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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Segredo desvendado

 

 

 

 

SEGREDO DESVENDADO!

Rogério Martins Simões

 

De noite, em segredo, ia pró mar

Deitava-se nua, maldição, a esperar

Por seu amante com olhos de jade.

Por certo, ela tinha mão na morte,

Que por ciúmes perderam o norte:

A chuva, o vento e a tempestade.

 

Assim, eram amantes no desassombro,

Soprando os cabelos do seu ombro,

Voavam, e cobriam-lhe o rosto...

Mas o luar descobre namorados...

Afagou os seus cabelos doirados,

Em lua cheia, no mês de Agosto.

 

A terra tremeu no desassossego.

A lua escondeu, voltou o sossego,

E voltaram as estrelas ao Chiado.

Então: todos os poetas foram ver

Que a noite lhes queria esconder

A, linda, Severa cantando o fado.

Lisboa, 01-11-2010 22:08:28

 

Direitos reservados

O direito de autor é reconhecido independentemente de registo, depósito ou qualquer outra formalidade (ver artigo 12.º). A titularidade está consagrada no artigo 11.º do CDADC Lei 16/08 de 1/4

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 


 

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Elevo o espírito - Republicado

 

 

(CEZANNE)

 

 

 

Elevo o espírito
Rogério Martins Simões
 
Elevo o espírito! Tenho os olhos perto,
Só o pensamento não o sente tremer,
Entoo, num canto, um canto encoberto,
O que a tremura não me deixa fazer.
 
Volto à poesia na catarse que liberto.
Chegaste, assim, ao impasse quefazer?
Desdobro e retomo o amanhã incerto:
Faço de conta que se vive sem viver?
 
Aperto as minhas mãos para as libertar,
Vejo-as estremecer! Já não sabem parar.
Salva-me poesia, não me deixe ficar mal.
 
Volta poesia, pois de chorar tudo chorei.
Volta! Que na dor, pela dor não morrerei.
Quanta melancolia têm estes olhos de sal!
 
Campimeco, Meco, 09-07-2007 20:03
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Hoje o cobertor...

 

 

 

Hoje o cobertor
Romasi
 
Hoje o cobertor
Dá-me bafos de calor:
Numa viragem à loucura!
Na perdição do nada.
Numa viagem sem regresso…
 
Lisboa, 9 de Janeiro de 1974

 

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Escrever ou parar?

 

 

 CEZANNE
 
 
 
Escrever ou parar
Romasi
 
Esta é a nova ode poética
Que não quero recomeçar:
Se começo não acabo
E o tempo não vai parar
Indo…
 
É como se os dias se entregassem
À espera de um novo filho.
Se começo não acabo
E o dia irá acabar
Parindo…
 
1975

 

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Lisboa é a minha cidade & ARMANDO FIGUEIREDO - DANIEL CRISTAL

 

(Lisboa)

 

 

Lisboa é a minha Cidade!

Rogério Martins Simões

 

Mote

 

Minha terra é a mais bela

É bela e não tem idade

Vigio-a da minha janela

Lisboa é a minha cidade

 

Glosa

 

Coração apaixonado

Morro de paixão e amor

Apraz-me ver-te em flor

No Castelo enfeitiçado

Perdido, vivo em pecado…

Viajo na canoa à vela

Vejo Alfama aguarela

Rio acima com ternura

Subo o Tejo na ventura

Minha terra é a mais bela!

 

Mouraria vem navegar

À desgarrada partir

O meu amor não quer ir

É tarde! Vamos marchar,

Se partir hei-de voltar.

No chão flores de jade

Madragoa é qual saudade

Doce encanto, sacro mel,

Nunca me soubeste a fel.

É bela e não tem idade.

 

Coração foi bem levado

No trinar duma guitarra

Está frio, veste a samarra!

Bairro Alto, meu pecado

Boémias e noites de fado

Cravos rubros na lapela

Não passes por mim sem ela…

Voltei e já fui à Graça

Por São Vicente se passa,

Vigio-a da minha janela

 

Subi à Bica e vou a pé

A pé desci ao Rossio

Carícia do Paço ao rio

E ao Santo António da Sé.

Entrei e rezei com fé!

Sete morros de amizade

Vivendo em liberdade

Resguardam estes tesouros:

Latinos, Godos e Mouros,

Lisboa é a minha cidade!

 

Lisboa, 23 de Janeiro de 2008

 



 

CIRANDA EM DÉCIMAS COM MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS

 

Fui “desafiado” pelo grande poeta português Armando Figueiredo, para participar nesta ciranda. Armando Figueiredo, não precisa de apresentação e tem sido editado diversas vezes neste blog com o pseudónimo de Daniel Cristal.

A minha contribuição, nas décimas foi uma verdadeira aventura e tive a ventura de ser ajudado na metrificação pelo mestre, Armando Figueiredo.

Confesso a dificuldade de espartilhar um poema, com 44 versos, ou metros, em versos de sete sílabas. Irei conservar o original, escrito sem a preocupação da contagem das sílabas, para quem um dia se interessar pela minha poesia.

Esta tertúlia poética tem já a participação de diversos poetas brasileiros e portugueses, tais como:

Humberto Rodrigues Neto, Eugénio de Sá, Alfredo dos Santos Mendes, Luiz Poeta, Carmo Vasconcelos, Daniel Cristal e Rogério Martins Simões.

 O meu poema, em décimas, com MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS, a que dei o título LISBOA É A MINHA CIDADE, é inteiramente dedicado a duas pessoas:

1) Ao poeta DANIEL CRISTAL, ARMANDO FIGUEIREDO, hoje 14 de Maio de 2008 por ser dia especial reedito, desejando SAÚDE e MUITA FORÇA...

2) Ao meu avô paterno, António Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que, segundo meu pai, terá ensinado guitarra ao grande Armandinho. Quanto à minha primeira construção poética em décimas espero de que gostem.

Rogério Martins Simões

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Poema suave às flores a crescer e às folhas a cair

(ROMASI - foto de 1950)

 

 

Poema suave às flores a crescer e às folhas a cair

Rogério Martins Simões

 

Venham de lá as flores

Neste nosso verbo amar

Que as folhas estão caindo

As dores estão sentindo

Uma criança chorar…

 

Venham de lá as flores

E os frutos por colher

Que as dores estão sentindo

Os homens que vão partindo

A chorar e a sofrer.

 

Venham de lá as flores

E o Outono vai passar

Que as dores estão sentindo

A primavera chegar.

 

Venham de lá as flores

No milagre do nascer

Que as dores estão sentindo

As verdes folhas, crescer….

 

Venham de lá as flores

E a alegria de viver!

 

Lisboa, 1989

 

Tiago Outeiro convida

 

 

 

http://www.cienciahoje.pt/engines/image/image.php?oid=24340

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POEMAS DE AMOR E DOR

 

 

 

 

POEMAS DE AMOR E DOR
Rogério Martins Simões
 
Sofreu a minha alma de terrena desilusão,
Certezas insondáveis neste néctar azedo,
Poema de amor e dor guardou em segredo,
Nesta caixa pequena chamada coração.
 
Sou um poeta sem rima ou noutra versão.
Por vezes ditoso, muito mais magoado,
Melhor sorte teria nem sequer ter amado,
Protegendo o coração da dor e da paixão.
 
Se as paixões causam dor e sofrimento,
Conduzindo a razão à ruína e ao tormento,
Voltei a viver o que julgava esquecido.
 
Não! Não quero saber deste meu versejar.
Afinal quem pode viver sem amor sem amar?
Mas… ditoso seria ter rasgado ou partido.
 
Lisboa, 24 de Novembro de 2004
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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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