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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

CHORA TRISTEZA

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CHORA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

- Atravesso os muros que derrubam os silêncios…

A agonia morre emparedada…

- (cobardes, abutres,

Corja repugnante da sociedade…)

 

- Chora tristeza que o menino

Perdeu as asas para voar…

Morre vileza,

Que ao passarinho

Nem o deixaram cantar...

 

- Bruxas, adivinhas e contos de fadas:

Nem os deixaram escutar...

- Chora tristeza

Que o menino

Lágrimas não tem para deitar…

…Nem tem como fugir...

Meco, 25-06-2011 18:14:12

(Registado no Ministério da Cultura )

PUBLICADO

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

ISBN 978 989 51 1233 3

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Tristeza no meu olhar

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TRISTEZA NO MEU OLHAR

Rogério Martins Simões

 

Quanta tristeza tem este meu olhar.

Que aos poucos vai morrendo: que viver?

Se lentamente passo este sofrer:

Neste viver, assim, sem desejar.

 

Já passei tantas datas por datar…

Mais que os anos, perdidos, sem os ver

Que para mais estar, e sem morrer,

Na morte vive quem mais esperar.

 

Que não seja por mim a pouca sorte,

Pois que, neste meu invólucro de morte,

É na vida que a alma se deslinda.

 

E neste desespero em que me vejo,

Minha alma, num momento de sobejo,

Recorda-me que não quer partir ainda.

 

Meco, 05/03/2015 19:30:42

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

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CANTO O IMPREVISTO

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CANTO O IMPREVISTO

(Rogério Martins Simões)

 

Canto o imprevisto

O que se espera e não espera

Canto o que conto, e não conto:

Tenho andado em viagem

Sem tempo.

Acordo cansado,

Deito-me cedo

Cedo ao meu corpo fatigado

E neste tormento

Sem razão aparente,

Neste aparente cansaço:

Não sei por onde ando.

Ando por aí

Em busca de qualquer coisa

Que nem sei onde está.

 

Olho a televisão

Nada vejo que me encontre.

Olho as molduras

Leio os rostos que conheço,

Amo os que não esqueço.

Daria tudo

Por uma forte gargalhada,

Sonora, repetitiva:

Rindo, rindo, sem parar.

E neste meu silêncio, em que me silencio

Quero rir para não chorar.

04-03-2005

(Para um suposto 3º livro)

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HOJE É DIA NÃO

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(Autor da foto Rogério Simões)

 

HOJE É DIA NÃO

Rogério Martins Simões

 

Hoje é dia não!

Da negação de mim mesmo

Da negação do eu

Que me conduz à indiferença

E neste momento

Sem movimento

Corro o risco de ficar parado

 

Hoje ao passar pelo centro

Dos gélidos e doentios olhares

Que cegos não eram

Nem vivos são…

Ninguém me viu

Ninguém reparou

Que uma lágrima beijou o chão

E, enquanto tentava escrever,

Outra caiu no papel

Que acabou por secar

Porque hoje é dia não.

Lisboa, 24/11/2017 13:52:11

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QUE COMER DO QUE RESTA DA ALDEIA?

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QUE COMER DO QUE RESTA DA ALDEIA?

Rogério Martins Simões

 

Fogo!

Não venha comer as minhas ovelhas.

Fogo!

Só sei apagar a fogueira…

Cruzes canhoto;

Já me ardem as orelhas

Vade retro

Deixe as nozes e a nogueira…

 

Tem noites,

Em que as noites são vermelhas…

Credo! Abrenúncio!

Vem por aí a feiticeira…

Ferradura atrás das portas

E cornos nas telhas…

Vade retro

Deixe os figos na figueira…

 

Fogo não volte

Para roubar o nosso pão.

Menino homem

Só tem medo do papão…

LOBA…

Que vai ser de si e da sua alcateia…

 

Dói a barriga de tantas amoras…

Ardem as silvas,

Os matos e as horas…

 

Que comer se nada resta da aldeia?

 

 

Meco, 29/07/2017 00:18:09

(Dedicado às Lobas... que tanto lutaram para terem uma vida melhor e que  com avançada idade não podem voltar a lutar)

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Por que sou triste?

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POR QUE SOU TRISTE?

Rogério Martins Simões

 

Saber, quero saber por que sou triste?

Querer, por mais querer, o riso ensejo.

Chorar? Não mais chorar é meu desejo.

Saber por que razão meu choro insiste?

 

No meio deste silêncio, e que persiste,

Razão tem a razão em que me revejo.

Chorar será o clamor do meu arpejo.

Saber, quero saber em que consiste.

 

Perguntei ao meu rio Tejo, a soluçar,

Que me desse a razão deste meu estar:

Saber, quero saber que fiz de errado?

 

Sorrindo para mim para que o visse,

Cuidai desse teu riso, e mais me disse:

- Chorar, e mais chorar, será teu fado…

 

Meco, Praia das Bicas, 2013-12-12

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 

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Gira que gira a minha tristeza

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GIRA QUE GIRA A MINHA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

Certa como incerta é minha certeza:

É estar morto e sentir o coração;

E é andar, para aqui, a tombar no chão;

Gira que gira por baixo da mesa.

 

Que o meu derrube não será leveza,

Tão pesado, parado, em contra mão.

E o vento que de mim se fez pião,

Gira que gira na minha tristeza.

 

Decerto, dirão aqueles que me leram,

Que outros, por tanto, ou muito mais sofreram:

Saindo muito mais cedo da corrida…

 

Sendo eu poeta, e bordão, vos secundo,

Que o tempo é p´ra ser vivido ao segundo.

Lutando para ganhar tempo à vida.

 

Meco, Praia das Bicas, 09/10/2014 18:53:10

(ao meu irmão, José Manuel Martins Simões)

 

 

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Ando léguas parado

ANDO LÉGUAS PARADO

Rogério Martins Simões

 

Sinto-me fraquejar.

Já nem sei se sinto.

Existo numa existência reduzida,

Fraquejada, sofrida.

Ando léguas,

Parado

Num morro de silêncios soletrados

Sou um corrimão sem utilidade

Onde tropeço e tombo

 

Cortinas adensam o meu corpo.

Biombos e labirintos terei de percorrer.

Percorro, quase sempre, as mesmas palavras

Acrescentadas aqui e além com traços

Descontínuos

Como a água onde lavamos

As lágrimas tristes do nosso olhar.

 

Meco, Praia das Bicas, 20/09/2014 11:31:24

 

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PALHAÇO

PALHAÇO

Rogério Martins Simões

 

Ai se eu pudesse ser arauto do contrário,

Alargando o disfarce e a mímica.

Se eu pudesse mostrar que esta química,

Transforma tantas vezes este circo em calvário.

 

Se por momentos deixasse de ser palhaço,

Atrelando ao olhar o que na verdade sinto.

Pudesse dizer que rindo, do que faço,

Sou apenas palhaço no recinto.

 

Depressa, veste o traje e pinta o rosto,

Que o circo está cheio de meninos,

E o que importa é fazer rir os pequeninos:

Mesmo que o teu riso seja desgosto.

 

Batem palmas e riem tanto,

Que mesmo chorando não minto:

Lágrimas que este meu riso de pranto,

A todos fazem sorrir por instinto…

 

Meco, 23/06/2014 23:19:49

 

(In “Poemas de Amor e Dor”)

((Poema do próximo livro

Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09))

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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