POETA CASTRADO NÃO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
POLICARPO NÓBREGA
RECITANDO
JOSÉ RÉGIO
Poetas, escritores, atores, músicos e demais
interessados/participantes juntaram-se no emblemático Martinho da Arcada para
homenagear um dos maiores poetas portugueses de sempre, Ary dos Santos.
3ª Tertúlia poética no Martinho da Arcada
dia 23 de Abril de 2012
Liberdade
José Carlos Ary dos Santos
Para memória futura
Gravação e vídeo de
Rogério Martins Simões
28/4/2012
TERTÚLIA POÉTICA NO MARTINHO DA ARCADA
30 de novembro de 2011
Sejam bem-vindos ao Martinho da Arcada no dia em que se completam 76 anos da morte de Fernando Pessoa.
Caros amigos
Tal como Fernando António Nogueira Seabra Pessoa, também corro atrás dos sonhos. Foi assim no primeiro evento, aqui realizado, para comemorar o Dia Mundial da Poesia. Será assim nesta noite em que o sonho cria forma e se transforma num convívio de poetas e amigos para celebrar o génio criador de Pessoa.
Neste sonho entra um amigo, aqui presente, o Manuel Augusto.
Foi o seu exemplo de luta pela vida, e as suas palavras, que me motivaram para dar início à realização deste novo sonho. Assim, e depois de ter a anuência do meu amigo e poeta, José Baião, entrei em contacto com o Sr. António Sousa, sócio-gerente do Martinho da Arcada, que mais uma vez acreditou que o sonhador conseguisse encher esta sala.
Não foi fácil conseguir reunir este grupo devido às desistências com que não contava. Conseguimos trazer amigos pessoais, e aqui agradeço o esforço das poetisas Dalila Moura, Anabela Portugal e da minha amiga Maria da Luz. As minhas saudações ao talentoso pintor de Lisboa, aqui presente, REAL BORDALO.
Mas os sonhos só se concretizam com persistência e, apesar dos obstáculos colocados na pista de cinza onde já não corro, vou conseguindo superar aos poucos essas barreiras com a ajuda de alguns amigos.
Durante mais de 25 anos andei, aos Sábados, pelos caminhos da arqueologia – a minha segunda grande paixão. Certo dia, ao escavar uma sepultura medieval, deparei com aquilo que restava do que tinha sido uma sola de um sapato que, supostamente, pertenceu a um defunto.
Reparei que aquela sola estava intrometida no meio duma forte e grossa raiz de um plátano.
Vi através dos furos feitos na sola, pelo sapateiro, que passavam raízes daquela árvore.
Afinal, a raiz grossa ramificou-se para ultrapassar o obstáculo e voltou a reunir-se mais à frente, formando novamente uma raiz compacta em busca do alimento que permitiu a frondosa árvore viver.
Se até a raiz ultrapassou o obstáculo qual a razão para desistirmos?
Não desisti! Aqui estou entre vós mais uma vez.
Porém não basta reunir um grupo de amigos para concretizar o sonho. Era necessário criar um programa de qualidade à altura do Poeta. Aqui entra o poeta José Baião que nos irá surpreender e enriquecer esta noite.
Mas o José Baião ainda nos vai dar música acompanhado por um amigo, o Eduardo Abrantes, a quem desde já agradeço por nos acompanhar ao piano.
Nesta programação surge outro trabalho a cargo dos poetas António Barroso Cruz e do Policarpo Nóbrega que vieram da Madeira.
Uma especial saudação para o Policarpo, para o Soares Teixeira que têm o dom de bem recitar e à Joaninha pela arte de encantar.
Para esses e todos os restantes amigos que nos vão dar o prazer de os escutar o meu muito obrigado.
Finalmente, um beijo para a minha esposa e companheira - a Elisabete Sombreireiro Palma - que, para além de me proteger e amparar, ainda tem a arte e a paciência de aturar este vosso humilde poeta.
Ou como escreveu Alberto Caeiro:
"Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho..."
"Alberto Caeiro - Guardador de Rebanhos"
Lisboa, 30 de novembro de 2011
Rogério Martins Simões
ROMASI