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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

AH! ESTE SOL

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AH! ESTE SOL

Rogério Martins Simões

 

Preciso deste silêncio

De enrolar as minhas palavras em silêncio

Se as leres… no bulício da cidade

Não te dirão nada

Absolutamente nada

Pois ainda não encontraste paz

 

Enche os pulmões deste ar refeito

E enfeita o teu rosto de glória

Tantos malmequeres

Ah! Este sol.

25-07-2011 23:27:42

Poemas de amor e dor conteúdo da página

O poeta cantante

 

 

Portas do Sol

 

Lisboa

 

 

 

O poeta cantante…
(Romasi)
Rogério Martins Simões
 
Ele era apenas isso
Um achadiço,
Magriço,
Deitado na via
Em letargia,
Adormecia
E sonhava!
 
Talvez por isso,
O sonho, oiro maciço,
Quebrava o enguiço.
E se na alquimia,
Por pura magia,
Sonhava de dia
Reinava…
 
E se em sonhos pedia
O que não podia…
Era um alvoriço…
Bolso fiado!
Sorriso esfarrapado!
Glorificante!
Cantando dizia:
 
- Eu sou apenas isso…
Um poeta cantante.
29/01/1974
 
(Registado no Ministério da Cultura
 Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Partiram ao vento...

 

(Foto da autoria de Elisabete Palma)

 

 

PARTIRAM AO VENTO…

Rogério Martins Simões

 

Partiram ao vento

As almas dos poetas

E fizeram amor num canto

No canto mágico dos poetas.

E o chão ficou pejado de rosas

O mar incendiado de sereias

E no azul celeste do céu

O céu ficou coberto de estrelas.

 

Havia quem cantasse!

Havia quem chorasse!

 

Vagabundas as almas

Que por ali ficaram

Não havia noite!

Não havia dia!

Não existia Inverno!

Nem havia Verão!

 

Venham!

Eu vos dou o tempo

Da eterna poesia

Poemas ao vento

Em flores de algodão.

 

Finalmente partiram

No fogo das trovas.

Retomaram os corpos

Fez-se noite!

Fez-se dia!

Voltou o Inverno!

Aqueceu o Verão!

Choraram!

Cantaram!

Tremeram!

E morreram de amor cantando

27-01-2005

 

(Poema dedicado ao Dono da Loja e a todos os poetas)

 

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O tempo voa

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

O TEMPO VOA

Rogério Martins Simões

 

O tempo voa.

Que voe,

e nos deixe amanhecer mais tarde…

com os nossos corpos colados

no tempo.

Na leveza deste tocar breve,

que roça os nossos sentidos

e tem tanta beleza.

 

O tempo voa.

Que voe,

mas não apague

este ardor que arde

Prazer incontido que nos torna carne,

Com os nossos corpos molhados

Entre lençóis de linho.

 

O tempo voa.

Regressam as nossas recordações

de mansinho…

 

15-08-2006 22:15:18

(Poema inédito neste blog)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

FORA DE TI SOU UM NOVELO...

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

FORA DE TI SOU UM NOVELO

Rogério Martins Simões

 

Erguem-se as montanhas.

Perfilam as imagens.

Vêm através de mim,

ensina-me o caminho das margens…

 

Meu amor volta depressa

Tenho as minhas mãos tão pesadas

Que nem as mando poisar

Meu amor regressa

Tenho as mãos tão cansadas

E não as posso libertar.

 

Fora de mim sou um novelo,

que se desprende,

entre os dedos alinhados.

Fora de ti sou um elo,

que se prende,

entre os dedos desalinhados

 

Tenho as mãos tão pesadas

não as consigo desapertar.

Tenho as mãos tão cansadas

Que não as consigo soltar….

 

Salta para o meu cavalo de chuva

que se ergue à porfia.

Vem de um pulo só.

Leva-me contigo depressa

 

Meu amor regressa

Tenho as minhas mãos tão pesadas

Que nem as mando poisar

Meu amor volta depressa

Tenho as mãos tão cansadas

Que nem as posso libertar.

 

03-05-2006 15:30

 

(À minha companheira BETE que pinta

e com a tinta do seu amor suaviza a minha Parkinson)

 

 

 

BETE

Amor da minha vida, minha companheira, esposa e pintora.

Não existem palavras suficientes e bonitas, (pois linda és tu!), para te expressar o que sinto neste instante, pela tua dignidade, pelo amor demonstrado ao longo destes anos de enorme sofrimento que ainda agora começa…

Este é o teu mês - balança que equilibra o que resta de mim.

Até ao dia do teu aniversário, 19 de Outubro,  voltarei a colocar aqui alguns poemas que te escrevi. Começo por este poema, “fora de ti sou um novelo”, que te dediquei quando estiveste internada e me sentia perdidamente à deriva…

Sempre

Rogério

 

Bete

Rogério Simões

 

Bete

Janela aberta

Sol penetrante, o teu,

Na hora certa:

Tão radiante e meu!

19/10/1999

 

 

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Soprei numa pena...

 

(ALFAMA - Óleo sobre tela Mestre Real Bordalo)

 

 

Soprei numa pena

Rogério Martins Simões

 

Soprei numa pena

Que se anichou à janela

Aí está ela, agarrada à empena.

Sem pena, partiu à vela….

 

Valerá a pena ir atrás dela?

 

Deu a volta e reentrou,

Parece serena!?

Soprei na pena e a pena voou,

Aí vai ela! Pela porta pequena…

 

Valerá a pena partir com ela?

 

Vem um passarito

Apanha-a no bico

Ouve-se um grito

Aí vai ela, a caminho do pico…

 

Valerá a pena ter pena dela?

 

Vem um gavião com asas de granito,

Devolve-me a pena, com penas na sela…

São do passarito que passou a goela

Parte gavião! Leva as penas maldito…

 

Regressou a pena!

Não voltei a soprar mais nela…

Parece serena,

A pena,

Que pena reencontrar-me com ela!

 

Hospital dos Capuchos, 19/9/2007

(Concluído em 02/10-2007)

 


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A menina dança?

 

(Quadro do Metropolitan Museam of art)

 

 

A MENINA DANÇA?

Rogério Martins Simões

 

A menina dança? Vamos dançar?

Acerto o passo! Pula a paixão…

Olha-me nos seios, sobe a visão…

Olho-o nos olhos querem beijar.

 

Aperta, e abraça, bate o coração…

Somos os reis da festa: bonito par!

Sobe o compasso, protejo com a mão…

Você namora? Vamos namorar!

 

O tempo passa, resta a recordação:

Como é sua graça? Vamos casar!

Apagaram a luz, a noite e o luar…

A senhora dança? Agora não…

 

Minha mãe está bem assim?

Lavei no rio o meu corpo criado

Visto cambraia! Não visto cetim…

Seios de carmim e corpo cansado!

 

Lisboa, 22-09-2007 23:36:37

(Dedicado aos meus amigos dos blogs do jornal SOL)

 

 

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Piso a areia da praia

 

 

 

Piso a areia da praia

Rogério Martins Simões

 

Piso a areia da praia!

Que peso pesam os pés!

Parecem mesmo uma raia

Presa nas marés.

 

Transporto a toalha

Levo comigo o jornal

Lembro-me de jogar a malha

Levo a dor no bornal

 

Piso a areia da praia!

Vou pela borda da água.

Onda amena que se espraia

Leva contigo a minha mágoa...

 

Queria de novo ter saúde

Seria novamente tão feliz

Tremer não é virtude

Tremer eu nunca quis

 

Deito-me!

Penso!

Mesmo deitado no chão

- Mulher! Porque me aturas?!

Não te queria dar razão

Mas és tu que me seguras!

 

Como esta areia brilhante

A que a praia chamou de sua

Areia que da praia és amante

Oh mar salgado a praia é tua!

 

Um perfume paira no ar…

A vida a Deus pertence

O sol quente esconde a lua…

A maresia não veio para ficar...

A Parkinson não me vence

Vou continuar a lutar!

 

Piso a areia da praia

A maresia sofre um revés

A areia parece cambraia

Sacudo a raia dos pés…

 

Aldeia do Meco

 

 

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Entre portas e paredes

 

 


 

ENTRE PORTAS E PAREDES

Rogério Simões

 

Entre portas e paredes

Eu me divido

Centro e concentro

Hesito e parto…

A nuca lateja

Ai de mim que não veja

Uma porta de saída…

 

Parto em silêncio...

Na mais pura água cristalina

Entre musgos e seixos

Oiço o chiar dos eixos

De um simples carro de bois

Depois…

Mãos nos queixos

Aceno na despedida…

19-06-2005 1:09

 

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Dúvida



Dúvida

Rogério Martins Simões

 

Vejo-te ir,

Não vou conseguir chegar,

Se partir…

Vais regressar,

Mas tu já saíste,

E eu fiquei!

Deriva de mim a dúvida

E o conselho a seguir:

Rir de acordo,

Ou acordar a rir,

e ir

Ir por aí

Por onde o meu passo me leva

Atrás de tudo e de nada,

Porque no final tudo se queda...

 

Estou novamente perdido!

Vi-te partir!

Vais regressar!

Afinal prometeste voltar…

1985

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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