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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

LIBERDADE (Dedicado ao poeta José Carlos Ary dos Santos)

LIBERDADE

Rogério Martins Simões

 

Quando as manhãs, as tardes,

e as noites escondiam,

 desesperados esperámos,

não chegavas,

e de ti nada sabíamos...

 

Foram tão longas as noites

do tamanho dos dias,

que nos esquecemos do sol

na esperança que vinhas.

 

Foi por ti que chamámos,

e de luto, lutando, morreríamos.

Foi por ti que gritaram,

aos que antes da morte

 a morte pediram...

 

E depois de tanto tempo,

em que o tempo silenciado

e o desânimo quase vencia,

tu vieste de novo,

com mais idade,

aos olhos do dia.

 

Nossos olhos abertos

quase cegos ficaram,

quando as portas cerradas

e os cimentos caíram...

 

Era tarde e tardaste

quando finalmente chegaste

na mais linda primavera

que me recordo que vira...

É por ti que de felicidade

te chamo sem ira...

 

LIBERDADE!

 

Lisboa, 02-03-2010 17:48:32

 

Dedicado a José Carlos Ary dos Santos

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

É TARDE AMOR

É tarde amor

Rogério Martins Simões

 

Todos os dias quando me deito,

E às vezes quando te acordo,

Sem jeito,

Corre em mim um deleito

Que nos faz

Amanhecer mais tarde…

 

São ternuras e tantas,

Neste coração que arde,

Que afinal me traz

A sede de te ver acordada.

Deleite

 

É tarde amor!

 

Mas os sentidos são tantos,

E as viagens tão curtas,

Que as loucuras são mágoas

De não te ter há mais tempo.

 

Acorda mesmo assim,

Esquece a dor!

Deixa correr os sentidos

De não sentir mais nada,

Deixa-nos vaguear perdidos,

E respirar quase tudo.

 

E neste meu frenético sentir.

Neste nosso coração que arde.

Não vais finalmente dormir,

Pois vamos acordar mais tarde...

98/09/07

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

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UM PÚCARO DE SAUDADE... O VÍDEO

UM PÚCARO DE SAUDADE…

Rogério Martins Simões

 

Regressei à velha casa da aldeia,

Procurei a chave que nunca serviu

E à luz da velha candeia

O trinco da porta sorriu…

 

Espreitei!

A mesa ainda estava posta…

No meu lugar vazio encontrei:

Um prato, um talher desirmanado

E um corpo longínquo…

 

Mesmo ao meu lado,

Tal como a tinham deixado,

Estava uma caixa de silêncio…

 

Tinha sede…

Procurei no prego enferrujado

O púcaro da saudade…

Então, uma mulher adelgaçada

Abraçou o cântaro;

Pegou na rodilha,

E partiu para a fonte…

Meco, 27-09-2011 14:54:00

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A minha poesia de homem solto...

A MINHA POESIA DE HOMEM SOLTO

Rogério Martins Simões

 

Lancei ao vento,

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto.

E colhi, por cada palavra,

A aragem fresca da manhã.

E disse-me “suor do campo”:

-Toma o meu pólen de flor liberta

E compartilhemos o saco da fruta madura.

 

Lancei ao vento,

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto.

E tomei, de madrugada,

O “mata-bicho” em fato-macaco.

E disse-me o sujo de fábrica:

-Toma o arado,

A faca por mim feita,

E comeremos também

a fruta madura.

 

Lancei ao vento

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto,

E colhi por cada palavra,

Na palavra, a onda calma.

E disse-me o mestre da traineira:

- Toma esta rede!

- E come também

este cardume de vida,

Tão cheio dos nossos mortos,

E repartamos o saco da fruta madura.

 

Lancei ao vento

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto,

E colhi em toda a palavra

Um estilo novo;

Numa amizade velha…

E, num arranha-céus da construção civil,

Petiscámos todos:

O peixe vivo.

A carne fresca.

A fruta madura.

O mosto da uva.

Servidos pelo pólen da poesia livre

Colhendo a cada instante

A união do trabalho das forças produtivas.

 

Deixo-vos aqui

O meu pensamento emigrante,

A minha poesia de homem solto…

 

1984

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR - O VÍDEO



 

 

 

EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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CARROSSEL - QUISERA ANDAR DE CARROSSEL

 

QUISERA ANDAR DE CARROSSEL
Rogério Martins Simões
 
Quisera andar de carrossel
Com um sorriso de criança que ri
Rosto rebuçado, melaços de mel
Laivos da festa que resta em ti…
 
Num dedo prendo o balão,
Com outro seguro o corcel
Soco a bola com a mão
As mãos, o rosto e a testa
Besunto-me todo com mel.
 
Solta-se dos dedos o balão
Que voa a caminho do céu
-Mãe! Vai-me apanhar
Um sorriso igual ao seu…
 
-Meu filho a mãe não sabe!
Ler, nunca aprendeu:
A mãe vai procurar
O balão que se perdeu…
 
-Mãe que sabe escutar,
Meus choros em seu coração
Abençoada o seja minha mãe
Por tudo o que foi e me deu!
 
Rodopiam as lembranças da festa
Pára o movimento ondulante
Sujo-me de novo a cada instante…
Sem rebuçados com sabor a mel
Mas… Brinquei tanto no carrossel….
 
2005-10-20
 
Este poema está aqui gravado e declamado por Luís Gaspar
 
 
 

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Tertúlia na Tasca junto ao hotel e ao palácio de queluz

 

 

CONVITE

 

HOJE, dia 2 de Abril de 2008

Das 18,30 às 21,30

 

(local encontro em frente ao Palácio de Queluz, 18,15 horas)

 

ORGANIZADORES

 

Grupo de Teatro Som das Letras do

Ginásio Clube de Queluz

APOIO: Junta de Freguesia de Queluz

 

TERTÚLIA NA TASCA

 

POETAS     *     TROVADORES

CONTADORES DE HISTÓRIAS  

QUARTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2008

DAS 18h30 ÀS 21h30

_______________________________

                    

“Abril Solidário”

para com o poeta Rogério Martins Simões

_______________________________________

I – APERITIVO:

Apontamento Épico

 

II – “HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE QUELUZ”

por Pedro Paulo

 

III – POETA NA TASCA

Rogério Simões Martins

 

IV – TROVADORES[1]

 

José Baião Santos e Eduardo Abrantes

V –  Espaço livre do dizer:

“ABRIL VERSOS MIL”

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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