Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
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Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
(E junto a este seu lindo poema de amor estava este seu belo quadro)
(A MUSA)
19/03/2009
(Óleo sobre tela
Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
VIVA A POESIA!
A ESTRELA MAIS BELA QUE ENCONTREI!
(Rogério Martins Simões)
Sabes encontrar-me pela manhã,
No riacho cristalino do desapego,
Onde, renunciando, dores refego,
Para que a esperança não seja vã.
Livre da dor e tortura é este afã.
Cuido este corpo onde me apego.
Tarde libertar-me deste carrego,
Que extingue o carma de amanhã.
E se estiver na hora quero propor:
Irei de mãos dadas pelo caminho,
Perdido eu de amores, devagarinho,
Levarei comigo o meu lindo amor,
A estrela mais bela que encontrei.
Não quero perder quem tanto amei!
Lisboa, 27-03-2008 22:04:08
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
Faz pouco mais de um ano que o nosso cão nos deixou e as palavras que então escrevi continuam a fazer eco. O cão era mesmo uma grande companhia!
Neste óleo, com que a Bete me presenteou, está representado o nosso querido Tarik.
Se repararem, durante muito tempo, deixei de escrever poesia. A sua partida deixou-me mais só e a saudade permanece.
Como sabem a doença de Parkinson leva os doentes a isolarem-se e foi o que me aconteceu: fico só, por aqui tentando agarrar as palavras, e sem o nosso lindo cão sinto um enorme desconforto apesar de muito bem acompanhado pela Bete.
Hoje estive a reler o que então escrevi neste blog.
Vem isto a propósito de uma notícia que nos chega do Brasil e que nos vem de novo alimentar a esperança de podermos vir a ter uma vida normal: um novo tratamento desenvolvido pelo médico e cientista brasileiro Miguel Nicolelis poderá revolucionar a vida de pacientes com doença de Parkinson.
Desistir nunca foi meu hábito! Ganhei um novo alento apesar de já me ter sentido frustrado por outras notícias parecidas que nada de novo nos trouxeram.
Para quem quiser saber algo mais sobre este tratamento poderá visitar o meu blog de Parkinson no Sapo ou o blog no “Sol”. Os links estão mesmo ao lado.
Volto a sonhar! Porém sinto uma enorme saudade do nosso pequeno/grande “Podengo Anão”.
Poucas pessoas, à excepção daquelas que verdadeiramente sofrem connosco, se apercebem da verdadeira gravidade da minha doença de Parkinson.
Gestos comuns, instintivos e rotineiros, deixam de estar ao alcance dos doentes de Parkinson. Fazer a higiene matinal que demorava 10 minutos passou a demorar mais de uma hora. Um simples apertar de um botão da camisa; um ajeitar do nó da gravata ou apertar o cinto leva muitas das vezes ao desespero.
Pouco a pouco vamos perdendo a qualidade de vida. Perde-se a dicção, perde-se o movimento do rosto – chora-se o sorriso – e até a agilidade se perde quando nos queremos virar no nosso leito.
Depois sentimos culpa por já não sermos úteis, por já não ajudar nas lides caseiras, como sempre o fiz desde os meus 7 anos de idade.
O ano de 2008, que tento esquecer, foi o ano em que os desaforos da ingratidão nos foram chegando em catadupas, entristecendo e seriamente comprometendo a minha esperança.
Quem não é corrupto, e sendo um trabalhador por conta de outrem, não consegue fazer fortuna.
A dependência humilha a menos que haja alguém que não cobre…
Em 2008 nem o nosso cão nos sobrou!
Depois chega a interrogação: que seria de mim sem o carinho e o amor dos meus idosos e queridos pais, Isabel Martins de Assunção e José Augusto Simões
Que será de mim sem a minha doce e solidária companheira Elisabete Sombreireiro Palma.
Falar de Elisabete Palma é falar de doação. Elisabete Palma reúne, numa só pessoa, todas as qualidades que sempre sonhei encontrar e encontrei numa companheira.
Por serem já tão raras essas virtudes é para ti o soneto que escrevi este ano e que te ofereço com tanto amor.
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado