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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Sitiaremos a cidade...

 

 

(foto da World Press Photo Contest 2004)

 

 

 

SITIAREMOS A CIDADE…
Rogério Martins Simões
 
Estou farto de ser sorvido
por parangonas,
por promessas incumpridas,
libadas pelos criadores
de regras asfixiantes
que nos conduzem ao abismo…
nas amplas… liberdades…
 
Se disserem: o povo tem fome!
Os governos das cidades…
irão gizar o que nunca sentiram?
 
Estaremos no centro do universo:
Das abstracções?
Dos raciocínios?
Das interjeições?
Das preocupações?
 
Deixará o sofrimento
marcas
a quem nunca sofreu?
 
Que lhes importam as palavras,
os compêndios e os códigos,
se os donos das cidades
dominam a fonética.
És apenas mais um voto,
um número
de uma fita métrica…
 
Que sentido tem a dor,
a solidariedade, a paz,
a justiça e o amor?
 
Sabes:
Os pensamentos dispersos,
aglomerados,
submergem a universalidade
dos pactos nocivos,
as ideias impostas,
e os convénios idolatrados
dos mestres das apostas…
 
Pensas? Que mais queres?
Pensas? Tens de agir!
Sitiaremos a cidade…
 
Lisboa, 30-05-2008 19:21:51
 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

POESIA

 

(Óleo sobre tela - Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

(2008)

 

POESIA OU TALVEZ NÃO EM DIA MUNDIAL DA POESIA!

 

VIVA A POESIA!

 

 

 

 

POESIA
Rogério Martins Simões

 

 

Os poetas são operários da caneta

E trazem pensamentos errantes

que debutam no papel.

 

Serei poeta?

Que papel nos estará reservado?

 

E eu que nada sou,

serei o que o destino quiser,

porém, sou poeta!

Um poeta sonhador

a quem, tantas vezes,

lhe roubaram os sonhos.

 

Hoje estou nesta!

Mas, não irei desistir

de a escrever

ou de a chorar!

 

Hoje, apetece-me reflectir!

Não irei escrever poesia!

Aditarei palavras,

com palavras que

tenho espalhado por aí…

 

Que farei com os meus versos?

Sentir-se-á o lixo desconfortável,

com o seu peso?

E se os mandasse, mesmo, para o lixo?

- Não suavizariam o mau odor

que anda de altos…saltos?…

 

E na minha Pátria

quem liga à poesia?

 

Pouco me importa

que não tenha expressão!

Que pouco se fale de poesia.

 

- E se, em vez de medalhas,

medalhassem

com poemas Lusíadas

ou com versos de Caeiro?

 

Quantos conhecem a lírica de Camões?

- As chamadas elites culturais?

No meu caso,

nada de elites - sou povo!

Como é enorme o povo em – Pessoa!

 

Meu pai, meu mestre,

enchia-nos o prato

com saborosos poemas:

os seus e dos grandes poetas.

Mas isto é pelintrice

e pouco importa.

Importa é estar na berra.

Importa é mandar umas tretas

para que o povo se entretenha e não pense.

 

Ai quando o povo acordar!

Por mim não quero que pensem!

 

Tudo mudou!

Sem poesia

o mundo é menos sonhador,

é mais desumano!

Quando se escreve poesia

não se está só,

não estamos sós!

 

A poesia enche-nos a casa

de lágrimas

ou de sorrisos!

A Poesia reverte os sonhos desfeitos

em estrelas cadentes

para voltarmos, de novo, a sonhar.

Estaremos sós

quando as paredes

emparedarem

os pensamentos

e nem uma só lágrima se verta.

 

O que é a poesia?

O que é ser poeta?

 

A poesia é a magia

que espreita a ponta dos dedos

esborratados de tinta…

Ser poeta é quase morrer

e renascer

num canto ou num verso.

 

Paro! Tenho de parar!

Porque amanhã voltarei à rotina,

e sem rotina

não podemos viver.

 

Todos andamos num carreiro.

Para cá, para lá

sem saber ao que vamos.

Andamos,

corremos,

pensamos.

Como fazer para sobreviver

se não vemos!

Como podemos ver,

se nada há para ver.

E se vemos?

Poderemos parar para reflectir?

 

Deixam-te reflectir?

 

Que reflexão,

fazemos das nossas vidas?

 

Quantas televisões temos em casa?

 

Quantos tabuleiros se enchem de pratos

no desconforto da mesa vazia,

que esfria,

na espera?

 

Crescerá o bolor no pão que não sobra?

 

Que desconforto quando não há poesia!

ROMASI

SANTA PÁSCOA 

 

 

 

 

 

 

 

Voltei a escrever e já não queria

Rogério Martins Simões

 

Voltei a escrever e já não queria

Pensava ter esquecido este meu versejar

Ser poeta é criar e sofrer todo o dia

Passar ao papel o que a alma encontrar.

 

Este estado de alma que já não ousaria

Que nos faz sofrer, para me encontrar,

Deixa o meu corpo quando escrevo poesia,

Nos poemas que ela cria, para me libertar.

 

A ti que mais amo e sem querer

Se fico triste e te faço sofrer

Rosa eu te quero, rosas eu te dou.

 

E se tu me vires distraído ou disperso

Uma única coisa eu imploro e peço,

Espera! A minha alma não regressou.

 

Lisboa, 16 de Abril de 2004

 



MENTIA SE TE DISSESSE QUE MINTO

Rogério Martins Simões

 

Mentias se me dissesses… que pinto…

Não me esforço, peço ajuda, e tu vais

Ajeitas-me o nó da gravata… e o cinto.

Teus passos para mim são sempre mais…

 

Mentia era se eu dissesse que minto,

Que do meu corpo já não saem vendavais

Que os pés já me pesam e não os sinto

E que os meus passos para ti são demais.

 

E se te peso ao de leve e não quero

Tu bem sabes a razão do desespero

Não seja tamanha a razão do repeso

 

Pois se quis voar na ode de um poema

Irás encontrar em meus versos alfazema

Antes fosse manha a razão do meu peso.

 

10-08-2005 23:31


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DOUTAS PALAVRAS DO CORAÇÃO!

 

(Óleo sobre tela, Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

 

(Membro efectivo da

Academia Virtual Sala Dos Poetas e Escritores)

 

 

 

Doutas palavras do coração

Rogério Martins Simões

 

Bom é partir,

melhor é chegar,

pois na ventura

nunca se sabe quem parte,

ou quem chega,

se quem viaja

não tiver alguém à espera…

 

E se acaso tropeçar…

Se não restar tempo,

para a tempo chegar,

conhecerá alguém

os caminhos por onde andei?

 

E se derem pela tua falta,

se não fizeres falta:

chamar-te-ão pelo nome

se nem nome tens?

 

Volto a viajar

na têmpera das palavras.

Gosto das palavras,

e de apregoar ao vento

a minha presença,

para que tenham à mão,

água pura e pão caseiro

quando chegar.

 

Levarei o pó da estrada

ou as algas do mar!

 

Para que saibas,

para que me reconheças,

olha-me nos pés descalços

de um tempo vazio,

nos trapos rotos

e doutas palavras do coração.

 

Levarei comigo o sal

para temperar

os novos conceitos de felicidade.

 

E se estiveres só,

à minha espera

e não te der nada,

ainda assim,

mereci a tua presença?

 

Não me esperes!

Vem ao meu encontro:

por onde,

ainda,

terei de andar…

 

12/11/2007

Rogério Martins Simões

 

 

 

 

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Anseio

 

 

Quando os ideais desgastaram as nossas vidas

sofremos mais

ao não vermos nada....

Rogério Martins Simões

 

 

 

 

ANSEIO
Romasi
 
Quisera ser poeta
Mas não de uma elite ultrapassada
Um poeta sem nome
Sem cor ou raça
Apenas um poeta
 
Gostaria de ter palavras doces
Mas só me saem palavras duras
E difíceis de roer
Queria ser livre
Para poder encontrar
O que quero ler…
Para poder estudar
o que quero aprender...
Mas não!
Só a minha cabeça se levanta
E nesta tristeza
A que muitos chamam de nada…
Que me faz sofrer
Que me faz pensar
Resta uma certeza:
Não serei poeta
Mas, continuarei a lutar!
 
Lisboa, 1973
 

Certamente que estes poemas nada dizem a quem só viveu em liberdade. Apesar disso resolvi editar estes meus poemas antigos pois está na hora de continuar a lutar!

Rogério

 

 

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Juiz Dinheiro

 

 

(CEZANNE)

 

 

JUIZ DINHEIRO
Romasi
 
No jogo que começou
a luta é de morte…
O dinheiro ataca!
O dinheiro defende!
Ao redor, gente, multidão,
Lançam fichas no jogo…
Uns o atacam.
Outros o defendem.
E tudo o acusa…
 
Ficha eterna
Não há dinheiro!
Banca rota!
 
Sobe o réu ao cadafalso
Porque não tem dinheiro
Mas está inocente.
11/1968

 

editado em 2008

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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