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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ABANDONO

ABANDONO…

Rogério Martins Simões

 

Olhou as paredes, estavam nuas,

Sem compreender todos os porquês.

Fecharam as portas e eram duas…

Antes morresse de uma só vez.

 

Tinha os cabelos brancos das luas,

Trazia nas mãos o terço que fez,

Desfiando orações que eram suas,

Quanto numa lágrima se desfez.

 

Entrou, olhou, e sentiu-se perdida.

Era tão triste o seu final de vida:

Estranho era aquele novo lugar.

 

E quando já pareciam dormir,

Cercada, na luz pediu p´ra partir:

Sorriu! E não mais voltou acordar…

 

Campimeco, Meco 12-12-2012 23:58

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AFASTAMENTO...

(Foto de Rogério Martins Simões - Madeira 2012)

O poema que hoje levo ao vosso conhecimento foi escrito em 1974. Nem sequer pensava em o voltar a colocar aqui. Porém, como abomino os crimes praticados contra as crianças e os mais idosos – INDEFESOS – face às imagens e constatação de factos detetados numa reportagem da TVI aqui vai

 

 

AFASTAMENTO

Rogério Martins Simões

 

Separaram nossos corpos, mulher,

Na idade em que preciso de ti!

 

 

 

Cresceram os nossos filhos

Cresceram, levou-os o vento,

Agora estamos sós:

Os velhos do nosso tempo.

 

Apartaram nossas vidas

Em lares da terceira idade

Vivemos a longa distância

Indiferentes, por caridade…

 

Pareço namorar-te

Agora que bem te conheço

Tenho-te no pensamento,

Longe de ti, não te esqueço

 

 

Separaram nossos corpos, mulher,

Espero todos os dias por ti!

 

 

Se ao menos viesse o dia

Da nossa partida final,

Haveria mais alegria

No nosso amor imortal.

 

Juntos na mesma terra...

Tu e eu a recordar…

Os tempos em que lá na serra

Começámos a namorar.

 

Juntaram nossos corpos, mulher,

Às alfaces verdejantes…

 

 

10/1974



Desculpem-me, por aqui voltar a colocar um poema que escrevi quando tinha 25 anos. Confrange-me esta indiferença para com os mais idosos onde já me começo a “chegar”.

Decidi depois de escutar o que escutei sobre os doentes com doenças neurodegenerativas – neste caso Alzheimer. Também a minha Parkinson é uma doença neurodegenerativa.

Tal como ouvi a uma senhora mais idosa também eu prefiro morrer… E se o digo é por estar à vontade para o dizer: sempre assim pensei e por isso ressuscitei este meu humilde mas muito sentido poema.

 

ROMASI

 



 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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