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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ENVOLTA EM SILÊNCIOS E FLORES

 

(óleo sobre tela de Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

ENVOLTA EM SILÊNCIOS E FLORES

(Rogério Martins Simões)

 

Envolta em silêncios e flores

Como se as flores te cobrissem de pétalas

Eu te chamei deusa.

Quando o meu olhar era de cristal.

Percorriam os teus seios, colar escarlate,

Desvarios recortes de porcelana

Estavas linda!

 

Partilho estes jardins de sombras

deliciosas

Contagiam-me as serenas manhãs,

os frutos selvagens

e enamoro-me das estrelas.

Noite fora sou um viajante

Percorro silêncios,

escuto os meus passos nas vielas.

Que seria de mim se não te

reencontrasse!

 

Sabes a morango selvagem!

Sabes a cravo e a canela!

Se partir voltarei

Envolto em luz

Te cobrirei de pérolas

(Te chamei de musa)

E serei como a brisa,

Aragem,

Perpétua e ondulante

O sol penetrante na tua janela.

 

24-03-2006

 

 

 

 

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Partiram ao vento...

 

(Foto da autoria de Elisabete Palma)

 

 

PARTIRAM AO VENTO…

Rogério Martins Simões

 

Partiram ao vento

As almas dos poetas

E fizeram amor num canto

No canto mágico dos poetas.

E o chão ficou pejado de rosas

O mar incendiado de sereias

E no azul celeste do céu

O céu ficou coberto de estrelas.

 

Havia quem cantasse!

Havia quem chorasse!

 

Vagabundas as almas

Que por ali ficaram

Não havia noite!

Não havia dia!

Não existia Inverno!

Nem havia Verão!

 

Venham!

Eu vos dou o tempo

Da eterna poesia

Poemas ao vento

Em flores de algodão.

 

Finalmente partiram

No fogo das trovas.

Retomaram os corpos

Fez-se noite!

Fez-se dia!

Voltou o Inverno!

Aqueceu o Verão!

Choraram!

Cantaram!

Tremeram!

E morreram de amor cantando

27-01-2005

 

(Poema dedicado ao Dono da Loja e a todos os poetas)

 

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Elevo o espírito

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

Elevo o espírito
Rogério Martins Simões
 
Elevo o espírito! Tenho os olhos perto,
Só o pensamento não o sente tremer,
Entoo, num canto, um canto encoberto,
O que a tremura não me deixa fazer.
 
Volto à poesia na catarse que liberto.
Chegaste, assim, ao impasse quefazer?
Desdobro e retomo o amanhã incerto:
Faço de conta que se vive sem viver?
 
Aperto as minhas mãos para as libertar,
Vejo-as estremecer! Já não sabem parar.
Salva-me poesia, não me deixe ficar mal.
 
Volta poesia, pois de chorar tudo chorei.
Volta! Que na dor, pela dor não morrerei.
Quanta melancolia têm estes olhos de sal!
 
Meco, 09-07-2007 20:03
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FÁTIMA

 

 

 

FÁTIMA

Rogério Martins Simões

 

Acendemos as velas da penitência

Que ardem no meio das chamas

Acalmando a nossa consciência

Tanto sofrimento; tantos dramas

 

O sofrimento esbate a clarividência

Por um milagre esperas e clamas

Perdida a esperança na ciência

Resta a fé e Deus que tanto amas…

 

E se milagres da fé, na fé se derem

Coxos a correrem e os cegos a verem

Logo ali  prometemos voltar…

 

Pisaremos descalços com um sorriso

Estradas, caminhos… o que for preciso

E regressamos a Fátima para rezar.

13-02-2004 18:35:46

 

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Rosas

 

 

 

 

ROSAS
Rogério Martins Simões
 
Tinha por hábito dar flores.
Flores em forma de beijos:
Sementes dos desamores,
Contrárias aos meus desejos.
 
Via o dia com muitas cores,
À noite escrevia os meus versos,
Segredos das minhas dores,
Amores que me foram adversos.
 
Hoje, se recordo tudo isto,
Isto que revivo e insisto,
Nisto insisto e me revejo.
 
Voltaria para dar rosas.
Às flores mais preciosas:
Meus filhos e neto que beijo.
06-05-2004
 
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Não sei rimar palavras azedas!

(Foto Padre Pedro)

Não sei rimar palavras azedas!

(Rogério Simões)

 

Não sei rimar palavras azedas!

Não sei encurtar, nem cortar as palavras!

Reajo às nefastas evidências

E cerro o punho na mesa.

Não acendo as letras apagadas,

Nem cedo às letras indefinidas.

Sou um iletrado,

Nas palavras que sobram das letras.

Renuncio às funestas evidências da alma

E volto-me para a luz

Bate o sol no meu olhar!

17-10-2006 21:37

(Dedicado à poetisa Efigénia Coutinho)

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TAIZÉ

TAIZÉ

Rogério Simões

 

Ontem olhei o céu

Estava diferente...

Vi uma nova estrela reluzente

Indicando o caminho do amor.

Brilhava tanto...

Era enorme

Cintilava do pulsar da oração.

De repente,

Tão de leve,

Que de leve nem se sente,

Escutei no meu coração:

Taizé

Irmão Roger Schutz


 

Sabes:

"No início de tudo está a confiança do coração"

18/08/2005

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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