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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Fala-me de amor

FALA-ME DE AMOR

(Rogério Martins Simões)

 

Fala-me de amor - disseste,

quando nos recantos dos jardins

as barreiras nos impediam de pisar a relva.

 

Rompiam as memórias

e um ligeiro vento

arrastava as folhas secas do velho plátano.

Era tão tarde…

e ainda agora despontavam as histórias...

 

Olhei sem desvario.

Antes, quando me debruçava no teu peito,

eras rio,

eras só rebuçado!

E trazíamos nos pés alpercatas,

com asas,

que reluziam por cima dos muros

e o chão era mais leve que o algodão…

 

Sabes?

A cidade fede devaneios

e as árvores crescem nos telhados das casas.

Não te vou falar de amor, não!

Reservo para mim as sensações dos velhos tempos.

Agora, restam umas quantas folhas que vêm ter comigo:

Somos dois silêncios!

Dois estranhos castanheiros perdidos na cidade…

01-02-2006.

 

 

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Nuvens na minha alma

 

 

NUVENS NA MINHA ALMA

Rogério Martins simões

 

Caminho por nuvens que atravessam a minha alma.

Quem as não dispersou?

Quem as encaminhou para mim?

Agarro as estrelas e domestico o universo.

Tenho a alma num verso

E a chuva no colarinho…

Caminhar já é bom… Caminho!

 

Tenho um mastro para vencer.

Ardem-me os olhos só de espreitar.

Para quê mais sofrer,

Se todos os encantos não se agitam assim.

Não! Não quero prantos:

Para que, nem só na dor,

se recordem de mim.

25-07-2010 15:10:34

 

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

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A minha poesia de homem solto...

A MINHA POESIA DE HOMEM SOLTO

Rogério Martins Simões

 

Lancei ao vento,

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto.

E colhi, por cada palavra,

A aragem fresca da manhã.

E disse-me “suor do campo”:

-Toma o meu pólen de flor liberta

E compartilhemos o saco da fruta madura.

 

Lancei ao vento,

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto.

E tomei, de madrugada,

O “mata-bicho” em fato-macaco.

E disse-me o sujo de fábrica:

-Toma o arado,

A faca por mim feita,

E comeremos também

a fruta madura.

 

Lancei ao vento

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto,

E colhi por cada palavra,

Na palavra, a onda calma.

E disse-me o mestre da traineira:

- Toma esta rede!

- E come também

este cardume de vida,

Tão cheio dos nossos mortos,

E repartamos o saco da fruta madura.

 

Lancei ao vento

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto,

E colhi em toda a palavra

Um estilo novo;

Numa amizade velha…

E, num arranha-céus da construção civil,

Petiscámos todos:

O peixe vivo.

A carne fresca.

A fruta madura.

O mosto da uva.

Servidos pelo pólen da poesia livre

Colhendo a cada instante

A união do trabalho das forças produtivas.

 

Deixo-vos aqui

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto…

 

1984

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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Asas inseguras...

 

 

ASAS INSEGURAS

Rogério Martins Simões

 

Era triste a triste violeta,

Morava perto do jardim,

O jardim fechava às oito,

A violeta pegava às vinte…

 

Asas aladas e inseguras,

Andava de mão em mão,

Vendia falsas ternuras

Quem lhe daria o condão…

 

Tinha o passado às escuras.

O presente era um vulcão…

Perdeu as espigas maduras,

Deitou fora o coração.

 

Era triste a triste violeta,

Morava perto do jardim,

O jardim abriu às oito

 A Violeta partiu às vinte…

 

Praia das Bicas – Meco 01-10-2011 00:54:26

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Um púcaro de saudade...

 

UM PÚCARO DE SAUDADE…

Rogério Martins Simões

 

Regressei à velha casa da aldeia.

E o trinco da porta sorriu…

Entrei!

A mesa ainda estava posta…

Era uma caixa de silêncio…

 

No meu lugar vazio havia

Um prato, um talher

E um corpo longínquo…

 

Tinha sede…

Procurei o púcaro da saudade…

Então,

Uma mulher adelgaçada

Colocou a rodilha à cabeça,

Abraçou o cântaro;

Pegou-me pela mão;

E partimos para a fonte…

Meco, 27-09-2011 15:54:52

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Sonhos doces...

 

 

 

SONHOS DOCES

Rogério Martins Simões

 

 

Mãe, quando é Natal?

 

- Meu filho, hoje é dia de Natal!

 

Mãe; o Menino não veio, onde está a minha trotineta?

 

- Meu filho; Ele deixou-te um presente, no sapatinho, dentro da chaminé!

 

Mãe; eu pedi uma trotineta igualzinha à dos outros meninos!

 

- Meu filho; as meias fazem-te falta,

 

E, a mãe, tem “sonhos doces” para ti!

 

Mãe; Para o ano o Menino vai pôr a trotineta no sapatinho?

 

Sim meu filho!

 

Prova os sonhos!

 



 

Avô, quando é Natal?

 

- Netinho, hoje é dia de Natal e a bisavó fez-te sonhos!

 

Avô, o Pai Natal não veio, onde está o jogo que pedi?

 

- Netinho, ele deixou-te muitos presentes e, até, uma trotineta…

 

Mas, avô, não era aquele jogo que queria e para que serve a trotineta?

 

Avô; vais trocar o jogo, não vais?

 

- Sim netinho!

 

Saboreia agora os sonhos…

 

(Diálogos da alma e do poeta)

 

Poemas de amor e dor

 

Feliz Natal, e “sonhos doces” para todos vós,

são os votos sinceros deste vosso amigo,

Rogério Martins Simões

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Ceifeira campo de trigo a crescer

 

 

 Messejana

 

 

 

Ceifeira campo de trigo a crescer
(Romasi)
Rogério Martins Simões
 
Há terra lavrada
E vida nas ceifeiras.
Há trigo desejado
Em cada espiga cortada:
Nasceram os filhos
Às ceifeiras!
E ouvem-se pelos montes
Cantos da esperança
Por cada nova jornada:
Cantem!
Porque chora uma criança.
 
Há terra lavrada
E vida nas ceifeiras
Haja alegria
Pois a espiga doirada
Deu mais trigo à jornada.
Viva o trigo a crescer
O povo a viver
Pois em cada espiga cortada
Há uma força redobrada
Da natureza a parir.
Viva! A espiga doirada
De trigo a sorrir.
 
1976
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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