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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Vieram de longe

 

 


 

 

(Capela da Póvoa - Pampilhosa da Serra) 

 

 

 

 

 

Vieram de longe
Rogério Martins Simões
 
Vieram de longe de onde se avista a pinha!
De olhos esperançados e o rosto enrugado,
Com rugas do cansaço de trabalho na mina.
Sempre por perto porque longe fica ao lado…
 
Vieram para Lisboa para perto da linha:
Que os viu chegar no comboio apinhado.
Estrangeiros na sua terra; que estranha sina,
À procura de trabalho mais remunerado.
 
Trabalhavam, sol a sol, qual terra prometida.
Visitavam a aldeia já cansados da vida,
Onde colhiam os cachos e faziam o vinho…
 
Esventraram montes e derrubaram as colinas…
Construíram as pontes, cruzaram as esquinas!
E regressaram às aldeias no final do caminho…
 
2004-04-23
(Aos meus pais)
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Elevo o espírito

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

Elevo o espírito
Rogério Martins Simões
 
Elevo o espírito! Tenho os olhos perto,
Só o pensamento não o sente tremer,
Entoo, num canto, um canto encoberto,
O que a tremura não me deixa fazer.
 
Volto à poesia na catarse que liberto.
Chegaste, assim, ao impasse quefazer?
Desdobro e retomo o amanhã incerto:
Faço de conta que se vive sem viver?
 
Aperto as minhas mãos para as libertar,
Vejo-as estremecer! Já não sabem parar.
Salva-me poesia, não me deixe ficar mal.
 
Volta poesia, pois de chorar tudo chorei.
Volta! Que na dor, pela dor não morrerei.
Quanta melancolia têm estes olhos de sal!
 
Meco, 09-07-2007 20:03
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Sudão

 

 

 

 

DARFUR - SUDÃO

Rogério Martins Simões

 

Era uma noite, tão noite,

nem uma só luz existia,

as velas, acesas, não brilhavam.

Lá fora nem luar havia…

 

Metia medo!

Ninguém dizia!

Ninguém murmurava…

O silêncio era gélido!

Esperavam o dia,

e os corações sangravam…

Medrosa agonia,

Metia medo!

Ninguém diria…

 

Vieram os cavaleiros de negro…

Despedaçaram as portas!

Violaram! Mataram!

Derramaram o sangue!

Verteram-se as lágrimas!

Levaram os moços!

Incendiaram o chão!

Queimaram os corpos em pira!

Envenenaram os poços!

E partiram sedentos de ira!

Que tragédia é essa - Sudão?

 

Voltou o dia!

Fez-se noite!

Viram-se de novo as estrelas!

Que é do teu povo Sudão?

4/4/2005

(Dedicado a João Paulo II)

 

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Repliquem os sinos do meu coração

 

(Óleo sobre cartão

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 
Repliquem os sinos do meu coração
Rogério Martins Simões
 
Quisera eu ser um papagaio de papel,
Nas palavras que escrevo por lembrança.
Que voasse livre sem cordel,
No arco-íris da minha esperança...
 
E se eu o subisse em corcel,
Com a alegria de uma dança,
Deixando para trás todo o fel,
Do sofrimento injusto que me cansa.
 
Repliquem os sinos do meu coração!
Acordem os sentimentos da minha ilusão.
Será que a esperança de facto existe?!
 
Existe e estou certo do incerto fim,
Pois certo é eu estar certo assim,
Se o futuro não for melhor e menos triste.
 
5/5/2004

 


 

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    MEIO HOMEM INTEIRO
    Rogério Simões
     
    Meia selha de lágrimas.
    Meio copo de água
    Meia tigela de sal
    Meio homem de mágoa.
    Meio coração destroçado
    Meia dor a sofrer.
    Meio ser enganado
    Num homem inteiro a morrer.
    11/4/1975

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