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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Maresia

 

Fotografia de Rogério Martins simões

 

 

MARESIA

Rogério Martins Simões

 

Às vezes pareço adormecer

numa enorme letargia,

apenas aparente,

e dou por mim misturado,

baralhado,

mergulhado,

 entre papéis

e pensamentos.

 

A cabeça tritura interrogações

- como seria mais feliz se as libertasse…

 

As nossas vidas estão repletas

de salões desconfortáveis

que nos encerram,

nos conflitos internos,

entre quatro paredes.

 

Prefiro meter as mãos na terra

que andar aos papéis perdendo tempo.

Já perdi tantas horas!

 

Tenho na varanda,

virada ao Tejo,

dois canteiros cheios de plantas

que sorriem para as águas.

Ontem reparei

que as roseiras

estavam carregadas de botões

 e as águas, nas marés,

espreitavam de espanto

para a minha janela.

 

Adivinham-se fenómenos estranhos

quanto o perfume das rosas se misturar

com a meia maresia do meu Tejo.

Até lá vou perdendo tempo…

 

Lisboa, 18 de Abril de 2006

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Diz ao rio que me tens

 

Óleo sobre tela

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma

 

 

 

DIZ AO RIO QUE ME TENS
(Rogério Martins Simões)
 
Crescem de novo os sentidos!
Que sentido tem o sentido?
Se tu não estás.
Se tu não vens.
Vem! Não partas sem mim
Se tu não vens, não vás.
Diz ao rio que me tens
Nos versos que não foram lidos
 
Voltam de novo os desejos!
Que sentido tem o desejo
Onde o irei encontrar?
Se tu não estás.
Se tu não vens.
Vem! Que tempo me dás?
Dá-me tempo verbo amar
Onde possa reencontrar
Os meus versos proibidos…
 
Voltam de novo os beijos!
Que sentido tem o beijo?
Se tu não estás.
Se tu não vens.
Tempo! Que o meu tempo tens
Leva contigo os meus bens…
Os lobos, os matos, os cães…
Vem! Se tu não vens, não vás
Devolve-me os versos perdidos…
 
Tempo! Que ao meu tempo vens
Deixa comigo o que não tens:
Meus versos que foram sentidos
A Minha alma de poeta e esta garra
Nos cantos que não foram esquecidos
Por este amor que não desgarra!
 
Ode!
Sou um poeta singular…
Se tu não vens.
Se tu não estás
Onde te irei encontrar?
 
(Lisboa, 08/08/2006
Concluído em 31-01-2007 23:09)
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Amo-te Lisboa Virada ao Tejo

 

(Lisboa 2 de Julho de 1147)

 

 

 

 

 

Amo-te Lisboa virada ao Tejo
(Rogério Martins Simões)
 
Dizem que um dia alguém cantou…
Que por amores Lisboa se perdeu!
Por amores se perde quem lá voltou.
De amores se perde quem lá nasceu.
 
Dizem que um dia alguém contou.
Que uma moira cativa no Tejo desceu.
Por amores, Lisboa, a moura libertou,
De amores, por Lisboa, a moira morreu.
 
Juntaram-se os telhados enfeitiçados,
Apertadinhos os dois e entrelaçados,
Num fado castiço, numa rua de Alfama.
 
E o Tejo, que é velho, beija a Cidade:
Morre-se de amor em qualquer idade,
Perde-se por Lisboa, quem muito ama!
 
Lisboa, 20 de Junho de 2006
Poemas de amor e dor conteúdo da página

Abrantes

 

 

(agradecimento muito especial aos autores do magnifico site

www.guiadacidade.pt )

 

 

ABRANTES
José Augusto Simões

 

Abrantes cidade Bela

Te vi pela primeira vez

No dia vinte e sete de Março

De mil novecentos e quarenta e três.

 

Não te conhecendo Abrantes

Conheci-te nesse mesmo dia

Ao entrar no teu castelo

Na arma de artilharia.

 

De vinte sete de Março

Só me resta a saudade

Juntos, centenas de jovens,

Todos da mesma idade

 

Abrantes cidade linda

Não sabia o que tu eras

Aí fiz no teu castelo

Vinte e uma primaveras

 

Do alto do teu castelo

Abriram-se os meus horizontes:

As tuas lindas aldeias

Colinas, rios e montes.

 

Do mais alto do castelo

Se via grande distância

E não era muito longe

Linda vila de Constância.

 

Bela Vila de Constância

Também é do Ribatejo

Aí se junta o rio Zêzere

Com águas do rio Tejo.

 

Quando os rios se juntam

Parece que estão zangados

Quando chegam à Barquinha

Vão os dois de braços dados.

 

Assim se tornam amigos

E não fazem arraiais…

Vão juntinhos aos beijos

Da Barquinha até Cascais!

 

Lisboa, 10 de Junho de 2007

 

José Augusto Simões,

Meu pai, meu mestre e poeta popular, nasceu na Póvoa – Pampilhosa da Serra em 20 de Maio de 1922.

Os seus trabalhos podem ser lidos no blog que construí para divulgar o que resta do que escreveu e vai escrevendo, apesar dos seus 85 anos. http://povoa.blogs.sapo.pt

Obrigado por ter escrito a meu pedido mais dois poemas.

 

- A vossa bênção meus queridos pais,

Do vosso filho,

Rogério Martins Simões

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Amigo

 

(Foto de 1966. Passeio no Tejo a bordo de um cacilheiro.

Grupo de amigos e catequistas em S. Vicente de Fora: Saudoso António Melo e Faro, o Mário Jorge, amiga que não recordo o nome, o Manuel Taleto e do lado direito eu, Rogério Simões)

 


AMIGO!

 

Amigo! Eu me entrego

Amigo! Eu me largo

Sem nada na volta!

Sem nada me ergo.

Sem nada me dou!

 

Amigo! Eu acedo

Num abraço

Num gesto

Num laço.

E sofro na tua dor

E vivo o teu cansaço

 

Amigo! Eu me cedo

Eu me rendo…

Eu me consagro

Eu me dou…

Num abraço

Num gesto

Num laço

Amigo! Eu vou!

 

Lisboa, 1969

Rogério Martins Simões


Poemas de amor e dor conteúdo da página

Maria do Tejo

 

Maria do Tejo

Rogério Simões

 

Estavas linda Maria,

do Tejo

Mulher amada

Cercada de um luar de Agosto

Enfeitavam os teus cabelos

A madrugada

E trazias o feitiço,

Por Lisboa no teu rosto,

05-02-2007

 

(Parabéns a Maria Petronilho pela edição do seu livro de poesia)

 

ENCONTRO NA POESIA

Rogério Martins Simões

 

Só os poetas deitam pétalas no rio!

Só os poetas enchem de lágrimas o mar!

Só os poetas cantam as estrelas cadentes!

Só os poetas namoram o luar!

Hoje quero um pouco do grito da tua nuvem…

Que o dia acordou frio!

Regressarei contigo num cometa,

Ou morrerei contigo numa estrela.

Vem poesia!

Neste encontro de poetas.

16-12-2004 1:06:28

 

(Resposta a um poema de Maria Petronilho)

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OLHEM PARA MIM

 

 

 

 

Olhem Para Mim
Rogério Martins Simões
 
Olhem para mim,
Que o tempo tem razão
(hoje não!)
Há momentos
Em que o tempo pára
Como esta noite
Em que as estrelas do céu
Me falam de poesia.
 
E meus versos viram veleiro
Nada os impedem de viajar
Levam no mastro dianteiro
Este Tejo Marinheiro
Este Tejo feito mar
 
E o mar Oceano vira poema
Leva consigo o meu versejar
Este Tejo Mar de Prata
Carregado de Luar.
 
Amo a poesia,
Preciso dela para respirar
Tenho no peito Lisboa
Levo comigo Pessoa
E a saudade para voltar.
 
E já fui na caravela
Viajei por outras Nações
Agora que regressei
Avisto da minha janela
Estas terras de Camões.
 
Olhem para mim
E vejam como sou feliz!
 
14-11-2004 23:36:31

 

 

 


 

 

(Óleo sobre tela

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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