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Poemas de amor e dor
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publicado às 19:07
SOU COMO O REGATO
Rogério Martins Simões
Sou como o regato,
Que brota,
Que jorra,
Que vai por aí
Onde a minha alma
me entrega;
Onde a minha alma
me encontre.
A paixão confunde!
Desespera!
Cega!
É triste ver partir
quem se ama.
Mais triste
é viver sem amor.
Um raio de sol
deitou-se no meu leito.
Todavia é livre.
- É o mais belo amante das estrelas.
28-03-2005
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09 )
Poemas de amor e dor
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publicado às 15:01
OS ANOS CORREM!
Rogério Martins Simões
Os anos correm!
O tempo passa…Lentamente,
Mas passa…
E quando vamos na pressa,
Vemos sem graça,
Que o tempo passa depressa.
Ontem fui menino!
Era noite já era adulto!
Percorri o meu destino
Pois o passado já foi muito!
Oh! Como os meus cabelos mudaram!
Oh! Como o meu rosto crispou!
Como as minhas lágrimas choraram!
E a minha juventude me deixou!
Que importa se já sofri?
A quem importa o que já chorei?
Pois sempre me esqueci,
De mim, e tão tarde acordei:
Como os poemas que escrevi
E na manhã seguinte rasguei.
E não me tomem por louco!
Não dêem como certo!
Pois ser poeta é um pouco
Da loucura se estar perto.
Mas isso já eu sabia
Quando deixei a poesia
Ser poeta é ser louco:
Voltei a escrever e já não queria!
19-07-2004 22:35:23
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09 )
Poemas de amor e dor
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publicado às 17:16
O QUE O TEMPO TEM DE SOBRA
(Rogério Martins Simões)
O que o tempo tem de sobra
É o tempo que me dobra…
Dobra o tempo, faz-me velho
Quando revejo o espelho
O tempo terá sempre tempo…
Se a tempo meu riso chegar
Pois… se deslizar desatento…
Talvez o possa encontrar
Passo os dias à procura
(Meu tempo não vai durar)
Meu corpo é espiga madura
Só o tempo o irá vergar
Dobra o corpo no desalento
Semente do tempo e da idade
Já oiço o silvar do vento
Da eterna claridade
E se o tempo não me acalma
Meu corpo nem sempre dura
O tempo não tem a minha alma
Para sempre no tempo perdura
Pois se Deus criou o mundo
E ao sétimo dia descansou
Paro este diálogo profundo…
Para onde a alma me levou
Tempo! Que tens de sobra?
- É o tempo que te dobra…
- Dobra tempo; quero voar!
Voa o tempo e me renova
A dor o riso e a prova…
Agora quero descansar.
17/04/2004
Concluído em
26/08/2005
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:50
(Além de nós havia um tempo...)
Quando o teu corpo adoçava o tempo
Rogério Martins Simões
Quanto no teu olhar
reluzia a sedução,
cristais acenavam
em teu corpo
descoberto
E o meu corpo
Em teu corpo
Adoçava.
Era um só corpo
que abraçava
a todo o tempo
quando o tempo
contigo dançava…
num sémen,
onde o desejo
não era abstracto
e recomeçava.
Além de nós,
havia um tempo
que anunciava
um vento criador
e uma ligeira brisa
separava
nossos corpos do fogo…
Depois eras a diva
num período de advento
e trazias no teu corpo
estrelícias
de chuva e vento
E a terra revestia-nos
de volúpia
para que
recomeçássemos:
Suspiros
da procriação
misturavam-se
em cores férteis,
nos corpos nus
- cio da natureza,
entreaberto…
Depressa a natureza
descobriu
desvarios
sem tempo
de um tempo
de germinação
e não mais o vento
te esfriou o calor
que te avermelhou
o rosto...
em contratempo.
Que rápido
passou o tempo
através de nós:
momento
a momento
quando no teu corpo
adoçava o vento…
Lisboa, 05-11-2007 22:44
Poemas de amor e dor
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publicado às 20:00
(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
Regressaram as papoilas
Rogério Simões
Do Alto, ao Baixo Alentejo,
Regressaram as papoilas vermelhas
Ao chão seco pastorejo
Num tapete debruado, a Arraiolos,
Que se estende num manto,
Ondulado, como ovelhas,
19-04-2005 18:34
Poemas de amor e dor
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publicado às 00:05