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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Charneca em flor

 

 

 

 

 

 

CHARNECA EM FLOR

Florbela Espanca

 

Enche o meu peito, num encanto mago,
O frémito das coisas dolorosas...
Sob as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago...

Anseio! Asas abertas! O que trago
Em mim? Eu oiço bocas silenciosas
Murmurar-me as palavras misteriosas
Que perturbam meu ser como um afago!

E, nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu burel,
E já não sou, Amor, Soror Saudade...

Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!

 

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Desce a noite...

 

 

 

 

 

Desce a noite…

Rogério Martins Simões

 

Desce a noite

De seda fina

de fino trato.

A lua clama:

que a flama afoite!

Desce a noite!

Cai o pano!

Sobe o tacto…

 

23/9/2007

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Nos espelhos do farol

 

 

Foto de Rogério Martins Simões - Olhares -

 

 

 

NOS ESPELHOS DO FAROL

Rogério Martins Simões

 

Maestro ou actor!

Nada!

Tenho a casa assombrada:

Sofrimentos meus,

Partem em debandada

Em passo de caracol…

 

Virei feitiço!

A minha agitação

É um constante compromisso

Entre a terra,

a lua e o sol…

Sementes de girassol,

Sem agiotas,

Alimentam toupeiras e gaivotas…

 

Estou louco!

Gritei!

Meu rumo é viajar.

Deixem-me levitar,

Açor nas tardes frias,

Nos espelhos de um farol…

 

De degrau em degrau,

Subo e quero ser:

Pássaro nocturno;

Silêncio ou profeta,

Nos confins do arrebatamento.

Vagabundo

das partidas adiadas.

Remador

de uma nave galáctica…

 

 

Toupeiras acenam à despedida.

Gaivotas perdem sementes.

O espanto é de espera…

Subo e vou ser:

Pássaro nocturno,

Silêncio ou profeta,

Argonauta ou asceta,

Nas asas de uma quimera…

 

Praia das Bicas - Meco

02-11-2009 21:38:24

“O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,

 depósito ou qualquer outra formalidade,

artigo 12.º do CIDAC, aprovado pela Lei 16/08 de 1 de Abril”

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CHICO XAVIER 100 anos 2/4/1910 - 2/4/2010 - VOLTEI

 

(Foto de um menino com 3 meses de idade)
Tirada em Lisboa, no dia 7 de Outubro de 1949,
Este menino era eu
Rogério Martins Simões

 

 

SANTA PÁSCOA

 

Esta é a minha homenagem a Chico Xavier

 

100 anos exemplificando no Mundo o Amor a Jesus

 

 

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,

qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"

CHICO XAVIER

 

 

 

 

VOLTEI!

 

(Rogério Martins Simões)

 

 

 

Venho dos limites do tempo

De uma galáxia qualquer

Já fui mar, já fui vento

Agora sou pensamento

Aparado em dado momento

No ventre de uma Mulher!

 

Meu corpo é magistral!

Brutal! Perfeito! Soberbo!

De início não era verbo

Agora sou o verbo ser.

 

Tenho comigo segredos

Segredos do universo

Transporto no corpo recados

Escrevo em forma de verso.

 

Venho dos limites do tempo

Não sei o que fui e sou:

Deserto? Nascente?

Já fui Norte, já fui Sul

Pó astral, mar azul!

Luar, estrela cadente.

 

Eu me vou!

Partirei num cometa qualquer

E serei novamente pôr-do-sol.

Cor-de-rosa, aloendro, malmequer!

 

Voltei...Já cá estou…

Agora sou pensamento

Nascido em dado momento

Do ventre de uma Mulher!

 

23-09-2004 18:39

Aldeia do Meco

 

(Este poema foi gravado em MP3, pelo Luís Gaspar, nos Estúdios Raposo,

 –“Lugar aos novos” – e pode ser copiado seguindo o link no lado direito

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

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Construção

 

 

(Foto de Rogério Simões)

 

CONSTRUÇÃO

Romasi

Rogério Martins Simões

 

Passo a passo,

passo em corrida o cansaço,

lembro como fui construindo

este espaço,

tão pequenino;

troquei um abraço…

esqueci o cansaço:

Era tão lindo o menino.

 

Passo a passo,

acelerei a corrida,

recordo como fui construindo

este espaço;

soltei asas de seda fina,

aparei a vida:

Era tão linda a menina.

 

Hoje, quis Deus

que escrevesse

os únicos passos importantes

da minha vida.

Que importa, sequer,

recordar horas más,

castelos de areia,

que os meus passos

foram deixando para trás...

 

Passo a passo,

Chego ao final da construção.

Malmequer; bem-me-quer…

Eu vi duas flores de algodão!

 

Lisboa, 1987

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

 

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Regato brando...

 

REGATO BRANDO

ROMASI

Rogério Martins Simões

 

Regato brando

corre com vontade

porque a vontade

é a força

dos seres abandonados

e mata a sede...

 

Regato brando

é livre,

e a liberdade

enche de alegria

a relva verdejante.

 

Regato brando

é bravo

porque a resistência

tem a bravura

da força da nascente...

 

Regato brando

é amor.

É por isso, dizem,

que o sol

põe o regato nas nuvens...

 

Regato brando

não temas,

porque a relva verde

e a urze do campo,

na tua presença, sorriem

 

Regato brando

não cedas e corre livre…

 

10/02/1975

(memórias do poeta “Renovação")

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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Inverno

 

 

(foto Rogério Simões)

 

 

INVERNO
Rogério Martins Simões
 
Engrossam as nuvens.
Repartem as marés…
Alongo a mão
chapéu-de-chuva.
Resvalo no chão
húmus nos pés.
O tempo está de chuva
de lés a lés.
 
Bendita sejas
Estação:
Das folhas vencidas…
Das árvores despidas.
Das saias compridas.
Das noites de entrega.
 
Faz frio!
O vinho escorrega…
 
Lisboa 11 de Outubro de 2005
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Se estives por cá faz um sinal...

 

 

SE ESTIVERES POR CÁ FAZ UM SINAL…
Rogério Martins Simões
 
Ergue-se na destreza, sem contratempo,
mesmo em agonia não deixa de pensar,
louca sensação, esta, para viajar,
nos neurónios, por um buraco do tempo…
 
Ah! Este poder de estar aqui, ou ali,
atravessando os confins do imaginário,
por mil léguas separado, ali ou aqui,
de louco, um pouco, e visionário…
 
Nunca te perguntarei por onde andas!
Se estives por cá faz um sinal...
 
Lisboa, 28-02-2010 01:52:50
(Diálogos da Alma e do poeta)

 

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O filho da Calçada - reeditado

 

 

 

O FILHO DA CALÇADA
(Rogério Martins Simões)
 
Eu vi
O Filho da Calçada
Sorrindo de anjo
com os cabelos sujos
da cor do barro.
E o barro
era uma cor
do anjo do céu ...
O sujo é o amor
da gente que passa
Coberta de véu ...
 
E havia estradas
no rosto
das Lágrimas deitadas.
E havia candura
nenhum lado oposto
do cabelo
Cortado à pedrada ...
E as Pedras
Tábuas eram!
E os cabelos
uma almofada ...
O cão uma companhia
Calçada da do filho.
 
Eu vi!
O filho da calçada
Sorrindo de anjo
com os cabelos sujos
da cor do barro ...
 
Lisboa, 29/1/1975
 
(Registado não Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC
Processo n. º 2079/09)
 
 
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Fénix - republicado

 

 

 

 

 

Fénix
Rogério Martins Simões
 
Nestes dias
que passam, a correr,
sem sentir.
Nestes pedaços
de tempo velho
a renascer,
Reaparece a vida:
Nas folhas novas a nascer.
Nas flores lindas por abrir.
Porém,
tudo se acaba por varrer;
todos acabamos por sofrer,
pelo que há-de vir.
E eu que nada sei,
Por nada ser:
Em cinzas irei partir,
e, das cinzas renascer...
 
1/08/2004
 
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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