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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Baile

BAILE

Rogério Martins Simões

 

Foi numa tarde que tardava,

Quando nem esperança havia,

O meu olhar ao teu se colava,

E logo naquele primeiro dia.

 

Veio a noite que me retalhava,

A vida que de mim tanto fugia.

E enquanto contigo dançava

A noite ciumenta desaparecia.

 

Trazias farripas nos teus cabelos,

Com que me prendias nos desvelos:

Olhos de carmim mulher amada.

 

E se o sol já vai alto e tardámos

É porque bem cedo nos amámos

Nos versos da madrugada.

 

Meco, Campimeco, 11-02-2013 20:11:06

De acordo com a Lei os direitos de autor estão protegidos, independentemente do seu registo. (A registar no Ministério da Cultura - Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. – Processo n.º 2079/09)

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Moira encantada

(Óleo sobre tela: Real Bordalo)

 

Moira encantada

Rogério Martins Simões

 

Foram sete os pescadores que avistaram

Uma moira encantada e por ela morreram.

Sete os pescadores que se apaixonaram;

Sete as colinas que em Lisboa nasceram.

 

Daí se diga agora daqueles que a amaram

Que ao subir o castelo d´ amor renasceram

A paz interior para sempre encontraram,

Da moira encantada nunca mais souberam.

 

Mas, em Lisboa, toda a gente a conhece.

Logo pela manhã, quando o dia amanhece,

Subo às sete colinas onde sempre a revejo:

 

A moira encantada é o nosso lindo Tejo

Que no mar da prata, carregado de luar,

A Cidade de Lisboa a todos vem beijar.

 

ROMASI

Meco, 15-06-2012 21:08:42

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COBRI DE ROSAS (poema e vídeo)

COBRI DE ROSAS

(Rogério Martins Simões)

 

Cobri de rosas

A tua rosa

O teu botão.

Abri a rosa

Cortei a pétala

Pétala a pétala

Enchi o chão.

 

Mas se ao menos

O teu rosto sorrisse

E a tua boca

Dissesse palavras

De ternura:

Eu te daria

De novo rosas

Formosas

E em botão.

 

1987

 

(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)

(Poetas Almadenses)

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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Golpe de asa no sequeiro...

 

 

 

 

GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO…

Rogério Martins Simões

 

Inocento as minhas mãos.

Invento gestos.

Golpeio convenções.

Antecipo decisões

Quero chegar ao cume…

Acender o lume

E descer a vereda num sopro.

Sopra sobre mim, dá-me o trilho…

Golpe de asa no sequeiro.

 

Inocento a vida.

Piso um milho que suga um canavial.

Debruço-me nas tábuas silenciosas,

O arrabalde enxota um pombo num corte de asas.

Vou a caminho,

Se chegar tarde tarda o destino.

Chegará a tua vez…

Chega a todos,

Quero chegar ao cimo da rampa.

Não! Não preciso de campa,

E de bichinhos da seda,

Acendam o lume!

Golpe de asa no sequeiro

 

 

Inocento a minha fala. De que falo?

Falo de sofrimento?

Fala comigo!

Faz um gesto.

Falo!

Golpe de asa no sequeiro

 

Inocento a sorte. Que sorte?

Estou descalço…

Descaço os pés e coloco as botas das léguas cardadas…

Pesadas tréguas.

Falsas pistas,

Às riscas, no veludo,

É entrudo e sambo!

Não! Não sei sambar!

Danço tudo…

Danço nas letras!

Basta um toque do moscardo e irei ao fundo.

A orquestra toca,

Na toca me afundo.

Do fundo me ergo, tudo confundo,

Volto ao colete-de-forças que me não dá tréguas.

Golpe de asa no sequeiro

 

 

Inocento a pressa. Não me empurres!

Desata o atilho e solta o rouxinol …

Golpe de asa no sequeiro

 

Inocento a ventura.

Deram-me uma haste e um pano amarelo

Fiz mastro e uma vela.

Não sei velejar!

Tropeço num novelo,

Estatelo-me ao vento.

Arrumo as botas num vão-de-escadas

Escadas não são.

Que sorte: uma tábua de salvação.

Golpe de asa no sequeiro

 

Inocento o engano!

Troco uma besta

Por dois cavalos a motor.

Trago um guindaste preso a uma retroescavadora.

Que faço com a cenoura?

Que faço com a dor?

Estendo o pano e solto a alma…

Golpe de asa no sequeiro

 

Inocento o meu coração.

Na escada, que me leva ao azul sereno, ato um laço!

Deixa que te toque no peito.

Abraço-te!

Sinto o pulsar de uma cerejeira…

Golpe de asa no sequeiro

 

Inocento a esperança.

Entrego ao destino tudo o que me cansa.

Que me cansa?

A falta de esperança?

Este viver desesperado,

Na ponta de uma navalha afiada.

Estou em brasa no cativeiro

Acerto o passo nas limitações…

Não!

Nas figueiras também crescem figos secos e ovos-moles;

Os gaiatos brincam com estrelas;

O sol brilha;

A chuva molha;

A noite apadrinha os beijos;

O vento sopra e dança

O luar distende os versos

Com versos de esperança.

 

Secam as lágrimas no estendal

Já partiu o aguaceiro…

Golpe de asa no sequeiro…

 

27-10-2011 00:08:08

 

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Rio ao fundo...

 

O RIO AO FUNDO…

Rogério Martins Simões

 

O rio ao fundo do vale

Leva consigo as lágrimas deste povo que sofre

Deste povo que labuta e vê partir nas águas

Outras almas em busca de outros mirantes

Que triste é viver num país sem esperança

Sem futuro!


Meco, 05-10-2011 01:33:52

 

 


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O céu pode esperar

 

Imagem de Rogério Martins Simões

 

 

O CÉU PODE ESPERAR...

Rogério Martins Simões

 

Com a delicadeza da Tua mão,

Nas Tuas mãos,

Com a mão na minha consciência,

Consciente dos meus actos

Parcos e isolados:

Eu me denuncio

Eu me fortaleço

E cresço

E alindo

E deslindo...

Quem me dera ser

Um pedaço de céu!

Mas o céu pode esperar...

 

Espera!

Devolve-me o meu sorriso

Toca-me ao menos ao de leve

No meu movimento, no rosto,

E leva para longe

Esta incerteza...

Este meu desgosto!

 

Vem!

Sopra sobre mim!

 

Pesadas estão as minhas mãos

Que não desarmam:

Baralham-se,

Confundem-se,

Desalinham-se,

Desarticulam-se…

 

Que se cuide a natureza

Que me deu este estar

Pois a irei combater,

Para ser…

E o céu pode esperar

 

Que Te importa que continue

Qual o mal isso Te trás?

Traz-me vivo na esperança.

Eis a Tua fortaleza

Que aliada à minha fraqueza

Me renova

E cresço

Me alindo

E deslindo

Quem me dera ser

Feliz e não sofrer

E o céu pode ir indo…

Indo para onde quiser

Que espere!

Pois não estou preparado!

 

Coloca as Tuas mãos nos meus cabelos

E deixa-me de novo sorrir.

 

24-01-2005

1975

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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