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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

NUVEM

 

 
 
FELIZ ANO DE 2013
 
Deixo aqui um poema meu inédito desejando a todos saúde e nada de nuvens...
 

NUVEM

Rogério Martins Simões

 

Havia uma nuvem que enfeitiçava,

Distendi as minhas asas e ceguei,

E quanto mais perto dela chegava,

Mais afastado, de mim, eu fiquei.

 

Cheguei a pensar que passava…

Mesmo passando o que passei…

Quando o vento com ela dançava,

Perdido, de mim, não mais me achei.

 

Pela calada da tarde desaparecia…

Era tarde e tão cedo que nem via

Que o silêncio, na noite, madrugava…

 

E quando a noite adormecia vestida,

Lamentando a minha triste vida,

No revés dos seus olhos chorava.

 

CAMPIMECO, Meco 10-09-2012 16:14:41

 

 
 
 
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ZUMBIDO (Reeditado)

ZUMBIDO

Rogério Martins Simões

 

Lá fora,

No colar da escuridão,

Percute o vai e vem

Das ondas do mar.

 

Mandei calar o vento

E o mar amainou.

 

Pedi silêncio à coruja

E ela acordou.

 

Veio o mocho

E acabou por anuir.

Lá fora

a noite nem é de grilos...

e não consigo dormir!

 

Aqui, nos meus ouvidos,

Um zumbido ruidoso

Corrompe este pacto de silêncio.

 

Amanhã,

Ordenarei ao mar

E ao vento,

Ao mocho, à coruja

E ao sino do templo,

Que não deixem silenciar a noite.

 

A minha noite

Não é só de grilos...

Espasmos dolorosos pulsam

E não me deixam sossegar.

 

Lisboa, 07-02-2010 22:36:39

(Diálogos da alma e do poeta: diário de um doente de Parkinson)

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Volto a sacudir os olhos na escrita

VOLTO A SACUDIR OS OLHOS…

Rogério Martins Simões

 

Volto a sacudir os olhos na escrita.

Por agora tenho o caderno e a mente.

Tenho tudo para ser feliz

Por ora

 

Uma criança chora!

Chora, não sei.

Chora sempre!

Deram-lhe tudo para ser feliz…

Quem mente?

 

As ondas varrem a cidade

Que flutua

Num extenso areal adornado de adereços…

 

Volto ao caderno.

Não escrevo!

Ligo palavras, sílabas.

Que sílabas?

Tinha tudo para ser feliz,

Por um tempo inútil,

Onde tudo não passou

De uma forte gargalhada de dor.

Doem-me as palavras rasgadas,

Tramadas.

Dói-me esta dor que se expande num tempo

Que me tinham reservado para ser feliz.

 

Sigo no tempo

Ou pegarei no tempo a tempo?

Que sinto?

Alguém falou?

Alguém deu nas vistas?

As vistas curtas confundem as próprias vistas!

Não viste nada. Desandas!

 

Se ando por fora dos papéis voo nas vistas.

Se conseguisse andar daria nas vistas…

Estou sentado numa cadeia de ferros

Tenho o caderno afundado numa teia de ferro.

A ferro e fogo.

Já fui fogo.

Água e gelo

Gelo os meus pensamentos…

Que faço destas mãos?

 

Levaram as sementes do meu campo de trigo

Trinco sementes de girassol

Neste cantar de desabrigo…

Estou fechado no prédio móvel…

Que é meu corpo.

Que dilema:

Perdi as forças;

E estou num colete-de-forças…

 

Volto a olhar para dentro,

Olho o meu corpo,

Conheço a idade do meu corpo,

Não estou mal para a sua idade…

Que idade tenho?

 

Quero fugir de mim

E dão-me dose dupla…

Se conseguir sobreviver

Saberei viver?

Viverá quem já não goste da vida?

Que vida?

Fechada neste cadeado?

 

Movimenta-me a dose dupla,

Volto a andar:

Subo o patamar da mente;

E desço de andar na escrita…

 

Poucos Metros me afastam da meta

Onde já fui primeiro…

Voa, atleta

Poeta

De corpo inteiro!

 

Meco, 12 de Julho de 2009

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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