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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Por que sou triste?

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POR QUE SOU TRISTE?

Rogério Martins Simões

 

Saber, quero saber por que sou triste?

Querer, por mais querer, o riso ensejo.

Chorar? Não mais chorar é meu desejo.

Saber por que razão meu choro insiste?

 

No meio deste silêncio, e que persiste,

Razão tem a razão em que me revejo.

Chorar será o clamor do meu arpejo.

Saber, quero saber em que consiste.

 

Perguntei ao meu rio Tejo, a soluçar,

Que me desse a razão deste meu estar:

Saber, quero saber que fiz de errado?

 

Sorrindo para mim para que o visse,

Cuidai desse teu riso, e mais me disse:

- Chorar, e mais chorar, será teu fado…

 

Meco, Praia das Bicas, 2013-12-12

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Tristeza no meu olhar

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TRISTEZA NO MEU OLHAR

Rogério Martins Simões

 

Quanta tristeza tem este meu olhar.

Que aos poucos vai morrendo: que viver?

Se lentamente passo este sofrer:

Neste viver, assim, sem desejar.

 

Já passei tantas datas por datar…

Mais que os anos, perdidos, sem os ver

Que para mais estar, e sem morrer,

Na morte vive quem mais esperar.

 

Que não seja por mim a pouca sorte,

Pois que, neste meu invólucro de morte,

É na vida que a alma se deslinda.

 

E neste desespero em que me vejo,

Minha alma, num momento de sobejo,

Recorda-me que não quer partir ainda.

 

Meco, 05/03/2015 19:30:42

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

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Por que sou triste?

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POR QUE SOU TRISTE?

Rogério Martins Simões

 

Saber, quero saber por que sou triste?

Querer, por mais querer, o riso ensejo.

Chorar? Não mais chorar é meu desejo.

Saber por que razão meu choro insiste?

 

No meio deste silêncio, e que persiste,

Razão tem a razão em que me revejo.

Chorar será o clamor do meu arpejo.

Saber, quero saber em que consiste.

 

Perguntei ao meu rio Tejo, a soluçar,

Que me desse a razão deste meu estar:

Saber, quero saber que fiz de errado?

 

Sorrindo para mim para que o visse,

Cuidai desse teu riso, e mais me disse:

- Chorar, e mais chorar, será teu fado…

 

Meco, Praia das Bicas, 2013-12-12

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 

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PALHAÇO

PALHAÇO

Rogério Martins Simões

 

Ai se eu pudesse ser arauto do contrário,

Alargando o disfarce e a mímica.

Se eu pudesse mostrar que esta química,

Transforma tantas vezes este circo em calvário.

 

Se por momentos deixasse de ser palhaço,

Atrelando ao olhar o que na verdade sinto.

Pudesse dizer que rindo, do que faço,

Sou apenas palhaço no recinto.

 

Depressa, veste o traje e pinta o rosto,

Que o circo está cheio de meninos,

E o que importa é fazer rir os pequeninos:

Mesmo que o teu riso seja desgosto.

 

Batem palmas e riem tanto,

Que mesmo chorando não minto:

Lágrimas que este meu riso de pranto,

A todos fazem sorrir por instinto…

 

Meco, 23/06/2014 23:19:49

 

(In “Poemas de Amor e Dor”)

((Poema do próximo livro

Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09))

 

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DESMANDO... Reeditado

 

(Foto da World Press Photo Contest 2004)

 

 

 

 

DESMANDO
Rogério Martins Simões

Por onde ando, se não ando.
Para onde vou, se não vou.
Se até em mim não mando.
Quem manda no que eu sou?

Por meu mando, eu desando.
Desando quando não estou.
Muda quem estiver errando,
Sabendo que sempre errou?

Dei comigo, assim, a pensar,
Quando hesitava em votar:
Que desmando é prometer…

E se fortuna têm ao partir…
Outra virá para quem seguir…
Meu desmando terá de ser…

Lisboa, 18-06-2009 13:07:31
(Poema dedicado a Fernando Pessoa)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09 - aditamento)

 

 






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Avatar

 

 

 

 
Tínhamos chegado adiantados.
Chegássemos mais cedo e já não teríamos de esperar.
Subimos por escadas rolantes que nos levaram por caminhos distantes ao quarto andar.
Que tragédia provar umas calças.
Os provadores têm pequenos triângulos que nem dão para sentar. Que importa, quem se importa, com todos aqueles que já nem conseguem andar? Não! Não olhem para mim que ainda consigo disfarçar…
Carinhosa, a Bete, pegava na minha mão esquerda que teimosamente se queria esconder. Dei-lhe a mão direita para não chorar, a esquerda tremia, tremia, e ainda não a consegui parar.
Voltam as angústias, esta enorme dor que eu sinto por tremer, esta mão que não escreve e que ao de leve se vai escondendo por querer.
Temo por mim… Não estou bem assim.
Meu corpo pesa, minha alma adoece, padece.
 
AVATAR
Pudesse recuar ao tempo em que meus pés voavam pelas pistas de cinza. Avatar!
Pudesse regressar ao meu corpo menino, evitando os caminhos que penei e continuo a penar.
 
Fui ao cinema, acabo de chegar.
O filme era tão lindo que acabei por chorar
A fita já acabou e vai recomeçar. Avatar! Avatar!
A Parkinson já avançou e não vai parar.
Bete, meu amor: que eu seja o teu AVATAR…
Lisboa, 27-12-2009 00:07:30

 

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Era noite, não se ouvia vivalma

 

 

 

 

 

ERA NOITE, NÃO SE OUVIA VIVALMA
Rogério Martins Simões
 
Era noite, não se ouvia vivalma,
Nem o ranger da cama de cima…
Esta quietude que não me acalma.
Aquele silêncio que lateja e rima…
 
E meu corpo desafiava a alma.
Meus olhos tristes, que triste sina.
Estava tão só… como esta calma,
Abismo fundo da profunda mina…
 
Sentida agonia de quase morto,
A fétida melena me denunciava:
Mais tempo houvesse eu era horto.
 
Olhei em redor tudo era branco.
Deitado na maca sinistra do banco.
Estivera morto e ressuscitava…
 
(Memórias do poeta)
16-05-2005 19:07
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Não imaginam a coragem que é preciso ter...!

 

 

 

Não imaginam quanta coragem é preciso ter para mostrar o vídeo que se segue. Por isso, antes de o abrir, leia por favor até ao fim.
 
PARKINSON
 
Tendo por certo a morte, é na vida que nos vemos e revemos. Então, com fé ou esperança, movemos montanhas, por vezes de ilusões, mas movemos, esperando que um milagre qualquer aconteça
 
Acredito que a minha fé ajude a encarar os momentos mais difíceis, com mais tranquilidade, sempre à espera de um milagre. Mas, também, fico na esperança de conseguir que, num dado momento, sobre por aí uma pílula milagrosa que nos cure.
 
No século passado, todos que estavam diagnosticados com o bacilo da tuberculose, antes de ter sido descoberta a penicilina; quanta esperança em alguns; quanto desalento noutros e, afinal, no limiar da descoberta, do tal antibiótico, muitos dos que tinham esperança morreram e muitos dos que não acreditavam na cura sobreviveram.
 
Quiçá, muitos, na esperança não desistiram da vida - pela vida, e viveram mais uns anos na terra, graças à ciência, mas, sobretudo, ficaram vivos por não terem perdido a esperança.
 
Acredito com firmeza que alguém me dê a notícia que tanto anseio: A cura para a doença de Parkinson.
 
Volto às palavras iniciais: Que difícil é mostrar os “estragos” visíveis que a doença de Parkinson causa em nós.
Que mais não seja, que os meus tremores e os temores sirvam para vos incentivar a não desistirem de viver e de lutar pela cura.
Irei continuar a escrever poesia e a declamá-la mesmo que chore...
 
Só mais uma palavra para quem se sente doente ou sofre do mal da solidão. Desejo, de todo o meu coração, que todos tenham fé e esperança para que o dia de amanhã seja melhor. Afinal a existência da Internet fez com que este meio pudesse ser útil para nos aproximarmos mais uns dos outros e para que os outros nos aceitem com mais dignidade.
Sejamos felizes com mais fé, mais esperança, mais amor e muita paz.
 
FELIZ ANO NOVO. FELIZ 2009
 
(Dado que, por razões óbvias, não consegui ler o poema, como então lia, deixo aqui esse mesmo poema e mais dois, não lidos mas cheios de Esperança).
 
Rogério Simões na Sessão Mensal de Poesia Vadia, realizada em 25-10-2008, no Café Le Bistro Almada (Rua Dr. Julião de Campos, nº 1). Uma organização dos Poetas Almadenses, que conta com o apoio do FAROL Associação de Cidadania de Cacilhas e da SCALA Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada.
 
 



 


 

 

Amanhã estarei melhor
Rogério Martins Simões
 
Hoje continua o lastro
do meu estado de alma
do dia de ontem.
 
Estou envolvido
numa teia que enleia.
Estou como que pregado
a um madeiro
sem pregos ou cordas.
Solto uma terrível agonia
e, sem dar conta,
nem vómitos dão a perceber.
 
Sou uma represa invisível
num turbilhão de água
pesarosa.
 
Se ao menos chorasse.
Se ao menos morresse.
 
Sou um ser solitário
acompanhado
com a mulher mais presente
- O amor da minha vida.
 
Será do tempo?
 
Hoje meu corpo
nem o Tejo espreitou!
Sinto-me agarrado a nada,
e nem mesmo a lua
terá saudades em me ver.
 
Este vazio imenso
parece furtar
as palavras do coração.
Parece levar a alma,
que renascia,
quando noite fora partia,
pelo Tejo,
em busca de uma bruma de saudade.
 
Será do Inverno?
 
Não! O Inverno esquivou-se
nas estações esquecidas,
onde nem as carruagens
de terceira classe param.
 
Amanhã estarei melhor!
2008
 
 


 

 

ESPERANÇA
Rogério Martins Simões
 
Entrelaço os meus dedos nos teus
Vivas ilusões, ténues lembranças
Foram inatingíveis os versos meus
Outono breve, poucas esperanças
 
Ateámos o fogo nas estrelas dos céus
Mapeávamos nossos corpos de danças,
Encontros e desencontros, não são réus
Presos não estamos, procuro mudanças
 
Agora, adorno enigmas, bordados de cruz
Cintilam horizontes de esperança e luz
Meu fogo arde no mais puro cristal
 
E se na alquimia busco a perfeição
Respondo às interrogações do coração
Descubro no amor a pedra filosofal.
 
Lisboa, 02-10-2006 23:58

 

 

 

 

NÃO POSSO ABANDONAR A ESPERANÇA
(Rogério Martins Simões)
 
Andam as minhas mãos
cansadas
Trocam-me as voltas…
E volta e meia perco
a força.
A direita vai à frente e não
 desiste
A esquerda preguiçosa …
insiste
Onde está a delicadeza
do meu gesto
Onde pára a minha pose
de dança
Bolero,
Tango,
Flamengo
Tudo quero!
Não posso abandonar
a esperança!
09-01-2005 1:06:49
 

 

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É Natal!? Por que é Natal?


 

 

 

 

É Natal? Por que é Natal?
 
Um autocarro coloca-me à entrada de um túnel – que escuridão…
Doravante direi que os egoístas, os corruptos e os cobardes, até o sorriso nos querem roubar.
Duplicam os vencidos que, despidos, penhoram as vestes numa casa de “prego”. Parecem uns suplicantes à míngua por uma sopa.
- Que sopa irá comer, Vossa Excelência, na consoada?
A fome mata-se nos restos de um caixote de lixo!?
A gula será incómoda pois engorda!?
- Que importa? Amanhã faço dieta…
Imunes às crises, da bolsa, estão todos aqueles que sempre tiveram a bolsa vazia.
Ainda assim pagamos, com os trapos, a recuperação da crise dos mais ricos!
 
 
- Acendam os holofotes e iluminem esses desgraçados!
- É Natal! Está a ouvir? É Natal!
 -O senhor ministro do reino - sua majestade - manda entregar-lhe um bolo-rei e uns quantos cartões novos para aquecer os mais pobres.
 
-É Natal? Que porvir sendo Natal?
 
É Natal?! Por que é Natal?
 
21-12-2008 01:01:41

 

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Não posso abandonar a esperança

 

 

 

NÃO POSSO ABANDONAR A ESPERANÇA
(Rogério Martins Simões)
 
Andam as minhas mãos
cansadas
Trocam-me as voltas…
E volta e meia perco
a força.
A direita vai à frente e não
 desiste
A esquerda preguiçosa …
insiste
Onde está a delicadeza
do meu gesto?
Onde pára a minha pose
de dança?
Bolero?
Tango?
Flamengo?
Tudo quero!
Não posso abandonar
a esperança!
09-01-2005 1:06:49
 
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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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