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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

CUMPLICIDADES

 

 

Cumplicidades

(Rogério Martins Simões)

 

Observei-te, estavas, linda!

Bonita, como a rosa em botão!

Não te toquei estavas ainda

Longe no teu olhar - eu não!

 

Afinal não te era indiferente.

Mas, enfim, lá por dentro vias

Que havia em mim algo diferente

Nos locais para onde ias.

 

Para compensar o tempo ido

Prometias em pensamento

Recuperar o tempo perdido

À força de um sublime momento.

 

Amor! Estavas tão linda

Bonita como a rosa em botão

Não te toquei, estavas ainda

Perto do meu olhar - tu não!

 

Finalmente teu coração reparou

E descobriste que eu existia

Teu amor em mim encontrou

E… foi tão lindo esse dia.

 

E foram tão longos os abraços,

Carentes, infinitos e diferentes.

Foram estes os nossos laços

Afinal não éramos indiferentes…

 

2003

(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)

E colectânea de poemas”INDEX-POESIS”

(ISBN 972-99390-8-X e Depósito Legal 249244/06)

 

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.P. –

Processo n.º 2079/09)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Fui ver o meu lindo amor

 

 

 

FUI VER O MEU LINDO AMOR

José Augusto Simões

 

Fui ver o meu lindo amor

Apanhar uvas na vinha

Não querendo eu rumor

Do rumor que eu não tinha.

 

O meu amor sem desprimor

Era o primeiro da linha

Trabalhava com vigor

Não a queria ali sozinha.

 

Não se pode sair da aldeia

O povo não tem ideia

Dos defeitos que ele tem…

 

O povo diz mal dos outros

Que os seus erros são poucos

Mesmo os tendo também.

Lisboa, 6/8/2011

 

(Quero dar a conhecer um poema do meu querido pai, (meu mestre de poesia) José Augusto Simões,

que nasceu a 20 de Maio de 1922, no lugar da Póvoa, Pampilhosa da Serra.)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Mocidade

 

 

(Museu de Messejana, Alentejo)

 

 

MOCIDADE
Rogério Martins Simões
 
Se ao menos tu
Me dissesses qualquer coisa…
Pudesses falar comigo
Como falavas outrora…
Se ao menos eu te visse agora…
Talvez me visses de sacola,
Num quadro qualquer de loisa,
A escrever de novo na escola.
 
Mas não!
Partiste mais cedo…e eu quedei
Com a mesma ternura de outrora,
Carregado de riscos por fora
Para aqui envelhecendo fiquei!
 
Mas…
Se eu te pedisse para voltares
Seria de novo menino!
Prometia não ficar traquina,
Travesso, endiabrado, irrequieto.
 
Volta!..
Eu espero!
Prometo que não serei
Tudo o que não fui e não quero!
 
07-08-2004 11:08
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

 

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A MUSA, O SONHO E O POETA - trilogia poética.

 

   

(Óleo sobre tela - 2007 -

Elisabete sombreireiro Palma)

  

Com a publicação do soneto “A musa, o sonho e o poeta” termino esta trilogia poética iniciada em 2009. Agradeço mais uma vez ao Luís Gaspar ter dado voz ao primeiro destes 3 sonetos. Dou também a conhecer 3 quadros da minha querida e solidária companheira Elisabete Sombreireiro Palma Deixo-vos com a pintura da Elisabete e com a minha poesia. Sejam todos muito felizes,

Rogério Martins Simões

 

  

TRILOGIA POÉTICA
 
A MUSA, O SONHO E O POETA
 
I
 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
 

 


 

(óleo sobre tela 2009

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

 

II

 

BORDANDO SONHOS
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me desnudei ao luar.
Ao amor me doei branca e pura.
E quando te encontrei no olhar,
Juntei o luar ao sonho na ventura.
 
Teus olhos não os deixes cegar!
Deixai olhar inocente candura.
Os sonhos conseguem triunfar!:
Na eternidade o sonho perdura.
 
Percorre o teu olhar todo o meu ser.
Feitiço tem o coração!, quer ser teu!
Glória tem teu sonho agora meu…
 
E se não solto os fios para te ter,
Cega fico, se em mim não te sentir,
Bordo sonhos e não te deixo partir!
 
Lisboa, 15-01-2009 22:48:22
 
 


 

(Óleo sobre tela 2008

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 

III
 
A musa, o sonho e o poeta
(Rogério Martins Simões)
 
Estreita o espaço, abraça e não beija.
Vejo o luar no teu caminho errante…
Não irei recordar se tiver de amante,
Não quero acordar! O sonho voeja!
 
Adorno o sonho, no sono, incessante.
Afasto o meu olhar! Devaneio seja!
Poeta não serei, se te vir de mirante,
Musa serás!, em meus versos te veja.
 
Baila! Canta comigo! Vamos dançar!
Nos versos que me dás, para eu te dar.
Glória por ser minha a tua inspiração.
 
Soltam-se fios de seda, de seda fina,
Bordando versos num barco à bolina.
Os poemas são teus! Minha alma não!
 
Lisboa, 21-01-2009 22:30:15



 

COPIE AQUI OS POEMAS GRAVADOS

LUÍS GASPAR

Estúdios Raposa 

 

 

 

  • EM SONHOS ME DEPENDUREI NO LUAR

     

  • CARROSSEL

     

  • VOLTEI

     

    PODCAST

     

  • Rogério Martins Simões

  • Poemas de amor e dor conteúdo da página

    BORDANDO SONHOS

     

    (Óleo sobre tela

     

    Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

     

     
    EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
    Rogério Martins Simões
     
     
    Em sonho me dependurei no luar.
    O luar quis acordar os nossos cios.
    Ali estavas, desnudada no meu olhar,
    Encandeando meus olhos luzidios.
     
    Os sonhos soçobram ao acordar…
    O luar distende o sonho em atavios.
    Ai!, sereia espraiada no meu mar
    Esperando as águas dos meus rios…
     
    Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
    Antes cego, que acordar e não ter,
    Do que ver, e não ter o que vias….
     
    Prendo, no sono, o sonho para te ver
    Fico cego se em mim não te sentir
    Fios de seda - não te deixem partir!
     
    Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
     
     
    (Poema dedicado a Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
     
     
    OIÇA AQUI!!!! Este poema na voz de LUÍS GASPAR dos ESTÚDIOS RAPOSA!
     
    Amigo Luís Gaspar muito obrigado!
     
     

     

     


     

    (Óleo sobre cartão

    Elisabete Sombreireiro Palma)

     

     

     

    BORDANDO SONHOS
    Rogério Martins Simões
     
     
    Em sonho me desnudei ao luar.
    Ao amor me doei branca e pura.
    E quando te encontrei no olhar
    Juntei o luar e o sonho na ventura.
     
    Teus olhos não os deixes cegar!
    Deixai olhar inocente candura.
    Os sonhos conseguem triunfar
    Na eternidade o sonho perdura
     
    Percorre o teu olhar todo o meu ser
    Feitiço tem o coração!, quer ser teu.
    Glória tem teu sonho, agora meu…
     
    E se não solto os fios para te ter,
    Cega fico, se em mim não te sentir,
    Bordo sonhos e não te deixo partir!
     
    Lisboa, 15-01-2009 22:48:22
     
    Poema dedicado a três amigos, dois dos quais grandes poetas, que directamente são responsáveis por não ter rasgado a poesia que escrevo.
    ERMELINDA TOSCANO – Poetas Almadenses (responsável por ter tirado a poesia da gaveta) OBRIGADO!
    EFIGÉNIA COUTINHO - Poeta que tanto admiro e estimo. Responsável pela divulgação da minha poesia no Brasil através do seu conceituado site.
    ARMANDO FIGUEIREDO – Mestre da poesia (Daniel Cristal)
     
    Finalmente a todos aqueles que visitam este blog e me incentivam a continuar.
    Obrigado a todos
    Rogério Martins Simões
     
    Poemas de amor e dor conteúdo da página

    Vestígios...

     

     

     

    (Óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

     

     

     

    VESTÍGIOS…
    Rogério Martins Simões
     
    Por vezes faço as pazes comigo,
    Sem-abrigo, viajante diurno,
    Durmo ao leme, embarco e sigo,
    Ponho a minha alma de turno…
     
    Meus medos são cerejas fingidoras
    Que se me enrolam nos dedos.
    Meus dedos são janelas voadoras
    Que esconjuram os medos.
     
    Não quero esticar a corda…
    Sigo em frente sem enredos.
    Cem segredos a minha alma recorda:
    Hoje sou um rio sem rochedos.
     
    Cega viajo! Sem tempo acorda.
    - Acorda! É dia e a noite remonta!
     
    É estranho viajar de dia!
    Prefiro as noites cegas
    Sem guia…
    Que não têm regras.
    Hoje sou um farelo amadurecido!
    Um tempo de milho
    Bem-parecido…
    Mas só a noite me encontra!
     
    23-10-2006
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    O FILHO DA CALÇADA...

     

     

     

    O FILHO DA CALÇADA
    (Rogério Martins Simões)
     
    Eu vi
    O filho da calçada
    Sorrindo de anjo
    Com os cabelos sujos
    Da cor do barro.
    E o barro
    Era a cor do anjo do céu…
    O sujo é o amor
    Da gente que passa
    Coberta de véu...
     
    E havia estradas
    No rosto
    Das lágrimas
    Deitadas.
    E havia candura
    No lado oposto
    Do cabelo
    Cortado à pedrada…
    E as pedras
    Eram tábuas
    E os cabelos
    A almofada.
    O cão a companhia
    Ao filho da calçada.
     
    Eu vi
    O filho da calçada
    Sorrindo de anjo
    Com os cabelos sujos
    Da cor do barro.
    29/1/1975
     

     

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    No relevo do campo

     

     

    (Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

     

     

     

     

    NO RELEVO DO CAMPO

    Rogério Martins Simões
     

    No relevo do campo

    Na giesta do mato

    Tu te deitas
    Eu me tardo
    Tu te despes

    E meu peito se quebra

    Num soluço virgem

    Num bater profundo

    Como se todo o gesto

    Percorresse o próprio gesto

    Como se todo o silêncio

    Fosse o próprio silêncio.

     

    No relevo do campo

    Na giesta do mato

    Tudo parece acabar

    Como que no chão

    Tudo morresse.
     
    Não!

    As flores irão florir

    Porque eu terei a força

    De as despir.
    E do meu gesto

    Renascerá o próprio gesto.

     

    No relevo do campo

    Na giesta do mato

    Tu me chamas
    Eu me dispo
    E num gesto
    Cavo o chão
    Entro nele
    Para bem fundo

    Fecundar a terra

    E florir na Primavera.
     
    12/02/1979

    Poemas de amor e dor conteúdo da página

    MÃE

     

     

     

    Mãe que não aprendeu a ler

    mas sabe sempre os meus ais

    Mãe que cedo lutou para ter

    O tanto que nos deu e me dais

     

    E depois de si minha mãe?

    Quando um dia me faltar

     não a tiver a acariciar

    Este pedaço de si também!

    De si, minha querida mãe.

     

    Mãe!  

    Passe-me as suas mãos pelo peito

    Que este seu filho perdeu o jeito…

    nem as estrelas consegue agarrar…

     

    Um beijo minha querida mãe,

    Lisboa, 4 de Maio de 2008

    Seu filho,

    Rogério Martins Simões

     

     

     


     

     

     

    FOI NUMA MADRUGADA DE JULHO

    Rogério Martins Simões

     

    Foi numa madrugada de Julho

    Quando as estrelas

    se juntaram nos céus,

    quando o sol teimava

    em não arrefecer a noite,

    e a lua irradiava

    confundindo

    as mãos dos namorados…

     

    Andara embalado

    no colo de minha mãe.

    E ouvia serenamente

    Na fusão das águas

    O canto ameno

    que me embalava.

     

    -Lembra-se minha mãe

    dos pontapés

    que eu lhe dava?

     

    -Recorda-se minha mãe

    de me ouvir chorar,

    Quando sem ver

    me reconfortava

    Passando docemente

    a sua mão na barriga.

     

    Ai como eu me sentia feliz

    com as suas carícias.

    Ai como era feliz

    escutando o seu cantar.

     

    Foi numa madrugada de Julho

    Quando a lua espreitava

    Quando a mãe terra

    me chamava,

    Rompi as águas,

    E tinha à espera estrelícias

    Majestosamente

    espalhadas

    por seu corpo…

     

    Foram tempos luminosos

    quando a natureza me pariu

    E me trouxe de volta os olhos

    com que abracei, de novo, o Sol.

     

    Lisboa, 29 de Janeiro de 2007

     

     

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    Recuperei o meu olhar

     

     

     

    (Óleo sobre tela - Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
     

     

     

     

    Recuperei o meu olhar
    Rogério Martins Simões
     
    Seguia pela berma da estrada,
     Sem ver, sem olhar o caminho:
    Quem olha e não dá por nada,
    Nada lhe serve andar sozinho.
     
    O sol feria queimava os olhos,
    Meus olhos ficaram sem ver:
    Quem olha e não vê escolhos…
    Nada serve bons olhos ter!
     
    Minha sombra avelhantada
    Nesse dia protestou com tino:
    Andamos a avelhar na estrada,
    Por quê andar sem destino?
     
    Percorri caminhos? Não sei!
    Aonde estive? Para onde vou?
    E foi ao meio-dia que notei,
    Que até a sombra me deixou…
     
    Veio a noite e fui descansar!
    De noite sombra não nos falta…
    Adormeci sem as estrelas e o luar
    Acordei quando a tarde já ia alta.
     
    Veio o pôr-do-sol e o alvorecer.
    A estrela maior saiu ao caminho:
    - Que prazer em te conhecer!
    Não te vou deixar sozinho!
     
     
    Nem sombra nos olhos notei…
    Só! Nem minha alma gostou!
    E na luz dos teus olhos achei
    A luz que um dia me deixou!
     
    Lisboa, 17-04-2008 22:23:46
     
     
     
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    amrosaorvalho.gif

    MEIO HOMEM INTEIRO
    Rogério Simões
     
    Meia selha de lágrimas.
    Meio copo de água
    Meia tigela de sal
    Meio homem de mágoa.
    Meio coração destroçado
    Meia dor a sofrer.
    Meio ser enganado
    Num homem inteiro a morrer.
    11/4/1975

    Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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