A pensar em ti
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TEU CORPO AUSENTE
(
Jogo meus braços
Entrelaçados de nuvens.
Beijo o ar
E o travesseiro de lã.
Quebro o silêncio da cama
Num ranger de molas.
Abro náuseas de prazer
E percorro
Em volúpia arrepiante
Teu corpo ausente.
20 de Janeiro de 1974
(MEU CHÃO ÉS TU, MEU LINDO AMOR)
(Óleo sobre tela da minha linda companheira Elisabete Sombreireiro Palma)
MEU CHÃO
Rogério Martins Simões
(mote - meu chão)
Soltei meu versos, asas de condor,
Paixão não rima com dor
Meu chão és tu, meu lindo amor
Tenha a mão presa num cordel
Parkinson só rima com dor
Meu chão és tu, meu lindo amor
Tombei, caí, senti o chão…
Que seria de mim sem tua mão
Meu chão és tu, meu lindo amor
Agarro o verde esperança de papel
Ando nas cores arco-íris dum pincel
Compaixão?
Meu chão és tu, meu lindo amor.
Soltaste minha corda, minha mão
Ao peito a levaste em oração
Meu chão?
Meu chão é teu chão oh lindo amor!
Lisboa, 15-02-2007 23:59
(Escrito agora para a ciranda Poetrix “Meu Chão”)
(foto Padre Pedro - Prior da Pampilhosa da Serra)
LACRADOS DESEJOS
Há mil beijos
De esperança
Egoisticamente perdidos
Nas arenas da lembrança
Que se escapam pelas portas
Lacradas dos desejos
Em mil cadeados de vantagem
-De amante -
Que se quebram
Nesta amarga coragem
Em teus braços..
– Agonizante…
6/1974
Em poemas que te fiz
Em poemas que te fiz,
naqueles tempos de outrora
não via teu rosto…
somente sonhava…
Nesse tempo
em que eras sonho
o tempo esvoaçava
E eu fugia com ele….
Agora, encontrei-te
num novo poema!
e vi teu rosto!
Conheci-o!
E versei a tua imagem!
Imagina só como és bela!
Mais feliz quem belo ama.
E foi o poema que te encontrou
Quando tu juraste amor…
Não eras sonho ou imaginação!
E, num rasgo de poesia
Versei-te o coração.
7/01/1968
( Óleo sobre tela ELISABETE MARIA SOMBREIREIRO PALMA)
VEM! PORQUE ESPERAS
Rogério Martins Simões
Ode porque esperas?
Se a espera muito pesa
Pesa a incerteza
Desilusões, quimeras…
Porque esperas?!
Regressaram os cercos
Cercados de utopia
Volta! Se não vens
Desgarra o pensamento
Algemas no olhar?
Viaja livre no momento
Eis de novo a divagar:
Relvei estas palavras
Flori na tapada
Meu nome é poema
Filho do verso
E no reverso
Quem diria?
Pervertes tudo!
Nada…
É só poesia…
Lisboa, 3 de Outubro de 2005