Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
MAR DE PRANTO
Rogério Martins Simões
Toda a noite este mar tanto bateu.
Toda a noite a falésia lá chorava.
Parecia que ali perto alguém rezava,
Ao destino que só a morte atendeu.
Rapina e tão cruel onda acometeu.
Feia noite que a falésia chocalhava.
E o mar que desde sempre salteava…
Voltou para levar quem escolheu.
Ah desprezível onda que assassina.
Ave agoirenta tu és, e na triste sina,
Pela manhã retine um cais de espanto…
Espalhas e recolhes tantas dores,
Flores! E tantas flores. Deitem flores:
Lágrimas e jasmins ao mar de pranto.
Meco, Praia das Bicas 15/12/2013 23:24:32
(Aos jovens que hoje morreram ou desapareceram na Praia do Meco)