

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Na encruzilhada do bote...

 

(Óleo sobre telas de Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

Na encruzilhada do bote
(Rogério Simões)
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Carcomido
Ao vento tempestade:
Bota para cá a sardinha
Alma do diabo.
 
- Diabos as levem
Ondas fortes do Inverno
Que fazem a vida do pescador
Num inferno.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Moço de descarga da sardinha
A vazar
Agora sal!?
Raios te lixem homem.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Que engoles num trago
A tua vida fiada…
Vão dois copos de tinto?
Diabos te levem
Por mais que esfregues os calos
A tua dor continua…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Figura típica do mar
Faz com tua faca do peixe
Barcaças pequenas
Para a pequenada brincar.
 
.Participação
 
Zé da Ribeira
Conhecido armador de Lisboa
De barcos para a pequenada
E para o turista morreu!
 
Acontecimento
 
Zé da Ribeira acordou...
E numa manhã fria
Olhou o mar!
Olhou o cais!
E, com a sua mão
Trémula da revolta,
Cravou uma faca no bote…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote...
 
24/1/1977
Terminado em 4/8/1977
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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